domingo, 16 de dezembro de 2012

Experiência Vitoriosa (Parte 1)

(Comentário Romanos 8)

"Portanto agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus." (Rm 8.1) Que declaração maravilhosa! Não se trata meramente do que será a justificação do crente quando for manifestado diante do trono de Cristo, mas "agora" não há nada para condenar naqueles que estão em Cristo Jesus. Se olho para o que sou na carne, só encontro o "miserável homem que sou!" Se olho para o que sou em Cristo Jesus, vejo que agora não há condenação. Estou morto para tudo aquilo que sou como um filho de Adão -- morto para o pecado, morto para a lei, mas vivo para Deus em Cristo Jesus. Então, sendo agora de outro, e estando em outro, em Cristo Jesus ressuscitado de entre os mortos, não me encontro apenas na posição de um que produz fruto para Deus, mas de um para quem "agora nenhuma condenação há". Você está assegurado disto? Será que pode existir alguma condenação para aquele Cristo ressuscitado que está agora na glória de Deus? Portanto, se você estiver nEle, como poderá haver condenação para você?

Nenhuma alma poderá conhecer a verdadeira libertação do poder do pecado se não conhecer primeiro o absoluto favor de Deus em Cristo. Quão maravilhoso é, após um capítulo de amargas experiências (capítulo 7 de Romanos), após haver esgotado completamente toda esperança de encontrar algo de bom em si mesmo, na velha natureza, poder descobrir que, como mortos com Cristo, e vivos de entre os mortos em Cristo, encontramo-nos no absoluto favor de Deus, sem nenhuma condenação! Que perfeita paz! Nada para nos inquietar; nada para nos condenar. E é o próprio Deus Quem diz: "nenhuma condenação".

"Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte." (Rm 8.2). Então, como já vimos, possuímos uma vida justificada. Agora temos o poder -- a lei do Espírito de vida. Em outro lugar aprendemos que a vida que agora temos é eterna, e o Espírito é eterno. Portanto o poder que tenho é eterno. Vimos que a carne, ou o pecado, continua em nós -- aquilo que é nascido da carne; mas aqui encontramos a libertação do seu poder: libertos da lei do pecado e da morte; libertos pelo infinito, pelo eterno poder, a lei do Espírito de vida. Não diz que "me livrará", mas que "me livrou". Nossa velha natureza pecaminosa é tão depravada que, apesar de eu ser nascido de Deus, de eu ter prazer na lei de Deus e desejar guardá-la; ainda assim a lei que há em meus membros me colocou no cativeiro. E acaso não foi assim que aconteceu? Mas somos agora libertos de seu poder, por um poder maior -- a lei do Espírito de vida em Cristo Jesus. Oh, quão bom seria se pudéssemos ter uma fé mais simples na Palavra de Deus; sim, e também no Espírito Santo que habita em nós! Este versículo resume todo o contexto do capítulo 6. Trata-se do princípio de nos reconhecermos mortos para o pecado e vivos para Deus em Jesus Cristo, princípio este aplicado pelo poder do Espírito.

"Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o Seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito." (Rm 8.3,4) Já que não havia nenhum poder na santa lei de Deus para libertar, sua única prerrogativa era a de amaldiçoar o culpado. Em Romanos 8.2, portanto, encontro o poder que me libertou da lei do pecado e da morte. No versículo 3 vemos a incapacidade da lei em libertar por intermédio da fraqueza da carne, e a seguir, o modo como Deus libertou, e a base na qual a libertação foi operada. Esta parte resolve também a seguinte questão: Como é que não há condenação para mim, uma vez que a carne é tão completamente vil? "Deus, enviando o Seu Filho." Exatamente quando tudo mais falhou em libertá-los do Egito, o cordeiro precisou ser levantado e morto; o israelita, embora ainda não libertado, estava totalmente protegido pelo sangue.

Assim como a libertação do Egito significava a saída de um lugar, ou de uma condição de escravidão para outra de liberdade, também o crente é, pelo Espírito de vida, levado para fora de um lugar, ou de uma condição, chamada "na carne", para outro lugar, ou condição, chamado "em Cristo", havendo o pecado sido perfeitamente julgado, por ter o Santo Filho de Deus sido feito pecado por nós. E isto não para que pudéssemos continuar em escravidão, mas para que fôssemos libertos, a fim de que as justas demandas da lei pudessem ser cumpridas em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.

A carne é deixada de lado por aqueles que não andam "segundo a carne". Uma outra posição é ocupada agora por aqueles que andam "segundo o Espírito". Há, por assim dizer, duas classes. "Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o espírito para as coisas do espírito." (Rm 8.5) Uma é morte, a outra é vida. E mais ainda: "a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser." (Rm 8.7) Segue-se disso que aqueles que estão neste terreno, aqueles que estão na carne, não podem agradar a Deus.

E aqui surge uma questão de profundo interesse: Quando podemos concluir que não estamos na carne, mas no Espírito? "Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós." (Rm 8.9) Portanto, fica claro que se o Espírito de Deus habita em você, você poderá concluir com segurança que não está na carne. Cornélio era, evidentemente, uma alma vivificada, assim como toda a sua casa (Atos 10.2), mas não libertada, e é por esta razão que ele permaneceu na carne, até que a Palavra chegou a ele com o poder do Espírito Santo, e, por conseguinte, o próprio Espírito Santo (Atos 10.44). Surge, portanto, a pergunta: Você já recebeu o Espírito Santo? Se ainda não, mesmo tendo sido vivificado, você continua na carne, procurando a sua melhoria -- ainda que seja pelas obras da lei. Cornélio não poderia ser considerado um cristão até haver recebido o Espírito Santo; e nem você pode considerar-se, no sentido pleno da palavra, até que tenha recebido o Espírito. "Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dEle." (Rm 8.9)

(Continua...)

sábado, 15 de dezembro de 2012

Romanos 8 (Parte 1)

O Sacerdote, Cristo, vai a Deus por nós... e nós vamos ao Sacerdote.

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/rm/8

O capítulo 7 foi todo de fraqueza e derrota e todo acerca do "Eu, mim, ou meu" (mencionado 47 vezes na versão inglesa), enquanto Cristo foi mencionado duas vezes. O Espírito Santo nem chega a ser mencionado. Este capítulo está saturado do Espírito. O Espírito Santo é mencionado 18 vezes, Cristo 13 vezes e "eu, me ou meu" três vezes! (referências ao original em inglês). A lei não poderia libertar o homem do poder do pecado. Mas Deus fez isto enviando Seu Filho ao mundo para morrer na cruz. Pela morte de Jesus, Satanás, o pecado e a morte foram vencidos. 

Rm 8:1-4 A base da obra do Espírito está na cruz de Cristo. E este deve ser nosso tema de louvor na eternidade. O Espírito de Deus quer que pensemos em Cristo cada vez mais. 

Rm 8:5-13 O Espírito aparece em contraste com a carne. Aqueles que são do Senhor devem viver de modo diferente daqueles que não conhecem o Senhor. A carne luta contra nossa nova vida o tempo todo, mas a vida em Cristo nos leva a novos interesses e temos um objetivo na vida... agradar ao Senhor. A nova vida só quer fazer isto. A carne nunca compreende isto porque não compreende Deus. 

Rm 8:14-17 O Espírito nos torna seguros de que somos filhos de Deus.

sábado, 8 de dezembro de 2012

A Ruína da Religião Cristã (Parte 2) - Um Desafio ao Fundamento Bíblico do Cristianismo Denominacional

1) Que autoridade nos dá a Palavra de Deus para estabelecermos igrejas denominacionais ou não denominacionais em meio ao testemunho cristão, quando as Escrituras condenam a criação de seitas e divisões entre os crentes? (1 Co 1:10; 3:3; 11:18-19)

2) Com que autoridade vinda de Deus os cristãos denominam suas assim chamadas "igrejas" como Presbiteriana, Batista, Pentecostal, Aliança, Cristã Reformada, Anglicana etc., quando não há na Bíblia instruções para nos reunirmos em qualquer outro nome além do nome do Senhor Jesus Cristo? (Mt 18:20; 1 Co 5:4)

3) Com que autoridade os cristãos denominam seus grupos eclesiásticos em honra de proeminentes e dotados servos do Senhor, como Luterana (Martinho Lutero), Menonita (Menno Simons), Metodista-Wesleyana (John Wesley) etc., quando as Escrituras denunciam a formação de grupos de cristãos em torno de um líder na igreja? (1 Co 1:12-13; 3:3-9)

4) Que autoridade os homens receberam de Deus para estabelecerem essas igrejas segundo distinções nacionais, como "Igreja da Inglaterra", "Irmãos Menonitas Chineses", "Igreja Ortodoxa Grega", "Batista Filipina", "Igreja de Deus Alemã" etc., quando as Escrituras nos dizem que não existem distinções nacionais ou sociais na igreja de Deus? (Cl 3:11)

5) Que autoridade têm os cristãos para ornamentarem seus lugares de adoração à semelhança do tabernáculo e do templo da ordem judaica do Antigo Testamento? Muitas desses edifícios, chamados de "igrejas", são ornamentados com ouro e outros materiais preciosos. Muitos desses edifícios, chamados "igrejas", têm um altar. Outros têm partes do prédio destacadas como sendo mais sagradas do que outras. Que autoridade têm os cristãos para emprestarem coisas assim do judaísmo, quando a Bíblia indica que o cristianismo não é uma extensão da ordem judaica, mas possui um caráter totalmente novo de aproximar-se de Deus? (Hb 10:19-20; 13:13; Jo 4:23-24) 

6) Acaso existe qualquer fundamento na Palavra de Deus para a existência de campanários, cruzes e outras coisas que são construídas nessas assim chamadas "igrejas"? 

7) Será que existe qualquer base na Palavra de Deus para chamar esses edifícios de "igrejas"? A definição bíblica de "igreja" é de uma reunião de crentes que, pelo evangelho, foram chamados para fora, tanto dentre os judeus como dentre os gentios, e são unidos em um único corpo a Cristo, sua Cabeça no céu, pela habitação do Espírito Santo. (At 11:22; 15:14; 20:28; Rm 16:5; 1 Co 1:2; Ef 5:25)

8) Que autoridade as Escrituras dão para se colocar um homem na igreja (chamado de Ministro ou Pastor) para "conduzir" a adoração? As Escrituras ensinam que o Espírito de Deus foi enviado ao mundo para guiar a adoração cristã (Fp 3:3; Jo 4:24; 16:13-15). A Bíblia indica que é o Senhor, por intermédio do Espírito, quem preside na assembleia dos santos e dirige os procedimentos do modo como Lhe apraz. (1 Co 12:11; Fp 3:3)

9) Com que autoridade das Escrituras os cultos de adoração nessas igrejas são organizados com antecedência? Em algumas se costuma distribuir um programa descrevendo a ordem como se dará a adoração naquele dia em particular.

10) Com que autoridade das Escrituras esses cultos nas igrejas são chamados de "adoração", quando eles geralmente constituem de apresentações musicais e de um homem ministrando um sermão?

11) Que autoridade o Novo Testamento dá para se utilizarem instrumentos musicais na adoração cristã? A adoração cristã é aquela produzida no coração pelo Espírito de Deus, e não por meios mecânicos através de mãos humanas. (At 17:24-25) 

12) Com que autoridade das Escrituras são repetidas orações escritas previamente e impressas em livros de oração durante as reuniões da igreja? A Bíblia diz que não deveríamos usar de vãs repetições em nossas orações, mas que estas deveriam ser nossas próprias palavras saídas do coração. (Mt 6:6-8; Tg 5:16; Sl 62:8) 

13) Que autoridade há para se ensaiar os Salmos nos chamados "cultos de adoração", quando os Salmos expressam os sentimentos de pessoas que não estavam sobre um fundamento cristão e nem conheciam os privilégios cristãos? 

14) Por que a maioria das igrejas celebra a ceia do Senhor uma vez por mês ou a cada 3 meses, quando o costume da igreja nas Escrituras, inicialmente estabelecido pelo ministério de Paulo, era de se partir o pão a cada dia do Senhor? (At 20:7)

15) Que autoridade há nas Escrituras do Novo Testamento para se designar um coro de cantores treinados para ajudar na adoração cristã?

16) Que autoridade há nas Escrituras para o uso de vestimentas especiais durante os cultos de adoração cristã? Os corais costumam estar vestidos assim e dependendo do lugar o Ministro também usa uma vestimenta característica.

17) Que autoridade têm essas igrejas para permitir que mulheres preguem e ensinem publicamente, quando a Bíblia diz que o papel das irmãs não é uma atuação pública na igreja, seja na administração, seja no ensino e pregação? As Escrituras dizem que elas devem permanecer em silêncio na assembleia. (1 Co 14:34-38; 1 Tm 2:11-12)

18) Que autoridade há para as mulheres dessas igrejas orarem e profetizarem (ministrarem a Palavra) com suas cabeças descobertas, quando a Palavra de Deus diz que deveriam cobrir a cabeça? (1 Co 11:1-16)

19) Que autoridade as Escrituras dão para permitir que apenas certas pessoas (como o Pastor ou Ministro) se ocupem do ministério da Palavra de Deus? Por que não há liberdade nessas igrejas para todos os que forem capacitados ministrarem guiados pelo Espírito? A Bíblia ensina que quando os cristãos se reúnem em assembleia, todos (os varões) devem ter liberdade para ministrar conforme o Senhor guiá-los por intermédio do Espírito. (1 Co 12:6, 11; 14:24, 26, 31)

20) Que autoridade as Escrituras dão para apoiar a ideia de que uma pessoa precisa ser ordenada para estar no ministério? Não existe na Bíblia um pastor, mestre, evangelista, profeta ou sacerdote que tenha sido ordenado para pregar ou ensinar! As Escrituras ensinam que o simples fato de uma pessoa possuir um dom espiritual é sua garantia para usá-lo! (1 Pd 4:10-11) 

21) Que autoridade as Escrituras dão para fundamentar a ideia de que existem hoje no mundo homens que teriam poder para ordenar outros? Onde eles conseguiram tal poder?

22) Acaso existe qualquer autoridade para dar a pessoas títulos de "Pastor" (por exemplo, "Pastor João"), quando nas escrituras esse dom nunca foi atribuído a alguém como um título?

23) Onde nas Escrituras existe autoridade para se fazer de um homem um Pastor de uma igreja local quando as Escrituras nunca falam do dom de pastor como um ofício local? (Ef 4:11)

24) Com que autoridade das Escrituras os assim chamados Ministros se denominam a si mesmos "Reverendo", quando a Bíblia diz que "Reverendo" é o nome do Senhor? (Sl 111:9 - versão inglesa) Alguns clérigos adotam o nome "Padre" ("Pai"), apesar de as Escrituras deixarem claro que não deveríamos chamar ninguém de "Pai"! Outros adotam o título de "Doutor" (que significa'mestre' ou 'instrutor' em latim) quando as Escrituras também dizem para não procedermos assim. (Mt 23:8-10)

25) Seria a escolha de seu "Pastor" ou "Ministro" por uma igreja uma prática com base nas Escrituras? O procedimento usual é que o candidato a "Pastor" seja convidado por uma igreja para ter a oportunidade de provar que é qualificado para o posto ministrando alguns sermões. Se a sua pregação for aceitável, então a igreja (geralmente através de um corpo de diáconos) irá elegê-lo para ser seu "Pastor" local. Estaria este procedimento de acordo com a Palavra de Deus?

26) Onde nas Escrituras há autoridade para essas igrejas escolherem seus anciãos? Não existe na Bíblia uma única igreja que tenha escolhido seus anciãos.

27) Com que autoridade das Escrituras as igrejas tornam alguns dias "santos" e observam festas cristãs como Sexta Feira Santa, Dia de Todos os Santos, Quaresma, Natal etc.? As Escrituras dizem que o cristianismo não tem nada a ver com épocas e dias especiais. (Gl 4:10; Cl 2:16)

28) Que autoridade das Escrituras têm aqueles que ministram nos púlpitos dessas igrejas para ensinar doutrinas erradas como Teologia do Pacto, Amilenialismo, Segurança Condicional, Purgatório, Absolvição, Guarda da Lei etc.?

29) Acaso existe autoridade das Escrituras para se promover reuniões de "Testemunho", onde um homem se levanta e diz para a audiência como ele foi salvo, geralmente descrevendo sua vida passada de pecados?

30) Que autoridade há no Novo Testamento para se recolher dízimo (10% de nossa receita) da audiência, quando o dízimo é claramente uma lei Mosaica dada para Israel? (Lv 27:32, 34; Nm 18:21-24)

31) Onde há nas Escrituras base para campanhas para se levantar fundos e pedir doações de audiências mistas de salvos e perdidos nessas igrejas? A Bíblia indica que os servos do Senhor não tomavam "coisa alguma" das pessoas deste mundo que não eram salvas, quando pregavam o evangelho a elas. (3 Jo 7)

32) Seriam os seminários e escolas bíblicas o modo de Deus preparar um servo para o ministério? Conceder e receber diplomas e títulos (como Doutor em Divindade) seria uma prática fundamentada nas Escrituras? A Bíblia diz que não devemos dar títulos honoríficos uns aos outros. (Jó 32:21-22; Mt 23:7-12)

33) Será que existe qualquer fundamento na Palavra de Deus para essas igrejas enviarem Ministros e Pastores para um determinado lugar para executarem uma obra para o Senhor? Costumamos ouvir comentários como, "o Pastor fulano foi enviado por tal organização". As Escrituras mostram que Cristo, a Cabeça da igreja e Senhor da seara, é quem envia os Seus servos para a obra que preparou para eles, por meio da direção do Espírito, e que a igreja deve tão somente reconhecer isso estendendo ao servo a destra à comunhão. (Mt 9:38; At 13:1-4; Gl 2:7-9).

34) Onde nas Escrituras vemos a ideia da igreja ser uma organização que ensina? Costumamos ouvir pessoas dizendo, "Nossa igreja ensina que..." Na Bíblia não vemos a igreja ensinando, mas sendo ensinada por indivíduos que são levantados pelo Senhor. (At 11:26; Rm 12:7; Ap 2:7, 11, 17, 29; 3:6, 13, 22; 1 Ts 5:27).

Gênesis 23

Existe algo no Deus bendito que jamais podemos medir... Jesus é a Medida.

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/23

Gn 23:2 A primeira vez que o choro é mencionado nas escrituras. Jesus chorou na morte de uma pessoa. A morte e o choro são companheiros, Ap 21:4.

Gn 23:3-20 Este longo relato detalhado certamente nos mostra a alta estima em que Abraão era tido por seus vizinhos. Como é bom termos nossos vizinhos pensando bem de nós! NÃO que devamos tentar ser populares para com eles, pois um crente fiel no Senhor Jesus jamais será popular para com o mundo (Jo 15:18,19 e 1 Jo 3:13). Você verá o quão próximos eram Abraão e Sara, se abrir em Hb 11:11-13 e 1 Pd 3:5,6. Abra em Hb 11:3-14 para ver que dentro do coração de Abraão ele possuía algo que estava além das lágrimas e da sepultura. A morte é para o crente uma combinação de lágrimas e esperança. Veja 1 Ts 4:13-18.

Norman Berry. Fonte: http://chaday.blogspot.com.br/2006/03/genesis-23.html ou http://www.stories.org.br/chaday/

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A Fé na Ressurreição

A morte é o limite do poder de Satanás; porém onde Satanás termina, Deus começa a atuar. Abraão compreendeu isto quando se levantou e comprou a cova de Macpela como lugar de repouso para Sara. Isto foi a expressão do pensamento de Abraão quanto ao futuro. Ele sabia que nos séculos vindouros a promessa de Deus quanto à terra de Canaã será cumprida, e pôde depositar o corpo de Sara na sepultura "na esperança gloriosa da ressurreição".

"Todos estes morreram na (ou segundo) a fé, sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe e crendo nelas e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra" (Hb 11:13). Isto é na verdade uma feição excelente da vida divina. Essas "testemunhas", das quais o apóstolo fala em Hebreus 11, viveram não apenas pela fé, mas, mesmo quando chegaram ao fim da sua carreira, conheceram que as promessas de Deus eram tão reais e satisfatórias para as suas almas como quando no princípio da sua carreira. Ora, eu creio que esta compra de um lugar para sepultura na terra era uma prova do poder da fé, não somente para a vida mas para a morte. Por que estava Abraão tão interessado nesta compra? Por que mostrou tanto interesse em legalizar os seus direitos ao campo e à cova de Efrom sob os princípios do direito? Por que essa determinação em pesar o preço como "correntes entre mercadores"? , é a resposta. Ele fez tudo por fé. Ele sabia que a terra era sua por promessa, e que em glória a sua descendência havia ainda de possuí-la, e até então ele não seria devedor àqueles que ainda haviam de ser desapossados.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Abraão Demonstra Sua Fé Mediante Suas Obras

(Comentário Gênesis 22)


"Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito."
Hebreus 11:17


"Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? "

Tiago 2:21

"Porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único" (Gênesis 22.12). Notemos a frase, "agora sei". A prova nunca havia sido feita antes. Existia, sem dúvida, e Deus sabia isto. Porém, o ponto importante aqui é que Deus acha o Seu conhecimento do fato sobre a evidência tirada do altar do Monte Moriá. A fé é sempre comprovada pela ação, e o temor de Deus por meio dos frutos que resultam dela. Quem poderia pensar pôr em dúvida a sua fé? Tirai a fé, e Abraão aparecerá no Monte Moriá como um assassino e um doido. Tomai a fé em conta, e ele aparece ali como um adorador consagrado — um homem temente a Deus e justificado. Porém a fé tem que ser provada. "Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras?" (Tg 2:14)

E aqui quero referir a harmonia perfeita que existe entre Tiago e Paulo sobre o assunto da justificação. Na realidade, existe, como podia esperar-se, a maior e mais perfeita harmonia entre estes dois apóstolos sobre o assunto da justificação; com efeito, um é a contra-parte ou o expoente do outro. Paulo dá-nos o princípio íntimo, e Tiago a revelação desse princípio; aquele apresenta a vida oculta, este a vida manifestada; o primeiro vê o homem na sua relação com Deus, o último encara-o na sua relação com o seu semelhante. Bom, nós precisamos de ambos: o íntimo não serviria sem o exterior; e o exterior seria inútil e impotente sem o íntimo. "Abraão foi justificado" quando "creu em Deus"; e "Abraão foi justificado" quando "ofereceu Isaque, seu filho". No primeiro caso temos o segredo de Abraão, e no último o seu reconhecimento público pelo céu e pela terra. E conveniente notarmos esta distinção. Não se ouviu nenhuma voz do céu quando "Abraão creu em Deus", embora no parecer de Deus ele fosse ali, então, "considerado justo"; mas quando ele ofereceu o seu filho sobre o altar, Deus pôde dizer, "agora sei"; e todo o mundo teve uma prova poderosa e incontestável do fato de que Abraão era um homem justificado.

Assim será sempre. Onde quer que existir o princípio íntimo haverá a atuação exterior; porém todo o valor desta resulta da sua ligação com aquele. Desligai, por um momento, a atuação de Abraão, conforme é estabelecida por Tiago, da fé de Abraão, como é estabelecida por Paulo, e que virtude justificadora terá ela?  Nenhuma absolutamente. Todo o seu valor, a sua eficácia, a sua virtude emanam do fato que era uma manifestação exterior daquela fé, por virtude da qual ele havia sido contado justo perante Deus. Mas temos dito o bastante quanto à harmonia admirável entre Paulo e Tiago, ou antes, quanto à unidade da voz do Espírito Santo, quer essa voz seja proferida por Paulo ou por Tiago.

Voltemos agora para o nosso capítulo. É interessante vermos aqui como a alma de Abraão é levada a uma nova descoberta do caráter de Deus por meio da prova da sua fé. Quando podemos suportar a provação da própria mão de Deus, é certo levar-nos a alguma nova experiência com respeito ao Seu caráter, a qual nos faz conhecer quão valiosa é a provação. Se Abraão não tivesse estendido a sua mão para imolar o seu filho, ele nunca teria conhecido as ricas e excelentes profundidades desse título que ele aqui dá a Deus, a saber: "O Senhor proverá". É só quando somos realmente postos à prova que descobrimos o que Deus é. Sem provação podemos ser apenas teóricos, e Deus não nos quer assim: Ele quer que entremos nas profundidades vivas que há nEle Próprio — as realidades divinas de comunhão pessoal com Ele. Com que sentimentos e convicções diferentes deve Abraão ter retrocedido do Monte Moriá para Berseba! Do monte do Senhor ao poço do juramento! Quão diferentes eram agora os seus pensamentos acerca de 
Deus! Que pensamentos diferentes acerca de Isaque! Como eram diferentes os seus pensamentos quanto a tudo!

Na verdade, nós podemos dizer: "Bem-aventurado o varão que sofre a tentação" (Tg 1:12). É uma honra dada pelo próprio Senhor e a bem-aventurança da experiência a que ela conduz não pode ser facilmente calculada. É quando aos homens, para empregarmos a linguagem do Salmo 107:27, se "esvai toda a sabedoria" que eles podem descobrir o que Deus é. Oh! que Deus nos dê graça para podermos sofrer a provação, e a obra de Deus poder ser vista e o Seu nome glorificado em nós!

C. H. Mackintosh. Fonte: http://www.scribd.com/doc/105168410/Notas-Sobre-o-Pentateuco-Genesis-C-H-Mackintosh

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Gênesis 22

Deus abençoa pela revelação de Seu amor.

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/22

Gn 22:1-14 Abraão recebeu muitas promessas de Deus e houve muito encorajamento para ele. Agora vem a grande prova de sua vida. Estará ele desejoso de crer em Deus? Depois que tiver lido estes 14 versículos, vá até Hebreus 11:17-19. Tome um minuto do seu tempo para ler também os versículos 8-12. Deus foi satisfeito. Crer em Deus é a maior honra que podemos dar a Ele. Na perspectiva de Gênesis desta história, lemos o que Abraão fez; em Hebreus 11 lemos por que ele fez. 

Gn 22:2 A primeira menção do amor na Bíblia. Aqui é o amor do pai por seu filho - uma bela figura do amor de Deus por Seu Filho. Quase que as mesmas duas palavras são repetidas nos versículos 2, 3, 6, 7, 8 e 13. Repare na frase que é repetida nos versículos 6 e 8. Você consegue ver nessa história o quanto ela se assemelha a Deus Pai indo com Seu Filho até a cruz? O Senhor Jesus Se entregou como um sacrifício perfeito a Deus. Hb 9:26, 10:12. Esta história é uma fraca figura do sacrifício perfeito na cruz do Calvário. Nosso bendito Salvador foi até o fim. Nenhum substituto foi encontrado para Ele. A pergunta feita no versículo 7 não fica totalmente respondida até chegarmos ao Evangelho de João, capítulo 1, versículos 29 e 36

Gn 22:15-19 As grandes e gloriosas bênçãos prometidas a Abraão por causa de sua obediência. Algo maravilhoso aqui. Isaque não é visto do versículo 12 em diante. Ele desaparece. Sendo um tipo de Cristo na cruz, sabemos que o mundo nunca mais viu o Senhor Jesus após Ele ter sido tirado da cruz. Nenhum incrédulo O viu após a Sua ressurreição. A próxima vez em que O veremos será quando descer para nós, Sua noiva. Leia agora os versículos 20 ao 23. A primeira mulher a nascer e receber um nome que é mencionada na Bíblia. Quem é essa que está escondida nestes versículos? A futura noiva de Isaque! Não lemos a respeito dela por cerca de 20 anos até ela ir se encontrar com Isaque!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Duas Naturezas em Conflito (Parte 3)

(Comentário Romanos 7)

"De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim." (Rm 7.17) Isto é uma grande descoberta. Aprendo que há uma natureza, o pecado, que ainda se encontra em mim, apesar de eu poder olhar por cima dele como algo distinto de mim mesmo, de meu novo "EU". "Bem", digo eu, "O que é que há, então, nessa velha natureza, no velho EU?" Não há nem um pouquinho de bem em mim, isto é, em minha carne, ou minha velha natureza. "Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum: e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem." (Rm 7.18)

Trata-se de algo por demais humilhante descobrir que eu, como filho de Adão, não tenho nenhum poder para fazer o bem -- sim, muito pelo contrário! "Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço." (Rm 7.19) É este o verdadeiro caráter da velha natureza, mesmo quando a nova natureza deseja fazer o bem e ser santa -- sim, já que a nova natureza é santa, por ser nascida de Deus. De modo que não é a nova natureza, o novo "EU", que pratica o mal, quando a velha natureza está fazendo exatamente aquilo que a nova natureza condena.


"Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu" -- não mais eu como uma nova criatura que sou, -- "mas o pecado que habita em mim" (Rm 7.20). Há, portanto, dois princípios, ou naturezas, no homem nascido de Deus. O princípio da velha e depravada natureza é chamado de uma lei.

"Acho então esta lei em mim: que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo." (Rm 7.21) É este o invariável princípio da velha natureza -- "quando quero fazer o bem, o mal está comigo". "Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus." (Rm 7.22) Certamente isto prova que, sem dúvida alguma, existem duas naturezas; pois como poderia a velha natureza, que é pecado, se deleitar na lei de Deus? Todavia, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus". (Rm 7.22) "Bem", dirá você, "parece ser uma contradição". É exatamente isto que as duas naturezas são uma para a outra. Veja o versículo 23: "Mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros."

Portanto, negar a existência das duas naturezas em um homem nascido de novo é negar o ensino claro da Palavra de Deus. Porventura Jesus não falou que "o que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito"? (Jo 3.6) Trata-se, portanto, de um completo novo nascimento; de uma nova natureza, uma nova criação, que é do Espírito e que é espiritual. Aquilo que é nascido de uma carne ou natureza pecaminosa é, ou seja, permanece sendo, carne e pecado. E aprendemos aqui que se estamos sob a lei, isto é, se estamos no terreno da carne, debaixo da lei com vistas ao aperfeiçoamento da carne, como milhares de pessoas estão, então descobrimos que, na guerra travada pelas duas naturezas, acabamos presos "debaixo da lei do pecado que está nos meus membros". (Rm 7.23) Trata-se de uma realidade terrível, mas iremos acabar conhecendo a malignidade de nossa velha natureza na prática, se não crermos no que Deus diz acerca dela. Todavia, se for este o caso, ou seja, de um homem nascido de Deus, sob a lei, não conhecendo a distinção entre as duas naturezas, ele estará sentindo-se extremamente miserável, se for sincero e estiver buscando ardentemente por justiça e santidade de vida. É exatamente o que encontramos aqui (na narração do apóstolo Paulo).

"Miserável homem que eu sou!" (Rm 7.24) E agora já não é mais "Quem me ajudará a melhorar a carne?", mas sim, "quem me livrará do corpo desta morte?" Sim, o velho homem, o corpo desta morte, deve ser abandonado. Precisamos ter um Libertador, e este Libertador é Cristo.

"Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor." (Rm 7.25) Poucas palavras, mas oh!, que gloriosa vitória e livramento! Após chegar à plena descoberta de minha completa incapacidade, e da imutável malignidade da velha natureza, os olhos são agora levantados para Cristo, e o coração dilata-se no pleno gozo da gratidão.


Há um erro que é cometido com frequência aqui, e devemos nos precaver cuidadosamente contra ele. É comum que se diga, ou que se insinue, que o que vimos acerca da velha natureza, a carne, a lei do pecado nos membros, é verdadeiro acerca do crente antes que ele consiga a libertação; mas que depois sua velha natureza muda ou é erradicada -- ou que, em todos os seus aspectos, melhora muito; que é, de repente ou gradualmente, santificada etc. etc., e que não há mais uma natureza má nos santos que são libertos, ou santificados. Será que é assim, ou não? Deixemos que as próprias palavras que se seguem, as quais vêm depois de nossa libertação e ações de graças, respondam a esta importante questão.

"Assim que eu mesmo com o entendimento" (ou o novo homem) "sirvo à lei de Deus, mas com a carne" (ou a velha natureza), "à lei do pecado." (Rm 7.25) Não nos encontramos mais no terreno da carne, como vivendo sob a lei e procurando aprimorar a carne -- não nos encontramos mais na carne. Mas, o fato de que a carne permanece no santo libertado -- na mesma pessoa que, com o novo entendimento, ou natureza, serve a lei de Deus, é algo declarado com a maior ênfase possível. Mas a carne, e a lei do pecado, ainda permanecem em mim. Podemos discordar, discutir, ridicularizar, mas aqui está a verdade da Escritura, e é algo que cada crente descobre ser verdade. Assim nos vemos na necessidade de sermos guardados irrepreensíveis, em nosso espírito, alma e corpo. (Leia 1 Tessalonicenses 5.23.) Coloque a velha natureza sob a lei, tente encontrar algo de bom nela e, imediatamente, você experimentará o que está descrito aqui.

Uma só questão mais, antes de deixarmos este assunto. Como pode haver tantos cristãos passando por esta experiência? Simplesmente porque, apesar de nascidos de Deus, estão, por meio de ensinos falsos ou incorretos, colocados debaixo da lei, e nunca conheceram o verdadeiro caráter da libertação.

Charles Stanley. Fonte: http://www.scribd.com/doc/104720029/Vida-Atraves-Da-Morte

Romanos 7 (Parte 2)


Rm 7:7-25 Em Fp 3:6 Paulo havia dito que, naquilo que dizia respeito à lei, ele era irrepreensível. Aquilo foi antes de ele se tornar um homem salvo. Mas aqui, como um homem salvo, ele está pensando no pecado de um modo diferente. Ele descobriu que queria fazer o bem, mas não tinha o poder para fazê-lo. Ele descobriu que em sua velha vida (velha natureza) ele era completamente mau (vers. 18). Aqui Paulo tinha a ideia errada de que sua nova natureza poderia vencer a velha natureza e mantê-la subjugada. 

Rm 7:24 Mas isso não era possível. Ele clama por auxílio. Ele entende que precisa de um poder que está fora de si mesmo. Somente Deus podia fazer isso por ele. 

Rm 7:25 Mas há outro clamor. Desta vez vindo de seu coração. Desta vez um brado de alívio e triunfo, e ele sabe que foi ouvido. Ele agradece Àquele que veio em seu socorro, a Deus que lhe havia dado a vitória por meio de Jesus Cristo nosso Senhor. Nada é mais importante para nós como crentes do que aprender isto para nós mesmos. Não saia destes dois capítulos (6 e 7) até enxergar isto. A carne, por melhor e mais refinada que seja, irá nos arrastar para a derrota e para a rendição ao pecado. Mas quando nos rendemos a Cristo, Ele tem a vitória, e todo o crédito (a glória) vai para Ele.

domingo, 11 de novembro de 2012

Duas Naturezas em Conflito (Parte 2)

(Comentário Gênesis 21, Romanos 7 e Gálatas 4)


Ao mesmo tempo que o nascimento de Isaque enchia Sara de riso, introduzia um elemento inteiramente novo na casa de Abraão. O filho da livre precipitou o desenrolar do caráter do filho da escrava. Na verdade, Isaque provou, em princípio, ser para a família de Abraão aquilo que a nova natureza é na alma dum pecador. Não se tratava de Ismael modificado, mas de Isaque nascido. O filho da escrava nunca podia ser nada mais senão isso. Pelo contrário, por muito fraco e desprezado que Isaque fosse, ele era o filho da livre. A sua posição e o seu caráter, a sua situação e perspectiva, eram do Senhor. "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito" (Jo 3:6).

A regeneração não é mudança da velha natureza, mas a introdução de uma nova. Nem tão-pouco a introdução desta nova natureza altera, no mínimo, o caráter verdadeiro e essencial da velha natureza. Esta continua a ser o que era; e não é, de modo nenhum, melhorada; pelo contrário, dá-se a plena manifestação do seu caráter pecaminoso em oposição ao novo elemento;"... a carne cobiça contra o Espírito e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro" (G1 5:17).

O nascimento de Isaque não melhorou Ismael, mas apenas ocasionou a verdadeira oposição deste ao filho da promessa. Pôde ter uma conduta pacífica e irrepreensível até Isaque ter feito a sua aparição; mas então mostrou o que era perseguindo e ridicularizando o filho da ressurreição. Qual era logo o remédio? Melhorar Ismael? De modo nenhum; mas, "Deita fora esta serva e o seu filho; porque o filho desta serva não herdará como meu filho, com Isaque" (versículos 8-10). Aqui estava o único remédio. "Aquilo que é torto não se pode endireitar" (Ec 1:15); portanto, é preciso livrarmo-nos inteiramente do que é torto e ocuparmo-nos com aquilo que é divinamente reto. É tempo perdido procurar endireitar uma coisa torta. Por isso todos os esforços tendentes a melhorar a natureza são completamente fúteis.

Ora o erro em que caíram as igrejas da Galácia (*e muitas seitas "cristãs" dos dias atuais) foi a aceitação daquilo que apelava para a natureza."... Se vos não circuncidardes, conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos" (At 15:1). aqui vemos como a salvação se tornava dependente de alguma coisa que o homem podia ser, fazer, ou guardar. Isto importava em deitar por terra toda a obra gloriosa da redenção, a qual, como o crente sabe, assenta exclusivamente sobre o que Cristo é e o que Ele fez. Tornar a salvação dependente, de qualquer maneira, de alguma coisa inerente ao homem, ou a fazer pelo homem, é pô-la inteiramente de lado. Por outras palavras, Ismael tem que ser posto fora, e todas as esperanças de Abraão devem depender daquilo que Deus fez, e deu, na pessoa de Isaque. Escusado será dizer que isto não deixa nada em que o homem possa gloriar-se. Se a bem-aventurança presente ou futura dependesse até mesmo de uma alteração divina na natureza, a carne podia gloriar-se. Embora a minha natureza fosse melhorada, seria alguma coisa de mim, e deste modo Deus não teria toda a glória.

Em resumo, pois, a escrava representa o concerto da lei; e o seu filho representa todos os que são das "obras da lei", ou se fundamentam nesse princípio. Isto é muito claro. A escrava só gera para a escravidão, e nunca pode dar à luz um homem livre. Como poderia?- A lei nunca podia dar liberdade, visto que enquanto o homem vivesse ela dominava sobre ele (Rm 7:1). Eu nunca poderei ser livre enquanto estiver sob o domínio de alguém. Assim, enquanto vivo debaixo da lei esta tem domínio sobre mim; e nada
senão a morte pode libertar-me do seu domínio.

Esta é a doutrina bendita de Romanos 7. "Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei, pelo corpo de Cristo, para que sejais doutro, daquele que ressuscitou de entre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus." (Rm 7:4) Isto é liberdade, porque, "Se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (Jo 8:36). "De maneira que, irmãos, somos filhos não da escrava, mas da livre" (G1 4:31).

Sem dúvida, haverá nisto tudo um esforço para deitar fora este elemento de escravatura, porque o legalismo é próprio dos nossos corações. "E pareceu esta palavra mui má aos olhos de Abraão, por causa de seu filho." Contudo, por muito má que seja, é conforme com a mente divina que permaneçamos firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não tornemos a metermo-nos debaixo do jugo da servidão (G1 5:1).

Possamos nós, prezado leitor, compreender tão inteira e praticamente a bem-aventurança da provisão de Deus por nós em Cristo, que acabemos com todos os pensamentos acerca da carne, e tudo que ela pode ser, fazer ou produzir. Existe tal plenitude em Cristo que torna todo o apelo à natureza supérfluo e vão.

C. H. Mackintosh. Fonte: http://www.scribd.com/doc/105168410/Notas-Sobre-o-Pentateuco-Genesis-C-H-Mackintosh

* Nota do editor

Gênesis 21


Gn 21:4 Deus havia prometido um filho a Abraão cerca de 15 anos antes de Isaque nascer, quando Abraão e Sara tinham cerca de 100 anos de idade! Isaque era herdeiro de tudo o que Abraão tinha e havia sido prometido por Deus. Gálatas 4:1-9 nos diz que nós que recebemos o Senhor Jesus como nosso Salvador somos herdeiros. Repare que somos "herdeiros de Deus". 

Gn 21:9-11 Abraão não podia esperar que Deus desse a ele e Sara um filho, por isso casou-se com a serva egípcia de Sara cujo nome era Hagar. Ora, esse filho não poderia compartilhar com Isaque de todos os privilégios de ser herdeiro de Abraão. Sara age de modo mau e despede sua serva Hagar e seu filho Ismael. 

Gn 21:12 Deus estava permitindo isto, pois Ele tinha uma lição para nos ensinar. Antes de tentarmos aprender o que significa toda essa história, é maravilhoso vermos que Deus cuidou da mulher e de seu filho (vers. 15-21). Deus é misericordioso. Eis o significado da história. Leia Gálatas 4:22-31. A questão é, "está o crente sob a lei?". O filho da escrava (Hagar) é uma figura daqueles que estão sob a lei. O versículo 24 de Gálatas 4 traz a palavra "alegoria", isto significa uma história, uma parábola, um tipo. Aquilo que realmente aconteceu, e então aquilo de que é figura. Portanto Hagar e Ismael são uma figura da lei. Sara e Isaque são uma figura da graça (ou promessa). Nós crentes não somos salvos por guardarmos a lei, mas por graça (Ef 2:8, Gl 5:4 e Rm 5:14). 

Gn 21:22-23 Abimeleque, um gentio, vê que Deus está com Abraão, e o procura e quer fazer um acordo com ele. Ele busca Abraão em busca de proteção. Talvez você ache esta parte difícil de entender. Trata-se de um vislumbre do futuro - uma figura do milênio - Ap 22:2, última parte.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A Ruína da Religião Cristã (Parte 1)

Em Mateus 13, vemos o Senhor Jesus contando várias parábolas sobre o reino dos céus. Tal reino é constituído pela esfera dominada por todos aqueles que professam a Cristo, tanto os falsos como os verdadeiros. Clique aqui para conhecer melhor os diferentes aspectos do reino que são mostrados na Bíblia. 

A alguns dias atrás, foi comemorado o Dia da Reforma Protestante, que sem dúvida alguma teve seu papel na história ao tornar as Escrituras disponíveis aos que a "Igreja" Romana chamava de leigos, em contraste com o clero. Apesar disso, muitos dos chamados pais da reforma também tinham seus espinhos, como é o caso de Martinho Lutero, que possuía aversão aos judeus (o que demonstra sua falta de conhecimento das verdades contidas nas Escrituras, veja Romanos 10 e 11).

Todo o sistema religioso, inclusive o protestantismo, está totalmente arruinado, pois muitas coisas ensinadas e praticadas nele não estão de acordo com a Palavra. Esse sistema é comparado, na Bíblia, com a grande árvore onde as aves se aninham, e também à grande meretriz Babilônia:

"Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda que o homem, pegando nele, semeou no seu campo;
O qual é, realmente, a menor de todas as sementes; mas, crescendo, é a maior das plantas, e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu, e se aninham nos seus ramos. "
Mateus 13:31-32

Mas que aves são essas? Vamos ver:

"E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande babilônia, e se tornou morada de demônios, e covil de todo espírito imundo, e esconderijo de toda ave imunda e odiável.
Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da terra se prostituíram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias.
E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu
Apocalipse 18:2-4

A reforma protestante teve seu papel na história, mas se tornou um ninho de aves imundas, afinal, foi criada pelos homens. Assim como Israel ficou cativa na Babilônia, assim também hoje muitos crentes verdadeiros estão presos na religião e em suas tradições e doutrinas inventadas por homens. E assim como muitos judeus, após a libertação do cativeiro, ainda quiseram permanecer na Babilônia com todo seu comodismo, assim também muitos cristão hoje permanecem acomodados dentro da religião, mesmo conhecendo todo o mal e desobediência à Palavra que está em volta. Como em qualquer situação na vida do crente, este deve fazer a mesma pergunta feita pelo apóstolo Paulo: Senhor, que queres que eu faça? (Atos 9:6). A vontade de Deus está em Sua Palavra, e ela é bem clara quanto ao que devemos fazer em relação à confusão (afinal, esse é o significado de Babilônia) que se tornou a profissão cristã:

"Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.
Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra.
De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra."
2 Timóteo 2:19-21

"Saiamos, pois, a ele fora do arraial, levando o seu vitupério." [Arraial é uma referência a Israel e sua religião judaica. Leia mais sobre isso aqui. ]
Hebreus 13:13

"E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela [Babilônia], povo meu."
Apocalipse 18:2-4

"Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa?" [Faça uma busca no http://www.bibliaonline.com.br e verá que o fermento sempre é uma figura de má doutrina ou má conduta]
1 Coríntios 5:6

Gênesis 20

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/20

Gn 20:1-5 Abraão repete um velho pecado. Na certa foi uma atitude baixa da parte de Abraão tentar se proteger com o risco de perder a própria esposa. 

Gn 20:6-16 Deus graciosamente veio e salvou a situação. Com que frequência o Senhor nos salva de nós mesmos! Mas não tentemos o Senhor! (Veja Rom 6:1). 

Gn 20:14-15 Quão melhor foi a atitude de Abimeleque! Com frequência os incrédulos sabem melhor do que os crentes como um Cristão deveria agir. 

Gn 20:17 Abraão, restaurado em sua alma para com Deus, imediatamente ora, e Deus ouve sua oração! Que graça! Será que experimentamos isso? Experimentaremos se tão somente colocarmos em prática em nossa vida o que já conhecemos acerca do Senhor e de Sua Palavra.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Romanos 7 (Parte 1)


Rm 7:1-6 Paulo usa a figura de uma mulher casada com um homem. Se ele morresse, ela estava livre para se casar com outro. (O marido é uma figura da lei, a esposa é uma figura de uma pessoa). A lei só tem poder sobre o crente enquanto ele vive e a lei não pode morrer; então como pode esta união ser quebrada? O crente morre! Portanto a lei (o antigo marido) já não tem poder sobre aquele que está morto. Uma pessoa que aceita a Cristo como seu Salvador já morreu com Cristo (6:8). Mas Cristo ressuscitou de entre os mortos, nós crentes estamos agora unidos a Ele. Não podemos ter dois maridos ao mesmo tempo. Hoje vamos ler apenas estes 6 versículos. A maior parte dos crentes nunca os entende. Existe muito ensino errado sobre o que eles significam. Não espere entender lendo rapidamente. Leia e releia, até você assimilá-los! O crente é o que morre!

Duas Naturezas em Conflito (Parte 1)

(Comentário Romanos 7)

"Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive?" (Rm 7.1) Este fato demonstra a importância da verdade que já foi apresentada -- a identificação com a morte de Cristo; considerando-nos mortos com Ele, e vivos para Deus. Pois se aqueles que viviam debaixo dela, continuassem a viver debaixo dela, seriam responsáveis por cumpri-la em cada jota e cada til (Mt 5.18), caso contrário ela os amaldiçoaria. Neste caso o cristianismo não seria de nenhuma ajuda. O homem poderia continuar sob a maldição. A lei tinha domínio sobre um homem enquanto ele vivesse. Sua responsabilidade para com a lei só terminava na morte. A lei acerca do matrimônio prova isso: somente a morte dissolve o vínculo de responsabilidade. Enquanto o marido viver, a esposa não pode se casar com outro; seria adultério. Isto era algo patente a todos os que conheciam a lei.

De modo semelhante o crente não pode, por assim dizer, ter dois maridos. Ele não pode estar vivo na carne, casado com a lei (debaixo da lei), e também estar casado com Cristo. Não há dúvida de que os homens dirão que deve ser assim, que você deve ter ambos, a lei e Cristo; mas não estamos explicando aqui o que dizem os homens, mas o que dizem as Escrituras. Deus nos diz que não podemos ter Cristo e a lei. E do mesmo modo como uma esposa só é liberada do antigo marido pela morte, assim também nós só podemos ser libertos do antigo marido, o princípio da lei, pela morte.

"Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais doutro, daquele que ressuscitou de entre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus." (Rm 7.4) Portanto eles estavam mortos para a lei pelo corpo de Cristo como se tivessem morrido de verdade. Passaram de sob o seu domínio para um estado completamente novo. Não têm mais nada a declarar ao antigo marido; mas entram em um novo parentesco, unidos a um novo marido, a Um ressuscitado de entre os mortos, o próprio Cristo.

Mas será que os grandes mestres não irão dizer a você ser isto antinomianismo, estar morto para a lei, nada mais ter a ver com ela, ou ela com você? Dirão que isto poderia levá-lo a produzir fruto para o pecado. Seria terrível, diriam eles. Mas o que é que Deus diz a este respeito? Ele diz que tudo isso é "a fim de que demos fruto para Deus". Isto está perfeitamente de acordo com o que foi apresentado antes. "Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça." (Rm 6.14) Estar debaixo da lei é estar debaixo da sua maldição, pois todos provaram ser culpados (Romanos 3). Mas agora somos um com o Cristo ressuscitado, tendo todos os pecados perdoados, e o pecado julgado, a fim de podermos dar fruto para Deus.

Todavia a porção do cristão é esta: considerar-se morto com respeito à carne, mas vivo para Deus. Uma vida inteiramente nova proveniente de Deus. O assunto todo será bastante simplificado se mantivermos estas duas coisas distintas: a velha vida, ou velha natureza, chamada a carne -- o terreno no qual o homem foi provado sob a lei; e a nova vida, ou nova natureza, a qual o crente possui, a própria vida eterna do Cristo ressuscitado. Vimos como fomos libertados da escravidão do pecado por estarmos mortos para um e vivos para o outro. Isto não quer dizer que o pecado está erradicado, mas que estamos mortos para ele. 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O Testemunho da Palavra Sobre Ela Mesma

Nada melhor do que a própria Palavra para testificar a favor dela mesma. Conhecer as evidências históricas e argumentos a favor da inerrância bíblica é muito interessante, mas acima de tudo, deixemos que o Senhor fale por meio de Sua palavra:

As escrituras que testificam, e as testemunhas oculares

Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras (**profecias do Velho Testamento),
E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.
E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze.
Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também.
1 Coríntios 15:3-6

Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade.
Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido.
E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo;
E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações.
2 Pedro 1:16-19

Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim (Jesus) testificam
João 5:39

Mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas. Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram. 
Mateus 26:56


A Palavra é a Verdade


Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. 
João 17:17

A tua palavra é a verdade desde o princípio, e cada um dos teus juízos dura para sempre
Salmos 119:160

Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. 
Efésios 1:13

Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 
2 Timóteo 2:15


A rejeição / deturpação da Palavra e da doutrina dos apóstolos


E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada;
Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição. 
2 Pedro 3:15-16

Invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes. E muitas coisas fazeis semelhantes a estas. 
Marcos 7:13

Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;
E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. 
2 Timóteo 4:3-4

Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 
2 Coríntios 4:2

E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.
E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. 
2 Pedro 2:1-2


A Água

A água é uma figura da Palavra:

Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,
Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra
Efésios 5:25-26


Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre
1 Pedro 1:23

Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas. 
Tiago 1:18


Agora vamos ver algumas ocorrências da água:

Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. 
João 3:5
(É pela Palavra que alguém toma conhecimento da verdade do evangelho, e o Espírito é que convence e vai habitar no crente.)

Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima.
E disse-lhes: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E levaram.
E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo.
João 2:7-10
(Aqui temos a água se transformando em vinho, símbolo da alegria, que é o que sentimos no Senhor)

Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna. 
João 4:14
(Rever João 5:39)

Depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. 
Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas não todos. 
João 13:5,10
(Além da lição de humildade, o ato de lavar os pés pode ser visto como limpar da sujeira do mundo. Quanto mais andamos nesse mundo e de acordo com ele, mais sujamos nossos pés. A Palavra é que lava nossos pés, e o Senhor nos exorta a lavarmos os pés uns dos outros. Todo o resto já está limpo.)

E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num. 
1 João 5:8


Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Jesus Cristo; não só por água, mas por água e por sangue. E o Espírito é o que testifica, porque o Espírito é a verdade. 
1 João 5:6


[*** Nota:O modo como o Senhor usa exemplos naturais para ensinar verdades espirituais é surpreendente. Duas coisas são essenciais para a existência de vida no planeta. A primeira é a água, a segunda é a intervenção divina, pois somente Deus é o autor da vida. Não é diferente no novo nascimento, e nada melhor do que a água para simbolizar a Palavra de Deus. 
Veja algumas características da água natural, cuja ação e poder nos lembram a Palavra de Deus:
A maior parte do planeta é coberta por água, ela é acessível a todos. Apesar de ser impossível definir seu sabor, a água refresca, revigora e satisfaz. Ela é um solvente universal, que dilui, lava e purifica. Embora aparentemente frágil, suas gotas são capazes de furar a mais dura rocha, seu fluir dissolve montanhas e suas correntes moldam os continentes. É nela que se encontra a maior quantidade de vida do planeta, e essa mesma vida é formada principalmente por água. Boa parte dela corre oculta aos olhos humanos, em rios subterrâneos, na seiva que dá vida às plantas e no sangue que corre em nossas veiasSem água não há vida; sem a Palavra de Deus não há vida nova.


O Velho Testamento, suas figuras e sua utilidade para a Igreja


Isto se escreverá para a geração futura; e o povo que se criar louvará ao SENHOR.
Salmos 102:18


Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça;
2 Timóteo 3:16

Porque com grande veemência, convencia publicamente os judeus, mostrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo.
Atos 18:28


Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança. 
Romanos 15:4


Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar.
E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar,
E todos comeram de uma mesma comida espiritual,
E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.
Mas Deus não se agradou da maior parte deles, por isso foram prostrados no deserto.
E estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. 
1 Coríntios 10:1-6

Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados,
Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo. 
Colossenses 2:16-17

E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado;
Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 
João 3:14-15

No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir. 
Romanos 5:14

Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; 
Hebreus 9:24

Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito.
Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar;
E daí também em figura ele o recobrou. 
Hebreus 11:17-19

Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água;
Que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, o batismo, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo; 
1 Pedro 3:20-21

Ora, se ele estivesse na terra, nem tampouco sacerdote seria, havendo ainda sacerdotes que oferecem dons segundo a lei,
Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou. 
Hebreus 8:4-5

Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam. 
Hebreus 10:1

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