terça-feira, 19 de novembro de 2013

Princípios Fundamentais Sobre os Quais a Igreja é Edificada (Parte 2)

(Comentário Atos 2)

A Comunhão dos Apóstolos


Volte para Atos 2.42, "E perseveravam... na comunhão [dos apóstolos]". Não apenas na doutrina dos apóstolos, mas também na comunhão dos apóstolos. Existem hoje muitas comunhões neste mundo, mas aqui se trata da comunhão dos apóstolos. De que se trata? Trata-se da comunhão que resulta da associação daqueles que guardam a doutrina dos apóstolos. Em outras palavras, se estiver determinado a observar a doutrina dos apóstolos, você fará isto, e se eu também fizer o mesmo, nos encontraremos juntos. Será algo fundamentado e baseado na doutrina dos apóstolos. Vemos isto acontecendo aqui no versículo 44 deste capítulo: "E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum." Não existe nenhum caminho assinalado nas Escrituras para alguém andar sozinho nas coisas de Deus. Não, e não pense que você está agradando o Senhor quando está andando separado de seus irmãos. Sei que são falhos. Eu sou um deles, e sei que sou uma prova para meus irmãos, mas oh, meus irmãos têm sido tão bons para comigo que busco por graça para seguir adiante com eles.

Partir o Pão


Existe agora um outro ponto: comunhão e partir o pão. Alguns cristãos parecem sentir que existem dois tipos de cristãos no mundo: aqueles que partem o pão e aqueles que não partem o pão. Nunca encontrei tal coisa em minha Bíblia. A não ser quando nos encontramos sob disciplina, partimos o pão. Evidentemente não esperamos que aqueles que se encontram sob disciplina partam o pão. Mas não encontro nas Escrituras que exista uma classe de pessoas que partem o pão, enquanto outras não. Não há tal coisa, mas o normal é que parta o pão, se for um filho de Deus. Este era um dos privilégios da nova posição que tinham como cristãos: este sagrado privilégio que é partir o pão. O Senhor pediu que fizessem isto e eles alegremente atenderam ao pedido. Sei que estamos vivendo dias de enorme confusão, e é difícil você encontrar que caminho trilhar. Estou pronto a admitir isto, mas não se trata de uma desculpa para você seguir adiante sem partir o pão. Você é cristão? Você sabe que seus pecados estão perdoados? Ora, então por que é que você não está lembrando o Senhor no partimento do pão? Trata-se de algo solene. Ele nos pediu que fizéssemos isto. Ele não disse: "Se você quiser, faça assim", ou "se você concordar..." Ele disse "fazei isto". Não disse "vá pregar o evangelho"; não disse "vá ser missionário em outro país", mas "fazei isto em memória de Mim".

Eles perseveravam no partimento do pão; não desistiram. Alguns de nós conhecem crentes que partiram o pão por algum tempo e então pararam de lembrar o Senhor. Quando indagados da razão de terem parado, responderam que ficaram ofendidos por uma razão qualquer. Mas nunca encontrei alguém que tivesse sido ofendido pelo Senhor Jesus Cristo, e todavia foi Ele Quem disse, "Fazei isto em memória de Mim". Por que não podemos ser mais pacientes uns para com os outros? Será que você acha que você particularmente nunca é uma provação para seus irmãos? Será que você não pode encontrar graça suficiente para seguir andando com eles? Você acha que pode se dar por desculpado ao não cumprir o pedido do Senhor só porque alguém feriu seus sentimentos?

Oração


A última coisa que mencionei foi "oração". Ela ocupa um grande lugar nas Escrituras. O Senhor Jesus nos deixou exemplo; Ele era um homem de oração. Quando olhamos para a vida dos apóstolos vemos que também eram homens de oração. Quando Pedro estava na prisão e sua cabeça estava para ser decepada no dia seguinte, os santos de Deus estavam na casa da mãe de João Marcos, de joelhos, para passarem a noite em oração. Não estavam simplesmente repetindo rezas; eles estavam orando fervorosamente. Aquelas orações penetraram na presença de Deus; elas subiram até o trono de Deus, e Deus as ouviu e respondeu de maneira poderosa. Pedro foi gloriosamente libertado. Mas assim que foi libertado e pôde entender o que havia acontecido, seguiu direto para aquele poderoso gerador de sua libertação – aquela pequena reunião de oração em um lar.

Suponha que você estivesse vivendo naquele tempo e soubesse que Pedro estava sendo perseguido e que seria morto. Será que você diria, "Estou cansado hoje; acho que vou ficar em casa hoje à noite. Acho que não vou à reunião de oração"? Então no dia seguinte você escutaria o que aconteceu. Certamente ficaria desapontado; você diria, "Eu gostaria de ter estado ali e orado a Deus por Pedro". Oh, sim, você teria desejado estar naquela reunião de oração. Não despreze a reunião de oração e não a tenha como algo de pouca importância; uma assembléia sem reunião de oração é uma assembléia doente. Graças a Deus hoje é dia de reunião de oração!

Estivemos ocupados com o caminho simples dos santos do Novo Testamento. Será que desejamos, no pouco tempo que nos resta, andar na simplicidade daquele caminho, deixando zelosamente de lado tudo o que seja contrário a ele, que nos faça desviar dele, ou que acrescente alguma coisa a ele? Se estivermos desejosos de seguir por ele, algum dia poderemos ouvir, "Bem está, servo bom e fiel"; não "servo bom e bem sucedido", mas "servo bom e fiel". Que Deus conceda que seja assim.

domingo, 10 de novembro de 2013

Princípios Fundamentais Sobre os Quais a Igreja é Edificada (Parte 1)

(Comentário Atos 2)

Na Palavra de Deus encontramos o pensamento de Deus com referência à igreja de Deus. Lemos em Atos 20 que a igreja é muito querida ao coração de Deus, pois Ele pagou por ela com o sangue do Seu único Filho. Ele zela por essa igreja para que ela possa seguir adiante e permanecer em todos os seus privilégios que lhe foram garantidos na Palavra de Deus pelo Espírito Santo enviado do céu.

A igreja de Deus era algo novo e distinto naqueles dias de Atos. Ela nunca havia sido o objeto de profecia direta, apesar de poder ser encontrada escondida em tipos e sombras desde o primeiro tipo mais importante que aparece na Bíblia, até a vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Mas quanto à sua existência real, a igreja de Deus nunca existiu até aquele dia memorável quando os 120 foram reunidos no cenáculo e o Espírito de Deus desceu e os batizou em um único corpo. A Cabeça ascendida no céu assumiu a responsabilidade de equipar Sua igreja com todos os dons necessários. Ele ainda vive, Ele ainda está na glória, Ele ainda cuida de Sua igreja, Ele ainda concede dons, e Ele ainda cuida de cada indivíduo que faz parte deste corpo.

No Novo Testamento, principalmente em Atos e na epístolas, todos os detalhes foram providenciados especialmente para nós, principalmente os princípios fundamentais sobre os quais a igreja foi edificada, e pelos quais – e para os quais – ela foi formada.

Quem Eram Eles?


Veja o versículo 42 do capítulo 2: "E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações". Diz que eles "perseveravam". Quem eram eles? O novo grupo, aquela companhia de pessoas batizadas com o Espírito de Deus, e batizadas com água para que se identificassem com essa nova posição aqui neste mundo.

Portanto aqui vemos uma companhia de pessoas batizadas; eles haviam recebido a Palavra e foram batizados. Naquele dia em particular, quando Pedro fez sua pregação, três mil almas foram acrescentadas. "E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações." Qualquer grupo de cristãos que rejeite qualquer uma destas quatro coisas não está agindo em conformidade com o plano que Deus tem em mente. Lembre-se: é a igreja dEle, e Ele é Quem decide o caminho, e tanto eu como você só estaremos obedecendo se estivermos seguindo aquilo que é a Palavra de Deus. Uma das características de um cristão é "perseverar".

A Doutrina dos Apóstolos


Qual destas quatro coisas vem primeiro no versículo 42? A doutrina dos apóstolos. Estamos vivendo numa época de superficialidade de pensamento. As pessoas dizem que a doutrina não faz nenhuma diferença, todavia ela faz toda diferença. A doutrina é algo solene, ela tem a preeminência, e você encontra isso repetidamente na Palavra de Deus.

Abra em 1 Timóteo 1, no final do versículo 10: "...e para o que for contrário à sã doutrina". Acaso Deus não se importa com o que você crê? Na mesma epístola, capítulo 4.13, "Persiste em ler, exortar e ensinar [doutrinar], até que eu vá". Acaso não faz diferença em que você crê? Dê atenção à doutrina. Então, no versículo 16, "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem". Você quer ser usado para bênção de outros? Então permaneça na sã doutrina, pois vivemos numa época em que precisamos estar atentos quanto à sã doutrina.

Abra agora em 1 Timóteo 6.3,4: "Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe". De nada vale se vangloriar de possuir um dom, de nada vale ostentar nossas talentosas habilidades, se nossa doutrina não se enquadrar na Palavra de Deus. Nada sabemos aparte da vontade revelada de Deus, como a encontramos na Palavra de Deus.

Em 2 Timóteo 1.13 lemos: "Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e no amor que há em Cristo Jesus". Eu e você não podemos nos permitir fazer experiências com a verdade de Deus. Em 2 João o apóstolo nos alerta: "Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho".

E outra vez, em 2 Timóteo 3.10, "Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência". A doutrina e o modo de viver são duas coisas que andam juntas. O homem irá lhe dizer que não faz nenhuma diferença em que você crê – que o mais importante é o modo de viver. Isto é falso. A doutrina vem primeiro. Você não pode viver certo se não crer certo. Não pense que você pode separar a conduta da doutrina. A única conduta correta que Deus pode contemplar com complacência é a conduta que deseja obedecer à Palavra de Deus revelada. Minha doutrina e minha conduta compõem meu modo de vida.

"Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências.; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas" (2 Tm 4.2-4). É aí que estamos; já atingimos este ponto; não suportarão a sã doutrina.

(Continua... )

domingo, 3 de novembro de 2013

As Objeções de Moisés e os Meios de Deus

De novo devemos deter-nos por uns momentos ao pé do monte Horebe, "detrás do deserto" (um lugar sadio para a mente espiritual) para vermos manifestar-se de uma maneira extraordinária a incredulidade do homem e a graça ilimitada de Deus. 

"Então, respondeu Moisés e disse: Mas eis que me não crerão, nem ouvirão a minha voz, porque dirão: o SENHOR não te apareceu" (versículo 1). Como é difícil vencer a incredulidade do coração do homem, e quão penoso é para ele confiar em Deus! Como o ser humano é vagaroso em confiar em Deus! Como é tardo em se aventurar em qualquer empresa confiando somente nas promessas de Deus! Tudo é bom para a natureza, menos isto. A cana mais fraca para os olhos humanos é considerada pela natureza como infinitamente mais sólida, como base da sua confiança, do que a rocha invisível dos séculos (Is 26:4). A natureza precipitar-se-á sem hesitação para qualquer auxílio humano ou cisterna rota, em vez de se alimentar da fonte das águas vivas (Jr 2:13,17:13).

Nós havíamos de pensar que Moisés tinha ouvido e visto o bastante para pôr fim aos seus receios. O fogo consumidor na sarça que se não consumia; a graça de Deus, com toda a sua condescendência; os títulos preciosos de Deus; a missão divina; a certeza da presença de Deus; todas estas coisas deveriam ter afugentado todo o pensamento de temor e comunicado ao coração uma segurança firme. Contudo, Moisés continua a fazer perguntas, a que Deus continua a responder; e, como já frisamos, cada nova pergunta põe em evidência nova graça. "E o SENHOR disse-lhe: Que é isso na tua mão? E ele disse: Uma vara" (versículo 2).

O Senhor estava disposto a aceitar Moisés tal qual ele era e a servir-se do que ele tinha na mão. A vara, com a qual ele havia conduzido as ovelhas de seu sogro, ia ser usada para libertar o Israel de Deus, para castigar o Egito, para abrir através do mar um caminho do povo remido do Senhor, e para fazer brotar água da rocha a fim de refrescar as hostes sedentas de Israel no deserto. Deus serve-se dos instrumentos mais fracos para realizar os Seus planos mais gloriosos. "Uma vara"; um corno de carneiro (Js 6:5); "um pão de cevada" (Jz 7:13); "uma botija de água" (l Rs 19:6); "uma funda de pastor" (1 Sm 17:50); tudo, em suma, pode servir nas mãos de Deus para cumprir a obra que Ele tem projetado. Os homens imaginam que não se pode chegar a grandes resultados senão por grandes meios; porém não é assim o método de Deus. Ele tanto pode servir-se de "um bicho" como do sol abrasador; de "uma aboboreira" como de um vento calmoso (veja-se Jonas 4).

C. H. Mackintosh. Fonte: http://pt.scribd.com/doc/171983396/2-Notas-Sobre-o-Pentateuco-Exodo-C-H-Mackintosh

sábado, 2 de novembro de 2013

Êxodo 4

A fidelidade na prova e na tentação mostra tanto o poder como a energia de ação do Espírito.

Leia em: http://www.bibliaonline.com.br/acf/ex/4

Êx 4:1-9 Moisés pensa em sua própria fraqueza ao invés de escutar o que Deus acaba de lhe dizer (no capítulo 3). Deus, em misericórdia, faz três coisas para demonstrar Seu poder.

Êx 4:10-17 Ao invés de confiar no Senhor, Moisés continua duvidando e agora perde parte do lugar de privilégio. Deus usa dois homens para fazer uma obra. Nunca deveríamos duvidar do poder de Deus, nem pensar muito de nós mesmos.

Êx 4:24-26 Moisés falha em obedecer e circuncidar seus filhos, aparentemente porque sua esposa não queria que o fizesse. Isso quase custou a vida de Moisés.

Êx 4:27-31 Repare com que rapidez Aarão obedece o Senhor. Moisés faz todos os milagres outra vez.

Êx 4:31 Maravilhosas palavras... eles creram... eles escutaram... os últimos sete verbos nos mostram o resultado final!

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