domingo, 29 de setembro de 2013

A Graça de Deus Lembra-se Somente dos Atos da Fé

(Comentário Êxodo 2)

Quando desviamos o olhar do homem e o fixamos sobre o único Servo verdadeiro e perfeito, não o encontramos "olhando a uma e outra banda (lado)" (v. 12), pelo simples motivo que nunca procurou agradar aos homens mas a Deus. Não temia a ira do homem nem cortejava o seu favor. Os Seus lábios nunca se abriram para provocar os aplausos dos homens, nem jamais os fechou para evitar as suas críticas. Por isso, o que dizia e fazia tinha uma santa estabilidade e elevação. Jesus é o único de quem se pôde dizer com verdade, "cujas folhas não caem e tudo quando fizer prosperará" (Sl 1:3). Em tudo que fazia prosperava, porque fazia todas as coisas para Deus. Cada ação, cada palavra, cada movimento, cada olhar, cada pensamento era como um belo cacho de frutos enviados ao alto para refrescar o coração de Deus. Jamais receou pelos resultados da Sua obra, porquanto sempre trabalhou com e para Deus na compreensão plena da sua vontade. A Sua própria vontade, posto que fosse divinamente perfeita, nunca se confundiu com o que, como homem, fazia sobre terra, e assim podia dizer: "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou" (Jo 6:38). Por isso, deu "o seu fruto na estação própria" (Sl 1:3), e fez sempre o que agradava ao Pai (Jo 8:29), e, portanto, nada teve que temer, nem necessidade de arrependimento nem de "olhar a uma e a outra banda (lado)".
Nisto, como em tudo mais, o Mestre bendito forma um contraste notável com os Seus servos mais honrados e destacados. O próprio Moisés "temeu" (versículo 14), e Paulo teve de se arrepender (2 Co 7:8); porém, o Senhor Jesus nunca fez uma coisa nem outra. Jamais se viu forçado a recuar um passo, a arrepender-se duma palavra ou a corrigir um pensamento.

Tudo quanto fez foi absolutamente perfeito. Era tudo fruto dado na estação própria. O curso da Sua vida santa e celestial deslizava adiante sem obstáculos nem deslizes. A sua vontade estava perfeitamente submissa ao Pai. Os melhores homens, e até mesmo os mais dedicados, cometem erros; mas é perfeitamente exato que quando mais, pela graça, nos é dado mortificarmos a nossa vontade, menos erramos. É uma feliz circunstância quando, dum modo geral, a nossa vida é de fé e de dedicação exclusiva a Cristo.

Assim sucedeu com Moisés. Era um homem de fé, um homem que absorveu em alto grau o espírito do seu Mestre e que seguiu com maravilhosa firmeza os Seus passos. É certo que antecipou, como notamos, em quarenta anos o período que Deus destinara para julgar o Egito e libertar Israel; todavia, quando lemos o comentário inspirado do Capítulo 11 de Hebreus nenhuma menção encontramos deste fato. Encontramos somente o princípio divino que, dum modo geral, orientou a sua vida: "Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado; tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa. Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível" (Hb 11:24-27).

Esta passagem apresenta-nos os atos de Moisés de uma maneira cheia de graça. É assim que o Espírito Santo sempre conta a história dos santos do Velho Testamento. Quando descreve a vida dum homem, apresenta-o como ele é, com todas as suas falhas e imperfeições. Mas quando, no Novo Testamento, comenta essa biografia limita-se a dar o princípio que o orientou e o resultado da sua atividade. Por isso, não obstante lermos em Êxodo que Moisés "olhou a uma e a outra banda", e disse; "certamente este negócio foi descoberto", e por fim que "fugiu de diante da face de Faraó", lemos também na epístola aos Hebreus que o que ele fez, fê-lo "pela fé"— não temeu a ira do rei — e ficou firme como vendo o invisível.

Assim acontecerá em breve quando vier o Senhor, "o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor" (1 Co 4:5). Eis aqui uma verdade consoladora e preciosa para toda a alma reta e o coração fiel. O coração pode formar muitos projetos que, por diversas razões, a mão não pode realizar. Todos esses intentos serão manifestados quando o Senhor vier. Bendita seja a graça divina por nos haver dado uma tal certeza! As devoções do coração são muito mais preciosas para Cristo do que as obras mais espaventosas que as mãos possam executar. Estas podem dar algum brilho aos olhos do homem; mas aquelas são devidamente apreciadas pelo coração de Jesus. As obras podem ser assunto de conversação dos homens, mas as afeições são manifestadas diante de Deus e dos Seus anjos. Que todos os servos de Cristo saibam ter os seus corações somente ocupados com Ele e os seus olhos postos na Sua vinda.

sábado, 28 de setembro de 2013

Êxodo 2

O Espírito Santo mantém a Glória de Cristo coletivamente... o Senhorio de Cristo individualmente.

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/ex/2


Ex 2:1 Este homem mostra sua obediência à Palavra de Deus quanto a com quem deveria se casar. Compare Gn 24:3-4 com 2 Co 6:14,17.


Êx 2:2 Hb 11:23 nos fala um pouco mais do que há neste versículo. Deus enxerga dentro do coração.

Êx 2:3-10 Deus coloca as pessoas nos lugares que Ele as quer. Até mesmo um bebê chora no momento exato!

Êx 2:11-14 Moisés tinha um cuidado verdadeiro para com seus irmãos, os Hebreus, mas age de um modo terrível... ele mata o Egípcio. Moisés deve aprender que isto não trará jamais bons resultados.

Êx 2:15-22 Deus está ensinando Moisés a ternura de espírito para com aqueles em dificuldades.

Êx 2:23-25 A dificuldade deles estava levando-os mais perto de Deus e os fazia sentir sua necessidade dEle. As pessoas suspiravam, choravam e gemiam; mas Deus escutava, lembrava, olhava e os tinha em consideração (conhecia a condição deles). Ele sempre escuta quando nós reconhecemos nossa necessidade.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

A Ressurreição e Ascensão de Cristo

(Comentário Atos 1)

Encarnação, Crucificação e Ressurreição são os grandes fatos ou verdades fundamentais da igreja e do cristianismo. A encarnação foi necessária à crucificação e ambas à ressurreição. É uma verdade bendita que Cristo morreu na cruz por nossos pecados, porém, é igualmente verdade que o crente morreu em Sua morte (Romanos 6; Colossenses 2). A vida cristã é vida na ressurreição. A igreja está edificada sobre o Cristo ressurreto. Nenhuma verdade pode ser mais abençoada e maravilhosa que a encarnação e a crucificação, mas a igreja está associada com a ressurreição e glorificação de Cristo.

Em Atos 1 temos um quadro do que está relacionado à ressurreição e ascensão do Senhor; e também com os atos dos apóstolos antes da descida do Espírito Santo. O maravilhoso Senhor ainda fala e age por intermédio do Espírito Santo. Foi “pelo Espírito Santo” que Ele deu ordenanças aos apóstolos que escolhera. Isso é digno de nota por nos ensinar duas coisas:
  1. O caráter de nossa união com Cristo; o Espírito Santo no cristão e no Senhor ressurreto os une um ao outro de maneira extraordinária. “Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito” (1 Coríntios 6:17). Pelo “mesmo Espírito” ambos são unidos.
  2. Esse importante fato chama a atenção para a abençoada verdade de que o Espírito Santo habita e age no cristão, também após este estar efetivamente na ressurreição. Naquele momento, Ele não terá - como tem agora - a carne em nós para combater, mas irá nos conduzir sem qualquer impedimento às glórias do céu — à jubilosa adoração, ao abençoado serviço, e à plenitude da vontade de Deus.
O Senhor ressurreto ordena aos apóstolos a aguardarem em Jerusalém pela “promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (Atos 1:4-5). Não se trata mais de uma questão de promessas temporais a Israel, isso será adiado para um dia futuro. A promessa do Pai em relação ao Espírito Santo era uma coisa inteiramente distinta, e com resultados radicalmente diferentes.

O Senhor falou muitas coisas relativas ao reino de Deus com Seus apóstolos, subiu aos céus e então uma nuvem impediu que eles O vissem. A volta do Senhor também é prenunciada de maneira clara e cristalina nessa mesma ocasião. “E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (Atos 1:9-11). A partir dessas palavras fica evidente que Ele subiu pessoal, visível e corporalmente, e que é dessa mesma forma que Ele deverá vir - Ele aparecerá novamente entre as nuvens, e será manifesto aos povos sobre a terra, pessoal, visível e corporalmente; mas dessa vez com poder e grande glória.

Os apóstolos e discípulos tiveram de aprender duas coisas:
  1. Que Jesus foi tomado desse mundo e levado aos céus.
  2. Que Ele virá novamente. O testemunho deles se baseava sobre esses dois grandes fatos. Jerusalém seria o ponto de partida do ministério apostólico, e para isso teriam de esperar pelo poder de cima. Agora chegamos ao segundo grande evento, e mais importante de todos, que se relaciona à condição humana neste mundo - o dom do Espírito Santo. Já não seria Deus por nós, mas Deus em nós. Isso aconteceu no dia de Pentecostes.

A. Miller. Fonte: http://tinyurl.com/om2b9e6

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Atos 1

Um testemunho unido da verdade de Deus é a maior bênção possível vinda das alturas.


Vimos no livro de Êxodo que tratava-se do livro da "saída do Egito" - assim começaremos hoje o livro "da saída" para a vida Cristã. Enquanto continuamos a alternar entre o Antigo e o Novo Testamento, esperamos mostrar o progresso para a vida do crente. Trata-se de uma ponte (ou transição) entre o Judaísmo, com todas as suas cerimônias, rituais, sacerdotes, etc., e a completa revelação do Cristianismo nas Epístolas. Aqueles que se apegam muito a Atos e negligenciam as Epístolas de Paulo tornam-se ficam sem um equilíbrio em assuntos como batismo, adoração e ordem eclesiástica. Se você ler os capítulos finais de Lucas e os capítulos iniciais de Atos, verá uma ligação estreita entre eles. Os discípulos dos primeiros capítulos de Atos continuavam sem serem habitados pelo Espírito Santo. Este livro nos leva do Judaísmo para o Cristianismo.

At 1:1-14 Os apóstolos ainda esperavam que o Senhor estivesse para restaurar o reino para Israel. Mas o Senhor lhes havia dito que não cabia a eles conhecer o tempo (vers. 7). Mt 24:36 é claro. Ele subiu ao céu. Isto era necessário (Jo 16:7), caso contrário o Espírito Santo não poderia descer. Assim eles esperaram.

At 1:15-26 Os apóstolos sem dúvida haviam lido Sl 109:8 e os versículos adjacentes. Por isso escolheram dois homens, e é possível que tenham colocado seus nomes em uma caixa, tenham tirado um deles e lido que nome estava escrito, assumindo que era esse o homem que Deus queria. Após o Espírito Santo ter descido no dia de Pentecostes, nunca mais lemos de uma ocasião onde este método tivesse sido novamente utilizado. Lembre-se de que o Espírito Santo é uma Pessoa tão individual quanto o Senhor Jesus.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Um Rei que não Conhecia a Deus


"Depois, levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José, o qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito e mais poderoso do que nós. Eia, usemos sabiamente para com ele, para que não se multiplique, e aconteça que, vindo guerra, ele também se ajunte com os nossos inimigos, e peleje contra nós, e suba da terra" (versículos 8-10). Vemos aqui o raciocínio de um coração que nunca aprendera a contar com Deus nos seus cálculos. O coração não-regenerado nunca o pode fazer, e por isso, quando Deus se revela, todos os seus argumentos caem por terra. Fora de Deus, ou independentemente d'Ele, podem parecer muito prudentes, mas logo que Deus aparece em cena, vê-se que são perfeita loucura

Mas porque havemos nós de permitir que as nossas mentes sejam, de qualquer modo, influenciadas por argumentos e cálculos que dependem, para a sua verdade aparente, da exclusão total de Deus? No caso de Faraó verificamos que ele podia julgar corretamente as várias eventualidades dos negócios do seu reino: a multiplicação do povo, as possibilidades de guerra e de os israelitas fazerem causa comum com o inimigo e abandonarem o país. Ele podia pesar todas estas circunstâncias na balança com invulgar sagacidade; mas nunca lhe ocorreu que Deus pudesse ter alguma coisa a ver com o assunto. Este simples pensamento, se alguma vez tivesse ocorrido a Faraó, bastaria para lançar a confusão em todos os seus planos classificando-os como loucura.

Ora é conveniente refletirmos que sucede sempre assim com o raciocínio da mente céptica do homem. Deus é inteiramente excluído; sim, a sua pretendida verdade e solidez dependem dessa exclusão. O aparecimento de Deus em cena dá o golpe mortal em todo o cepticismo e infidelidade. Até ao momento em que o Senhor aparece, podem pavonear-se no palco com maravilhosa demonstração de sabedoria e destreza; porém, assim que o olhar distingue o mais fraco vislumbre do bendito Senhor, são despojados do manto da sua ostentação e revelados em toda a sua nudez e deformidade

Com referência ao rei do Egito, pode dizer-se, com segurança, que errou grandemente, não conhecendo a Deus nem os Seus desígnios imutáveis. Faraó ignorava que, muitos séculos antes, ainda ele estava longe de respirar o fôlego desta vida mortal, a palavra e o juramento de Deus—"duas coisas imutáveis"—haviam assegurado infalivelmente a libertação completa e gloriosa daquele mesmo povo que ele, na sua sabedoria, propunha esmagar. Tudo isto ele desconhecia; e, portanto, todos os seus pensamentos e todos os seus planos baseavam-se sobre a ignorância dessa grande verdade, fundamento de todas as verdades, que é DEUS,. Imaginava, loucamente, que, com a sua sabedoria e poder, poderia impedir o crescimento daqueles acerca dos quais Deus havia dito: "serão como as estrelas dos céus e como a areia que está na praia do mar" (Gn 22:17). Portanto, o seu procedimento não passava de loucura e insensatez.

O pior erro que alguém pode cometer é agir sem contar com Deus. Mais cedo ou mais tarde o pensamento de Deus impor-se-á ao seu espírito e então dá-se a destruição terrível de todos os seus planos e cálculos. Quando muito, tudo quanto é empreendido sem contar com Deus só pode durar o tempo presente. Mas não pode de modo algum alongar-se para a eternidade. Tudo quanto é apenas humano, por muito sólido, brilhante e atraente que possa ser, está destinado a cair nas garras da morte e a abolorecer no silêncio do túmulo. A leiva do vale há-de cobrir as maiores honras e as glórias mais brilhantes do homem (Jó 21:33); a mortalidade está esculpida na sua fronte, e todos os seus projetos são evanescentes.

Pelo contrário, tudo aquilo que está ligado e fundado em Deus permanecerá para sempre. "O seu nome permanecerá eternamente; o seu nome se irá propagando de pais a filhos" (Sl 72:17).

Êxodo 1

Não contamos agora com o privilégio de ter um apóstolo para guiar nossos pensamentos como acontecia no princípio da igreja... mas nos resta um recurso... o Espírito Santo que habita em nós.

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/ex/1

Agora passamos para o segundo passo... a saída.

Em Êxodo os filhos de Israel foram tirados do Egito por Deus; no livro de Atos (o livro mais ou menos correspondente do Novo Testamento) os filhos de Deus (crentes) são tirados da religião daqueles dias, o Judaísmo. "Êxodo" significa "saída". Deus sempre leva para fora antes de levar para dentro. Um crente não pode cometer erro maior do que achar que pode entender os pensamentos de Deus com sua mente natural. Devemos colocar para fora de nossa vida, em primeiro lugar, as coisas que sabemos não agradar a Deus. Leia Is 1:16,17 três vezes. Portanto hoje começamos o Livro da "saída".


Êx 1:1-6 Uma lista de todas as famílias a serem tiradas. Para o crente hoje, Deus conhece todos os que serão salvos. (At 15:16-18), nossos nomes estão escritos em Seu livro da vida (Ap 20:15), e fomos escolhidos antes da criação da Terra (Ef 1:4).

Êx 1:7-14 O inimigo é o rei do Egito. O inimigo de nossas almas é Satanás - e aqueles que ele usa. As tribulações fizeram o povo entender que estavam em terreno inimigo. Assim fazem nossas tribulações. Este não é o lugar para nos estabelecermos.

Êx 1:16-22 O homicídio está no coração de Faraó (como Satanás - Jo 8:44). Assim também a situação de Israel enquanto estava no Egito é uma figura do crente - a sentença de morte estava sobre nós - mas fomos libertados por Deus. Foi Deus Quem conservou em vida os bebês, embora aquelas que Ele usou (parteiras) não se comportaram como deviam no que se refere à honestidade. - 2 Co 4:7. A pessoa que o Senhor pode usar nunca é perfeita. Apenas Cristo é perfeito.

N. Berry. Fonte: http://www.stories.org.br/ex_p.html ou http://chaday.blogspot.com.br/

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Gênesis 50

A única maneira do mundo poder ver Cristo é em Seu povo, enquanto andam em comunhão com Ele.


Gn 50:1 Que terno amor José demonstra para com seu pai.

Gn 50:2-13 Um dos grandes funerais das Escrituras. Jacó é sepultado ao lado de Abraão e Sara, Isaque e Rebeca e da primeira esposa de Jacó, Lia (49:31). Ali, hoje, em Hebrom, seus corpos aguardam pela ressurreição quando nós, juntamente com eles, iremos ouvir a bendita voz do Senhor Jesus - 1 Ts 4:16-17.

Gn 50:14-26 Quando Jacó morre, os irmãos de José ficam com medo que ele se vingue neles. Em outras palavras, pensavam em Jacó como sendo o protetor deles, mais do que José. Haviam desfrutado do amor, proteção e provisão de comida vinda de José por 17 anos e agora têm medo dele! Mas tudo isso é muito parecido conosco. O coração de cada crente logo fica com dúvidas acerca do imutável amor de Deus. Não há nada além de amor para nós. Toda a ira de Deus acerca de cada pecado que cometemos em toda a nossa vida foi descarregada sobre o Senhor Jesus. Simplesmente não sobrou nenhuma ira. Não sobrou nada além de amor! E cada ato dEle para conosco (mesmo as dificuldades) é um ato de amor - Hb 12:5-13.

Gn 50:22-26 Lindo final. A fé de José o leva muito além do caixão no Egito. Ela alcança um dia melhor. Um dia eterno. "Deus certamente vos visitará!" Assim ele dá ordens a respeito de seus ossos. Que estes também deveriam ser levados de volta à terra (e foram - veja Js 24:32, Ex 13:19, Hb 11:22).

Na última referência vemos o valor dado por Deus à fé de José. O Egito só podia dar um caixão. Este mundo é nosso Egito. Mas podemos agradecer a nosso bendito Senhor Jesus Cristo, pois por Ele podemos dizer, "Certamente vos visitará Deus"!

Gênesis 49

Poucos livros de história mencionam que o Deus Criador em Pessoa veio a este mundo. O que seria de nós se Ele não tivesse vindo!


Ao morrer Jacó abençoa todos os seus filhos, e isto se revela como uma profecia do futuro da nação de Israel. Não podemos tratar de cada bênção dos irmãos individualmente. Vamos olhar para o mais importante - Judá (v. 8-12). Era na tribo de Judá que nasceria o amado Filho de Deus. Pare alguns minutos para ler algumas referências a este Bendito nas escrituras do Antigo Testamento. Sl 60:7, Nm 24:17, Ez 21:27, Zc 6:12-13. E bem no começo da Palavra de Deus - Gn 3:15.

Gn 49:10 A parte final do versículo se refere a nós, Gentios. Somos nós os povos.

Gn 49:22-26 José é outra figura de Cristo em Sua majestade e glória.

Gn 49:27 Benjamim é uma figura de Cristo em poder, em um dia futuro quando Ele irá reinar em poder sobre esta terra, mas particularmente sobre Israel.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

A Descida para o Egito e a Morte de Jacó

(Comentário Gênesis 46 a 50)

O fim da carreira de Jacó encontra-se em agradável contraste com todas as cenas da sua história. Faz-nos lembrar uma tarde serena, depois de um dia tempestuoso: o sol, que durante o dia esteve oculto da vista por neblinas, nuvens, e nevoeiros, põem-se em majestade e brilho, dourando com os seus raios o céu ocidental, e mostrando a perspectiva agradável de uma manhã clara. Assim acontece com o nosso velho patriarca. A superioridade, a avidez, a astúcia, a atividade, os expedientes, a chicana, os temores egoístas — todas essas nuvens carregadas da natureza e da terra parece terem passado, e ele manifesta-se em toda a calma elevada da fé, para dar bênçãos e transmitir dignidades, naquela santa habilidade que só a comunhão com Deus pode conceder. 

No capítulo 48:11 temos um lindo exemplo do modo como o nosso Deus sempre Se eleva acima de todos os nossos pensamentos, e Se mostra melhor do que todos os nossos temores. "E Israel disse a José: Eu não cuidara ver o teu rosto; e eis que Deus me fez ver a tua semente também"

À vista da natureza, José estava morto; enquanto que para Deus ele estava vivo e sentado no lugar de mais elevada autoridade, a seguir ao trono. "As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam" (1 Co 2:9). Permita Deus que as nossas almas possam elevar-se na compreensão de Deus e dos Seus caminhos. 

É interessante notar o modo como os títulos "Jacó" e "Israel" são introduzidos no fim do livro do Gênesis; como por exemplo, "E um deu parte a Jacó e disse: Eis que José, teu filho, vem a ti. E esforçou-se Israel e assentou-se sobre a cama" (capítulo 48:2). Então acrescenta-se imediatamente: "E Jacó disse a José: O Deus Todo-Poderoso me apareceu em Luz". Ora nós sabemos que nada há na Sagrada Escritura sem o seu significado específico, e por isso esta troca de nomes encerra alguma instrução. Em geral, pode observar-se que "Jacó" mostra a profundidade até onde Deus desceu; e "Israel" a altura a que Jacó foi elevado. 

Embora os olhos estejam obscurecidos, a visão da fé é penetrante. Ele não vai ser enganado quanto à posição destinada a Efraim e Manassés nos desígnios de Deus. Não tem que estremecer, como seu pai Isaque, em capítulo 27:33, "estremeceu de um estremecimento muito grande", em face de um erro quase fatal. Antes pelo contrário. A sua resposta ao filho menos instruído é, "eu sei meu filho, eu sei". O poder de senso não tem, como no caso de Isaque, obscurecido a sua visão espiritual. Aprendera na escola da experiência a importância de se manter agarrado aos propósitos divinos, e a influência da natureza não pode afastá-lo deles.

Gênesis 48


A Palavra revela Cristo como Aquele que fez toda a obra e Aquele que merece toda a glória.

As 12 tribos de Israel eram as famílias dos 12 filhos de Jacó. Mas não havia uma tribo de José! Todavia algo melhor aconteceu. Os dois filhos de José foram elevados a esta honra. Naqueles dias o filho mais velho recebia o dobro dos outros (Dt 21:17). Mas José não era o filho mais velho! Abra em 1 Cr 5:1 e você verá que José recebeu a primogenitura e o por quê disso! Assim ele recebeu porção dobrada. Leia também Ez 47:13. Adão foi como o primogênito, mas por haver pecado, perdeu a bênção. O Senhor Jesus (sendo como o segundo - 1 Co 15:47) recebeu a porção dobrada... a igreja, Sua esposa, composta de dois povos, os Judeus crentes e os Gentios crentes.

Gn 48:1-4 Uma bênção especial para José.

Gn 48:5-22 Os dois filhos de José. Jacó sabia melhor que José o que Deus queria. Mesmo Jacó sendo cego, ele podia enxergar melhor! Às vezes quando somos mais cegos para as coisas deste mundo, vemos melhor as coisas de Deus (2 Co 4:18). O filho mais jovem é elevado acima de seu irmão mais velho. (Mais uma vez como Adão e Cristo).

Gn 48:15-16 Que final feliz para a longa vida de Jacó, e que bela coisa para se dizer do cuidado de Deus para com ele.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O Verdadeiro Lugar de Adoração (Parte 1)

Nesta carta eu me proponho a indagar: Onde é o lugar de adoração do cristão? Devo apenas lembrá-lo de que a expressão "lugar de adoração" é muito usada, e embora eu admita plenamente que o seu significado seja simplesmente o lugar onde crentes e outras pessoas se congregam aos domingos, ainda assim é da maior importância não utilizarmos, nas coisas divinas, palavras que possam criar uma impressão errada ou dar um falso significado da verdade de Deus. Nosso único recurso, portanto, é buscarmos nas Escrituras a resposta para nossa pergunta.

Sendo assim, deixe-me dirigir sua atenção para a seguinte passagem: "Tendo pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela Sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa". (Hebreus 10.19-22) De uma forma geral, vemos nesta passagem três pontos principais: o sangue de Jesus, o véu rasgado e o Sumo Sacerdote (literalmente, o Grande Sacerdote) sobre a casa de Deus. É sobre o fundamento destas três coisas que somos exortados a nos aproximar de Deus para adoração. Se examinarmos um pouco o significado de cada uma delas, encontraremos a resposta à nossa pergunta.

A Eficácia do Sangue de Jesus


Em primeiro lugar, temos ousadia para entrar no santuário pelo sangue de Jesus. Se você acompanhar o raciocínio do apóstolo, verá que fica evidente que o sangue de Jesus é apresentado em contraste com o "sangue dos touros e dos bodes" (Hebreus 10.4). Na verdade, o assunto principal de toda a primeira parte do capítulo é a eficácia do sangue de Jesus em contraste com a ineficácia do sangue de touros e bodes. O fato de os sacrifícios do Antigo Testamento terem sido oferecidos continuamente, ano após ano, é apresentado como prova de que os adoradores nunca eram realmente purificados até o ponto de não terem mais consciência dos pecados; pois na repetição dos sacrifícios havia, ano após ano, uma contínua lembrança dos pecados (Hebreus 10.1-3). E a razão disto era que "é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados" (Hebreus 10.4). Por esta razão, os inúmeros sacrifícios, dos mais variados tipos, não faziam mais do que demonstrar sua completa ineficácia, embora tivessem sido ordenados por Deus tendo em vista o Único Sacrifício que era dessa forma anunciado.

Após demonstrar isto, o apóstolo traz à tona, no mais claro contraste, o valor do sacrifício de Cristo (leia cuidadosamente Hebreus, do versículo 5 ao 14); e para resumir e deixar tudo estabelecido em uma única sentença declara: "Porque com uma só oblação (ou oferenda) aperfeiçoou para sempre os que são santificados". (vers. 14) As oferendas ou sacrifícios sob a lei nunca tornavam perfeitos os adoradores, mas com uma só oferenda Cristo nos tornou perfeitos para sempre. Esta verdade é tão vasta e abrangente, que é necessário meditar sobre ela mais e mais, a fim de assimilá-la, ainda que em parte. Pois ela implica, não somente que eu agora não tenho mais consciência de pecados - se me encontro sob o valor do sacrifício de Cristo - mas também que eu nunca mais preciso ter qualquer consciência de pecados no aspecto aqui apresentado; que por meio da eficácia daquele sangue precioso tenho agora o direito, e terei sempre esse direito, de entrar na presença de Deus. Em resumo, que nada poderá jamais me privar do lugar que me foi dado, na maior proximidade da Sua presença, pois por uma oblação ou oferenda Ele aperfeiçoou para sempre aqueles que são santificados. Por meio daquele sacrifício eu recebi uma credencial de acesso perpétuo à presença de Deus.

O Véu Rasgado


O segundo ponto é o véu rasgado. O sangue de Cristo nos deu o direito da aproximação; e em seguida temos, "pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela Sua carne". (Hebreus 10.20) Vemos aqui, mais uma vez, um contraste com a velha dispensação, pois lemos no capítulo 9 de Hebreus: "Mas no segundo (isto é, no santo dos santos, além do véu) só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo: dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo". (Hebreus 9.7-9) O povo estava, portanto, totalmente excluído, e isto porque, como já vimos, não era possível que o sangue de touros e bodes tirasse os pecados.

Por conseguinte a morte era certa, pelo juízo de Deus, para todo aquele, exceto o sumo sacerdote, que se aventurasse a entrar além daquele terrível véu (Levítico 16.1,2; Números 15, 16). Mas tão logo foi consumado o sacrifício de Cristo na cruz, o véu foi rasgado de alto a baixo (Mateus 27.51), pois por meio de Sua morte Ele glorificou a Deus em cada atributo do Seu caráter concernente à questão do pecado, e por aquela única oferta aperfeiçoou para sempre aqueles que são santificados. Daquele momento em diante o véu estava rasgado para significar que o caminho para o santo dos santos estava aberto a partir de então. Pois Aquele que rasgou o véu para nos dar entrada, igualmente tirou o pecado que nos excluía, e é agora privilégio de cada crente, firmado na eficácia do sacrifício de Cristo, entrar sempre no santo dos santos, tendo toda liberdade de fazê-lo pelo sangue de Jesus.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Gênesis 47


Santidade não é o caminho para Cristo, mas Cristo é o caminho para santidade.

Gn 47:1-12 A família de José é assentada na melhor parte da terra do Egito (vers. 6 e 11).

Gn 47:13-26 José está no total controle do Egito. Quanto deviam amar José. Esta parte da história é uma figura do futuro, do reino de 1000 anos do Senhor Jesus. A terra prosperará e ficará em paz. Vale a pena ler Sl 72:1-9 e Is 11:4-9 (sobre o milênio).

Gn 47:27-31 Os últimos dias de Jacó (ou Israel). Mas apesar do belo lugar que recebera, apesar da grande coisa que era ter seu filho governador de todo o país, Jacó agora volta seus pensamentos para a terra da promessa! Seu lugar de descanso não seria no Egito, mas em Israel.

Postagens populares