terça-feira, 29 de outubro de 2013

Os Dons do Espírito

Alguns dos dons do Espírito foram dados para "sinais", e como tal serviram para confirmar a Palavra para aqueles que eram incrédulos. (Atos 14.3; 1 Coríntios 14.22.) Eles não eram para ser utilizados, mesmo quando alguém os possuía, exceto para edificação. Quando se tratava de falar em línguas, devia-se permanecer em silêncio a menos que alguém pudesse interpretar o que era falado, de forma a edificar a assembléia. (1 Coríntios 14.27,28)

Quanto ao dom de línguas do versículo acima citado, não existe promessa de sua continuação, nem de qualquer um dos outros dons de sinais. (1 Coríntios 12.28-31.) A continuidade é prometida para aqueles dons que expressavam o amor de Cristo para com a igreja. (Efésios 4.11-16)

O dom de línguas servia para demonstrar a unidade de todos os crentes de todas as nações, unidade esta formada por Deus por ocasião da vinda do Espírito. (Atos 2.4-11; 1 Coríntios 12.13) Uma vez que a igreja de Deus falhou de forma tão evidente em expressar exteriormente esta unidade, o dom de línguas, assim como todos os dons de sinais, já não são manifestos em nossos dias. Aqueles que professam possuir estes dons devem ser provados à luz das Escrituras. O dom de línguas na Bíblia não se tratava da manifestação de línguas ininteligíveis, mas línguas bem conhecidas e faladas neste mundo. (Atos 2.8.) Quando se tratava de efetuar curas, ninguém saía desapontado. Todos eram curados. (Atos 5.16.) É bom provar, por estas passagens bíblicas, aqueles que proclamam possuir o dom de línguas e de cura nos dias de hoje. (1 Coríntios 4.19,20.)

Além do mais, "os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas". O Espírito de Deus não força um homem a falar a qualquer hora, ou de qualquer maneira, e quando alguém ministra, seu ministério deve ser objeto de um julgamento espiritual por parte de seus irmãos. Além disso, aqueles que falam devem falar um de cada vez, caso contrário haverá confusão. (1 Coríntios 14.27-33.)

Os dons do Espírito não se tratam de habilidades santificadas, mas de uma verdadeira comunicação daquilo que não era possuído anteriormente, embora colocado em um vaso preparado por Deus para esse uso.

Os dons apresentados em 1 Coríntios 12 eram as várias manifestações do Espírito, ali dispostas por Deus e administradas pelo Senhor, e suas operações eram pelo Espírito. Seu uso devia ser para edificação. (1 Coríntios 14.)

Para a época em que a igreja de Deus se transformou numa "grande casa", a palavra em 1 João 4.1 é: "provai se os espíritos são de Deus". Duas coisas devem caracterizar o verdadeiro ministério pelo Espírito: primeiro, deve haver a confissão da verdadeira Deidade e Humanidade de Jesus Cristo; segundo, deve haver submissão à doutrina dos apóstolos conforme é dada na Palavra. Isto é muito importante. (1 João 4.2,6.)

Todo crente é habitado pelo Espírito, e sabe disso pelo amor de Deus que é derramado em seu coração. (Efésios 1.13; 1 Coríntios 6.19; Romanos 5.5.)

Toda bênção cristã é um dom. Não recebemos essas bênçãos por nossos próprios esforços ou orações. Nós as recebemos quando a fé recebe a Cristo, e crê no evangelho da Sua graça. (Efésios 1.3.) Aqueles que creram no evangelho no dia de Pentecostes, receberam também o dom do Espírito. (Atos 2.38.)

O nosso desfrutar daquilo que temos recebido depende do nosso andar. (Romanos 15.13; Efésios 4.30; 1 Coríntios 2.15.) Andemos cuidadosamente, em oração, submissos à Palavra, e julgando tudo aquilo que possa impedir a ação do bendito Espírito de Deus em nos mostrar as coisas que pertencem a Cristo.

É importante lembrar que as Escrituras são inspiradas pelo Espírito de Deus (2 Pedro 1.21), e que o Espírito nunca guiará alguém por um caminho contrário à Palavra.

domingo, 27 de outubro de 2013

O Batismo do Espírito Santo

(Comentário Atos 2)

O batismo com o Espírito Santo aconteceu no dia de Pentecostes quando todo aquele grupo reunido no andar superior da casa recebeu o Espírito Santo. Naquela ocasião o Espírito Santo "encheu toda a casa" (Atos 2.2), e encheu também cada um dos que estavam na casa. (vers. 4.) 

As "línguas repartidas" demonstravam o propósito de Deus em fazer tanto judeus como gentios um em Cristo, enquanto que o fato de serem "como que de fogo" (figura de um juízo), nos faz lembrar que "a santidade convém à tua casa, Senhor, para sempre". (Salmo 93.5) Isto se tornou evidente no julgamento de Ananias e Safira. (Atos 5) Algo similar ao batismo com o Espírito aconteceu quando os gentios foram publicamente recebidos, em Atos 10.44 e 11.15. É a isso que se refere 1 Coríntios 12.13, quando foi dada a Paulo a revelação da verdade da igreja como sendo o Corpo de Cristo.

Uma vez que a igreja já foi formada, o batismo com o Espírito não se repete em nossos dias. Hoje os crentes são acrescentados, à medida que cada um recebe o Espírito Santo individualmente, como consequência de sua fé em Cristo e na Sua obra. (Efésios 1.13)

É bom frisar que em nossos dias o Espírito não é dado pela imposição de mãos. Além disso, mesmo na igreja primitiva, o Espírito nem sempre foi recebido desta maneira (veja Atos 10.44), mas Deus usou este meio em ocasiões especiais para preservar a igreja dos grupos nacionais independentes entre si. Foi o cumprimento de João 11.52. Podemos ver isto quando os samaritanos foram recebidos. (Atos 8.17) Também quando foi recebido Saulo de Tarso, para que a ele pudesse ser dada a verdade de que os crentes em Cristo são um com Ele e para que Saulo pudesse se identificar com eles. (Atos 9.4,28) Vemos isto novamente quando alguns gentios, que conheciam apenas o batismo de João, foram recebidos. (Atos 19.6). "Há um só corpo e um só Espírito." (Efésios 4.4)

H. E. Hayhoe. Fonte: http://tinyurl.com/mhqor79

terça-feira, 22 de outubro de 2013

O Verdadeiro Lugar de Adoração (Parte 2)

(Leia Parte 1)

Nosso Sumo Sacerdote


Há, porém, uma terceira coisa que é indicada, da qual podemos fazer uma breve menção antes de chamar sua atenção para o resultado final destas benditas verdades, a saber, que temos "um grande sacerdote sobre a casa de Deus". (Hebreus 10.21) E onde está o nosso Sumo Sacerdote? "E assim todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados; mas Este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus, daqui em diante esperando até que os Seus inimigos sejam postos por escabelo de Seus pés. Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados." (Hebreus 10.11-14) Aprendemos assim que nosso Sumo Sacerdote está sentado à direita de Deus e que essa posição é devida ao fato de Sua obra sacrificial ter sido consumada. Daí em diante a Sua presença no Céu é um testemunho e uma prova da perpétua eficácia de Sua obra, e consequentemente um estímulo permanente para encorajar o Seu povo a entrar ousadamente no santo dos santos - para além do véu já rasgado.

Convidados a Entrar


Tais são os três imensos fatos - o sangue de Jesus, o véu rasgado, e o Sumo Sacerdote sobre a casa de Deus - para os quais o Espírito Santo dirige a nossa atenção antes de nos exortar a nos achegarmos "com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa" (Hebreus 10.22). E o lugar ao qual somos convidados a nos achegar, ou no qual devemos entrar, é o mais santo - o santo dos santos. É o lugar que foi representado como um tipo pelo santo dos santos que existia no tabernáculo no deserto, o lugar no qual Cristo, nosso Representante e nosso Precursor, já entrou (Hebreus 4.14; 6.19,20). Portanto, nosso lugar de adoração está na imediata presença de Deus, no próprio lugar onde Cristo ministra a nosso favor como Sumo Sacerdote.

É verdade que ainda nos encontramos aqui neste mundo como estrangeiros e peregrinos, quando se trata da questão do sacerdócio. Mas este mundo nunca pode ser o lugar de nossa adoração, pois temos "ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus", e é somente ali que nossa adoração pode ser oferecida e aceita por Deus. Se eu quisesse render uma homenagem ao Rei, teria de fazê-lo diante do trono real para que fosse recebido. Quanto mais se desejo adorar a Deus! Devo fazê-lo no lugar onde Ele está assentado no Seu trono, e onde posso entrar com este propósito graças ao direito que Ele me deu para sempre poder fazê-lo, por Sua inefável graça, por meio do precioso sangue de Cristo. Portanto é lá nas alturas, para além do véu rasgado, na Sua própria presença, e em nenhum outro lugar, que o Seu povo deve adorar. E que maravilhoso privilégio é este; que graça inexprimível Ele nos concedeu, que desfrutássemos de constante liberdade de acesso diante dEle, para ali nos prostrarmos em adoração e louvor!

No sangue de Cristo, eis-nos lavados;
Além do véu, tão santo lugar!
Diante do trono caímos prostrados,
Para, Ó Deus! a Ti adorar!

Com esta verdade claramente diante de nós, tenho certeza de que você poderá perceber que se falarmos de um lugar de adoração aqui neste mundo, estaremos obscurecendo o ensino das Escrituras, além de estarmos privando a nós mesmos de nossos privilégios. 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

"Este é meu Nome Eternamente"

(Comentário Êxodo 3)

"E disse Deus mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O SENHOR, O DEUS de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque; e o Deus de Jacó, me enviou a vós: este é meu nome eternamente, e este é meu memorial de geração em geração."  (v. 15)

Esta declaração encerra uma verdade muito importante — uma verdade que muitos crentes professos parece terem esquecido, a saber: que a relação de Deus com Israel é eterna. Ele é tanto o Deus de Israel agora como o era quando os visitou na terra do Egito. Além disso, Ele ocupa-Se com Israel agora tanto como então, se bem que de um modo diferente. A Sua Palavra é clara e explícita: "este é meu nome eternamente". Não diz "este é meu nome por um tempo, tanto tempo quanto eles continuarem a ser o que devem ser". Não; mas "este é meu nome eternamente, e este é meu memorial de geração em geração"

Que o leitor pondere isto. "Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu" (Rm 11:2). Obedientes ou desobedientes, unidos ou dispersos, manifestos perante as nações ou escondidos da sua vista, são ainda o Seu povo. São o Seu povo e o Senhor é o seu Deus. A declaração do versículo 15 do capítulo 3 de Êxodo é irrefutável. A igreja professa não pode justificar-se de ignorar uma relação que Deus diz deve durar eternamente. Tenhamos cuidado como empregamos a palavra "eternamente". Se dissermos que não significa eternamente, quando aplicada a respeito de Israel, que provas temos de que quer dizer eternamente quando aplicada a nosso respeitou? Deus quer dizer aquilo que diz; e em breve mostrará aos olhos de toda a terra que a Sua relação com Israel sobrevirá todas as resoluções do tempo. "Porque os dons e avocação de Deus são sem arrependimento" (Rm 11:29). Quando o Senhor disse "este é meu nome eternamente" falou em sentido absoluto. "EU SOU" declarou que é o Deus de Israel para sempre, e os gentios serão obrigados a compreender esta verdade e a inclinarem-se perante ela, assim como a reconhecer que todos os desígnios providenciais de Deus a seu respeito bem como o seu próprio destino estão ligados de um modo ou de outro com esse povo favorecido e honrado, ainda que julgado e disperso agora. 

"Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando dividia os filhos de Adão uns dos outros, pôs os termos dos povos, conforme o número dos filhos de Israel. Porque a porção do SENHOR é o seu povo; Jacó é a parte da sua herança" (Dt 32:8-9). Isto deixou de ser verdade? O Senhor perdeu a Sua "porção" e largou "a parte da sua herança"? A Sua vista de terno amor já não está fixada sobre as tribos dispersas de Israel, há muito tempo perdidas para a visão humana? Os muros de Jerusalém já não estão perante Ele? Ou deixou o seu pó de ser precioso aos Seus olhos? Para responder a estas interrogações seria preciso citar uma grande parte do Velho Testemunho e uma parte não menor do Novo, mas este não é o lugar para examinar pormenorizadamente um tal assunto. Quero apenas dizer, em conclusão deste capítulo, que a Cristandade não deve ser ignorante "Certo sim! este segredo... que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. E, assim, todo o Israel será salvo" (Rm 11:25-26).

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Atos 2 (Parte 2)

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/atos/2

At 2:5-13 Muitas pessoas de diferentes raças e idiomas (línguas) que estavam em Jerusalém escutaram os apóstolos falarem miraculosamente nestas línguas estrangeiras das "grandezas de Deus". O evangelho podia assim alcançar rapidamente muitas línguas e nações. A Igreja de Deus na Terra foi formada nesse dia. Trata-se da data de nascimento da igreja (1 Co 12:12-13). Todos os crentes em Cristo foram formados em "um corpo". Deus gostaria que demonstrássemos essa unidade hoje.

At 2:14-40 Pedro prega que Jesus de Nazaré era agora Senhor e Cristo - vers. 36. Ele confronta abertamente uma grande multidão, pelo menos 3.000 (vers. 41), e simplesmente expõe os fatos; a morte de Cristo e Sua ascensão à glória, usando constantemente as Escrituras do Antigo Testamento.

At 2:41-47 Que mudança aconteceu na vida dessas 3.000 almas. Note 17 coisas sobre estes crentes. Você pode encontrar todas elas? Estes são os gozos e privilégios que você pode ter hoje.

A Descida do Espírito Santo

(Comentário Atos 2)

O tempo determinado chegara. A redenção tinha sido cumprida, Deus tinha sido glorificado - Cristo estava à destra do Pai no céu, e o Espírito Santo descera à terra. Deus inaugura a igreja e o faz de maneira condizente com Sua sabedoria, poder e glória. Um poderoso milagre foi realizado, um sinal exterior foi dado. O grande evento é registrado como segue abaixo.

Atos 2. “E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; e de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” É bom fazermos uma pausa aqui para percebermos algumas coisas relacionadas à descida do Espírito Santo e à demonstração de Seu poder nesse importante dia.

Em primeiro lugar houve a consumação da promessa do Pai; o próprio Espírito Santo foi enviado dos céus. Essa era a grande verdade de Pentecostes. Ele veio do alto para habitar na igreja - o lugar preparado para Ele pela aspersão do sangue do Jesus Cristo. Houve também o cumprimento da palavra do Senhor aos apóstolos: “Vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (Atos 1:5). Os discípulos não tinham a menor ideia do significado dessa palavra, mas o fato estava consumado. A revelação total da doutrina de “um só corpo” aguardava os ensinamentos de Paulo. “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito” (1 Coríntios 12:13).

Porém, além dos vários dons concedidos para o serviço do Senhor, temos algo mais bendito da perspectiva pessoal e inteiramente novo sobre a terra. O próprio Espírito Santo veio para habitar, não apenas na igreja, mas também em cada indivíduo que crê no Senhor Jesus. E, louvado seja o Senhor, que isso é tão verdadeiro hoje como foi no primeiro dia. Ele habita agora em cada crente que descansa na obra consumada de Cristo. Tendo em mente esse dia, o Senhor disse: “Vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós” (João 14:17). Esses dois grandes aspectos da presença do Espírito foram cumpridos na íntegra no dia de Pentecostes. Ele veio habitar em cada cristão e na igreja, e agora - gloriosa verdade — sabemos que Deus não apenas é por nós, mas em nós e conosco.

Quando “Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude” (Atos 10:38), Este apareceu em forma de pomba - belo emblema da pureza imaculada, da bondade e da humildade de Jesus. Ele não fazia ouvir Sua voz nas ruas, ou esmagava a cana quebrada, nem apagava o pavio que fumega (Isaías 42:3). Mas no caso dos discípulos que esperavam em Jerusalém, o que aconteceu foi totalmente diferente. O Espírito desceu como línguas de fogo e pousou sobre cada um. Isso foi característico. Foi uma demonstração do poder de Deus, não apenas para Israel, mas um prenúncio para todas as nações da terra. A Palavra de Deus também julgou tudo o que ocorreu antes disso - as línguas eram de fogo. O julgamento de Deus em relação ao homem por causa do pecado foi judicialmente expresso na cruz, e agora esse solene fato se tornará conhecido por toda a parte, devido ao poder do Espírito Santo. No entanto, a graça reina - reina através da justiça, da vida eterna por Cristo Jesus. O perdão é proclamado para o culpado, a salvação para o perdido, a paz para o atribulado, o descanso para o cansado. Todos os que creem são, e sempre serão abençoados no e com o ressurreto e glorificado Cristo.

A surpresa e a consternação do Sinédrio e do povo judeu, sem dúvida foram enormes com o reaparecimento, em tal poder, dos seguidores do Jesus crucificado. Eles haviam concluído que, agora que o Mestre estava morto, os discípulos não iriam fazer mais nada. A maioria daqueles homens eram pessoas simples, sem educação. Mas como o povo deve ter ficado espantado ao ouvir esses homens modestos pregando ousadamente nas ruas de Jerusalém, e convertendo milhares a um relacionamento vivo com Jesus! Mesmo sob o ponto de vista histórico, essa cena é cheia do mais emocionante interesse, e não encontra nenhum paralelo nos anais do tempo.

Jesus fora crucificado e, segundo a opinião popular, Suas declarações de que Ele era o Messias tinham sido sepultadas junto com Seu corpo. Os soldados que guardavam Seu sepulcro foram subornados para espalhar um falso testemunho acerca de Sua ressurreição; a excitação das pessoas já tinha passado; a cidade e a adoração no templo haviam retornado ao ritmo normal, como se nada tivesse acontecido. Porém, da parte de Deus, as coisas não seriam silenciosamente ignoradas. Ele esperava o tempo determinado para defender Seu Filho, e fazer isso no mesmo lugar de Sua humilhação. Isso ocorreu de manhã cedo no dia de Pentecostes. Repentina e inesperadamente, Seus dispersos discípulos reapareceram com um miraculoso poder. Ousadamente acusaram os líderes e o povo pela prisão, julgamento e crucificação de Jesus e afirmaram com todas as letras que estes haviam assassinado o Messias prometido, mas que Deus O levantou para ser Príncipe e Salvador, assentando-O à Sua destra no céu. “Onde o pecado abundou, superabundou a graça” (Romanos 5:20).

Podemos dizer que a sentença sobre Babel foi o reverso desse maravilhoso dia. Através de diferentes línguas, as quais os homens receberam como condenação pela justa ira de Deus, a salvação foi proclamada. Essa poderosa e miraculosa obra divina atraiu a multidão. Todos estão assombrados, especulando o que seria aquela estranha cena. Cada um, na língua própria de seu país de origem, ouvia dos lábios de galileus iletrados as maravilhosas obras de Deus. Os judeus que moravam em Jerusalém, não entendendo as línguas estrangeiras, zombavam deles. Então Pedro se levantou e explicou em sua própria língua, provando com as Escrituras o verdadeiro caráter do que acontecia.

A. Miller. Fonte: http://tinyurl.com/o4nmum7

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

No Deserto

(Comentário Êxodo 3)

"E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe" (versículo 1). Aqui temos, pois, uma mudança admirável na vida de Moisés. Lemos em Gênesis, capítulo 46:34, que "todo o pastor de ovelhas é abominação para os egípcios" e no entanto, Moisés, que era "instruído em toda a ciência dos egípcios", é transferido da corte do Egito para trás do deserto para apascentar um rebanho de ovelhas e preparar-se para o serviço de Deus. Seguramente isto não "é o costume dos homens" (2 Sm 7:19) nem o curso natural das coisas: é um caminho incompreensível para a carne e o sangue. Nós havíamos de pensar que a educação de Moisés estava terminada logo que se tornou mestre de toda a sabedoria do Egito, gozando ao mesmo tempo das vantagens que oferece a este respeito a vida de uma corte. Poderíamos supor que um homem tão privilegiado havia de ter não apenas uma instrução sólida e extensa mas também uma distinção tal em suas ações que o tornariam apto para cumprir toda a espécie de serviço. Porém, ver um tal homem, tão bem dotado e instruído, ser chamado a abandonar a sua elevada posição para ir apascentar ovelhas atrás do deserto, e qualquer coisa incompreensível para o homem, qualquer coisa que humilha até ao pó o seu orgulho e a sua glória, mostrando que as vantagens humanas são de pouco valor diante de Deus; mais ainda, que são "como esterco", não somente aos olhos do Senhor, mas aos olhos de todos aqueles que têm sido ensinados na Sua escola (Fp. 3:8).

Existe uma diferença enorme entre o ensino humano e o divino. Aquele tem por fim cultivar e exaltar a natureza; este começa por a "secar" e a pôr de lado. "Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1 Co 2:14). Podeis esforçar-vos por educar o homem natural tanto quanto puderdes, sem que jamais consigais fazer dele um homem espiritual. "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito" (Jo 3:6). Se alguma vez um "homem natural" educado pôde esperar ter êxito no serviço de Deus, esse tal foi Moisés: ele era "instruído... e poderoso em suas palavras e obras" (At 7:22); e todavia teve que aprender alguma coisa "atrás do deserto" que as escolas do Egito nunca lhe haviam ensinado. Paulo aprendeu muito mais na Arábia do que jamais havia aprendido aos pés de Gamaliel (¹). Ninguém pode ensinar como Deus; e é necessário que todos aqueles que querem aprender d'Ele estejam a sós com Ele. Foi no deserto que Moisés aprendeu as lições mais preciosas, mais profundas, mais poderosas e mais duráveis; e é ali que devem encontrar-se todos os que queiram ser formados para o ministério.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Êxodo 3

O Espírito Santo não reúne crentes em torno de meras opiniões (por mais verdadeiras que sejam) mas reúne a CRISTO.


Êx 3:1-6 Mais lições em particular dadas a Moisés. A sarça (arbusto) está queimando, todavia não se consome... uma figura do santo juízo de Deus que ainda não está destruindo.

Êx 3:7-10 Deus vê! Deus escuta! Deus Se importa! Deus promete! O crente deve entender isto em sua vida.

Êx 3:11-12 Moisés pensa em sua própria fraqueza. Deus lhe diz que ele não pode fazer a obra, mas Deus pode.

Êx 3:16-19 Deus dá a Moisés o homem mais velho e responsável de Israel para encorajá-lo. Eles agiriam juntos e o resultado seria a libertação certa de Israel.

Êx 3:13-15 Maravilhosa descrição de Deus. Leia várias vezes. Sua grandeza é irresistível.

N. Berry. Fonte: http://www.stories.org.br/ex_p.html ou http://chaday.blogspot.com.br/

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O Dia de Pentecostes

(Comentário Atos 2 - Parte 1)

A festa judaica de Pentecostes pode ser chamada de o dia do nascimento da igreja cristã. Essa era também a data em que se comemorava a entrega das tábuas da lei a Moisés, no monte Sinai. Aparentemente, judeus não comemoravam esse evento. Cinquenta dias após a ressurreição do Senhor, a igreja foi formada e sua história teve início. Os santos do Antigo Testamento não faziam parte dessa igreja do Novo Testamento. Ela nunca existiu de fato, até o dia de Pentecostes.

Todos os santos, desde o início, tiveram direito à mesma vida eterna, já que todos são filhos do mesmo Deus e Pai, e todos morarão no mesmo céu; mas os santos do Antigo Testamento pertencem a outras dispensações, que aconteceram antes da vinda de Cristo. Nas Escrituras, cada dispensação tem seu início, desenvolvimento, declínio e término e todas terão seu próprio reflexo no céu. Tanto as pessoas quanto as dispensações em que elas viveram serão indistintas lá.

Por isso, em Hebreus 11, ao falar sobre os antigos heróis da fé, o apóstolo diz: “E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa, provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados” (vv. 39-40). Obviamente, se Deus proveu alguma coisa melhor para nós, tem de ser alguma coisa diferente também. Não nos oponhamos própria palavra de Deus. Além disso, em Mateus 16 diz: “Sobre esta pedra edificarei a Minha igreja” (v. 18). E ao mesmo tempo, Ele deu as chaves para Pedro abrir as portas da nova dispensação. Até então, Ele não tinha edificado sua igreja, e as portas do reino não estavam abertas. Mas a diferença entre o antigo e o novo se tornará mais evidente quando falarmos dos grandes eventos do dia de Pentecostes. Vamos começar com os tipos de Levítico 23.

Foi ordenado aos filhos de Israel que levassem ao sacerdote um feixe das primícias da colheita deles, para que ele o movesse diante do Senhor, a fim de que o povo fosse aceito por Deus (vv. 9-11). Acreditamos que esse ritual prenunciava a ressurreição de nosso Senhor, na manha seguinte ao sábado judeu, base da aceitação cristã diante de Deus no Cristo ressurreto. “Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando houverdes entrado na terra, que vos hei de dar, e fizerdes a sua colheita, então trareis um molho das primícias da vossa sega ao sacerdote; e ele moverá o molho perante o Senhor, para que sejais aceitos; no dia seguinte ao sábado o sacerdote o moverá” (veja Mateus 28 e Marcos 16).

A festa de Pentecostes era celebrada sete semanas após o mover dos feixes. A oferta das primícias era considerada o primeiro dia da colheita na Judeia, supostamente no dia de Pentecostes celebrava a colheita final do milho como totalmente realizada. Então eles tinham uma santa convocação. Dois pães, feitos com a farinha da nova colheita, caracterizavam essa festa. Os pães tinham de conter fermento e de serem trazidos de cada casa. Alguns pensam que esses dois pães prefiguravam a convocação para formar a igreja, composta tanto por judeus quanto pelos gentios. Pode ser, mas o que importa aqui é o número. Em Israel eram necessárias duas pessoas para validar um testemunho. O fermento indica, sem dúvida, o pecado que habita dentro do crente e, é claro, na igreja, vista em sua condição temporal.

Juntamente com a oferta movida - belo tipo do ressurreto Cristo puro e santo - eram oferecidos sacrifícios de aroma suave, mas nenhum sacrifício pelo pecado. Já com os dois pães - tipo dos que estão em Cristo - uma oferta pelo pecado se faz necessária, pois o pecado está presente e tem de ser coberto. Embora o perfeito e definitivo sacrifício de Cristo resolvesse totalmente a questão da natureza pecaminosa e dos pecados cometidos ao longo da vida, ainda na prática e na experiência, o pecado habita em nós e habitará enquanto estivermos neste mundo. Todos reconhecem isso, embora nem todos possam compreender a perfeição da obra de Cristo. O cristão foi aperfeiçoado para sempre através de uma única oferta, ainda que tenha de se humilhar e confessar a Deus cada falha.

O significado simbólico de Pentecostes ficou evidenciado de maneira notável na descida do Espírito Santo. Ele desceu para reunir os filhos de Deus que se achavam espalhados (João 11:52). Devido a esse grande evento, o sistema do judaísmo foi colocado de lado, e um novo vaso do testemunho - a igreja de Deus - foi introduzido ao mundo. 

A. Miller. Fonte: http://tinyurl.com/ol75k56

Atos 2 (Parte 1)

Quando confio na bondade do Senhor, posso esperar nEle; quando existe algum problema, devo primeiro sentir qual é a minha parte nele; então verei Sua mão claramente.

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/atos/2

At 2:1-13 A palavra "Pentecostes" significa "quinquagésimo". foi no quinquagésimo dia após a morte do Senhor, que o Espírito Santo desceu à Terra. Sete semanas (7 Sábados) mais um dia, chegando ao Domingo, o dia do Senhor. Trata-se do dia do Cristianismo - o primeiro dia da semana. Cristo é o fim da lei - Gl 2:16-21. Por intermédio da vinda do Espírito Santo à Terra, (o Qual é uma Pessoa distinta) uma grande mudança acontece. Já não é mais no Tabernáculo ou no Templo que Deus habita. O Espírito Santo vive agora no corpo de cada crente. (1 Co 3:16; 2 Co 6:16; 2 Co 5:17) - tudo mudou.

At 2:3 "Repartidas" significa divididas, implicando as muitas línguas faladas. Falar em línguas significa falar claramente e sobriamente em uma outra língua para que aqueles que escutam possam entender. Estes eram pescadores incultos da Galileia. Eles demonstraram o poder de Deus. Hb 2:3-4 nos diz claramente que estes sinais e maravilhas aconteciam no início da pregação do Evangelho da graça de Deus. "De fogo" nos falaria do castigo que os que rejeitam a Cristo deverão receber (veja Jo 16:7-11).

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