sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

A Velha Natureza e a Nova Natureza

A Velha Natureza 

 

Não apenas se trata de uma questão da condição do pecador: a sua própria natureza está radicalmente corrompida—inteiramente debaixo do poder de Satanás. Por isso, não só necessita de ser introduzido numa nova posição, mas também de ser dotado de uma nova natureza. A natureza e a condição andam sempre unidas. Se fosse possível o pecador melhorar a sua condição, de que lhe serviria isso enquanto a sua natureza continuasse a ser irremediavelmente má? Um nobre poderia recolher e adotar um mendigo e outorgar-Ihe a fortuna e a posição de nobre, mas nunca poderia transmitir-lhe nobreza; e assim a natureza do mendigo nunca poderia achar satisfação ocupando a posição de um nobre. É necessário possuir-se uma natureza que corresponda à posição, e uma posição que corresponda aos desejos, aos afetos, e às tendências dessa natureza. Por isso, o evangelho da graça de Deus ensina-nos que o crente é introduzido numa posição inteiramente nova e que já não é considerado como estando no seu anterior estado de culpa e condenação, mas sim num estado de eterna e perfeita justificação. A condição em que Deus o vê agora não é apenas de pleno perdão, mas um estado de perfeição tal que a santidade infinita não pode achar nele tanto como uma simples nódoa de pecado. Foi tirado da sua condição de culpa e colocado para sempre numa nova condição de justiça imaculada. Não é que, de modo nenhum, a sua antiga condição haja sido melhorada. Isto seria inteiramente impossível, "Aquilo que é torto não se pode endireitar" (Ec 1:15). Nada há mais oposto à verdade fundamental do evangelho que a teoria do melhoramento gradual da condição do pecador. O pecador é nascido numa má condição, e enquanto não "nascer de novo" não pode estar em qualquer outra. Poderá procurar melhorar-se. Pode tomar a resolução de ser melhor no futuro — de "voltar uma nova página" da sua existência —, de alterar o seu modo de vida; porém, com tudo isto não consegue sair de sua condição de pecador. Poderá fazer-se religioso, como se ousa dizer, poderá tentar orar, poderá observar diligentemente as ordenações, e revestir as aparências de uma reforma moral; contudo nenhuma destas coisas poderá, no mínimo, alterar a sua posição perante Deus.
  

A Nova Natureza

 

Como poderá, então, o homem alterar a sua natureza? Poderá submetê-la a uma série de operações, poderá dominá-la e discipliná-la; porém continuará a ser a mesma natureza. "Aquele que é nascido da carne é carne" (Jo 3:6). É necessário que haja uma nova natureza, assim como uma nova disposição. Mas como poderá o pecador adquiri-las? - Crendo no testemunho que Deus de Seu Filho deu. "A todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome" (Jo 1:12). Aqui aprendemos, que todos os que creem no nome do unigênito Filho de Deus, têm o direito ou o privilégio de serem feitos filhos de Deus. São feitos participantes de uma nova natureza e têm a vida eterna. "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna" (Jo 3:36). "Na verdade, na verdade vos digo que, quem ouve a minha alavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida" (Jo 5:24). "E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (Jo 17:3). "E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida" (1 Jo 5:11,12).

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A Escravidão

(Comentário Êxodo 5)

O resultado da primeira visita a Faraó parece ter sido bem pouco animador. O pensamento de perder os israelitas levou-o a tratá-los com maior crueldade e a sujeitá-los a redobrada vigilância. Sempre que o poder de Satanás é restringido a um ponto o seu furor aumenta. Assim aconteceu neste caso. A fornalha ia ser apagada pela mão do amor libertador; porém, antes de o ser, ela arde com mais intensidade e ferocidade. O diabo não gosta de soltar nenhum daqueles que tem tido debaixo da sua garra terrível. Ele é "o valente", e quando "guarda, armado, a sua casa, em segurança está tudo quanto tem" (Lc 11:21). Porém, bendito seja Deus, há "outro mais valente do que ele", que lhe tirou "a sua armadura em que confiava", e repartiu os seus despojos pelos objetos favorecidos do Seu amor eterno.
"E depois, foram Moisés e Aarão e disseram a Faraó: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto" (capítulo 5:1). Tal era a mensagem do Senhor a Faraó. Deus reivindicava inteira libertação para o povo, sob o fundamento de ser o Seu povo e a fim de que pudessem celebrar-Lhe uma festa no deserto. Nada pode jamais satisfazer Deus acerca dos Seus eleitos senão a sua inteira libertação do jugo da servidão. "Desligai-o e deixa-o ir", é, realmente, o grande lema dos desígnios de Deus acerca daqueles que, embora retidos em servidão por Satanás, são,todavia, os herdeiros da Sua vida eterna.

Quando contemplamos os filhos de Israel no meio dos fornos de tijolo do Egito, temos perante nós uma figura exata da condição de todo o filho de Adão segundo a carne. Ei-los ali, esmagados sob o jugo mortífero do inimigo, sem poder para se libertarem. A simples menção da palavra liberdade não fez mais que aumentar o rigor do opressor para reforçar as cadeias dos seus cativos e carregá-los com um fardo ainda mais opressivo. Era, pois, absolutamente necessário que a salvação viesse de fora. Mas de onde havia de vir? - Onde estavam os recursos para pagar o seu resgate? - Ou onde estava a força para quebrar as cadeias? E, admitindo que ambas as coisas existiam, onde estava a vontade para o conseguir? Quem estaria disposto a libertá-los? - Ah! Não havia esperança nem de dentro nem de fora. Apenas podiam olhar para cima. O seu refúgio era Deus: Ele tinha tanto o poder como o querer; e podia efetuar a redenção por poder e por preço. No Senhor, e somente n'Ele estava a salvação do povo de Israel oprimido e arruinado.

É sempre assim em todos os casos. "E em nenhum outro há salvação, porque certo sim! debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" (At 4:12). O pecador está debaixo do poder daquele que o domina com um poder despótico. Está "vendido sob o pecado" (Rm 7:14); está preso à vontade do diabo (2 Tm 2:26) — preso com as cadeias da concupiscência, da ira e da cólera, fraco (Rm 5:6), "sem esperança e sem Deus" (Ef 2:12). Tal é a condição do pecador. Como poderia, pois, libertar-se? Que poderia fazer? - Sendo escravo de outrem tudo que faz, fá-lo na qualidade de escravo. Os seus pensamentos, as suas palavras, os seus atos são os pensamentos, as palavras e os atos de um escravo. Sim, ainda mesmo quando chora e suspira por liberdade, as suas próprias lágrimas e suspiros são provas melancólicas da sua escravatura. Pode lutar por liberdade; mas a sua própria luta, embora evidencie um desejo de liberdade, é a declaração positiva da sua escravatura. 


Êxodo 5

Na hora mais negra para o Senhor... a cruz... Ele não nos pede que sintamos pena dEle mas que sejamos abençoados por aquela hora.

Leia em: http://www.bibliaonline.com.br/acf/ex/5

Êx 5:1 Finalmente Moisés e Aarão vão a Faraó, o rei do Egito. Eles repetem as palavras do Senhor.

Êx 5:2
Faraó usa uma linguagem perigosa contra o Senhor. Hb 12:5 é um aviso para nós não endurecermos nosso coração.

Êx 5:6-14 Ao invés de obedecer o Senhor, Faraó faz os israelitas trabalharem mais. As circunstâncias se tornam rapidamente piores. Faraó (um tipo de Satanás) é um patrão duro.

Êx 5:19-23 Estes oficiais estão agindo sem a direção de Deus ao irem a Faraó; eles culpam Moisés (como crentes que agem sem a direção da Palavra de Deus. Eles sempre causam problemas). Moisés perde sua confiança no Senhor. Há lições que ele ainda precisa aprender.

N. Berry. Fonte: http://www.stories.org.br/ex_p.html

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