segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Nosso Lugar Perante Deus (Parte 2 - Final)

Nenhuma Condenação

No capítulo seguinte ele ensina que "vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo" (Romanos 7:4), e isto, após discutir o efeito da aplicação da lei a alguém despertado pelo Espírito de Deus, abre o caminho para descortinar a presença constante do pecado na natureza e a total incompatibilidade entre a nova e a velha natureza (Romanos 7:13-25), o que nos leva a uma declaração completa da verdade com respeito ao crente. "Portanto", continua ele, "agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Romanos 8.1), tão completa é a libertação, assim como o perdão, que temos em Cristo. 

"Vós, porém, não estais na carne, mas no espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós" (Romanos 8.9). Ele nos mostra, deste modo, que a posição do crente não é na carne, não no primeiro homem - Adão - mas o crente permanece diante de Deus em um lugar que é caracterizado como estando no Espírito. Isto é, o Espírito, e não a carne, caracteriza a existência do crente diante de Deus, pois na morte de Cristo a natureza má do crente também foi julgada; pois "Deus, enviando o Seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne" (Romanos 8.3). 

Se Deus é Por Nós, Quem Será Contra Nós?

Assim, após apontar mais essas benditas consequências de sermos habitados pelo Espírito, o apóstolo declara que "todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por Seu decreto. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho; a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos" (Romanos 8.28,29). Então ele pergunta: "Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Romanos 8.31), ao que responde lembrando que Deus, ao entregar o Seu Filho à morte por nós, provou-nos que também nos dará livremente todas as coisas. Isso leva o apóstolo à triunfante conclusão de que nada pode servir de acusação contra os eleitos de Deus; que se o próprio Deus os justificou, nada poderá condená-los; que se Cristo morreu e ressuscitou, estando bem à direita de Deus para interceder por nós, nada "nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor" (leia Romanos 8.31-39).

Portanto seria um grave erro você parar no capítulo 5 de Romanos, se quisesse conhecer a plenitude da graça de Deus e o tremendo caráter da salvação que Ele concede; pois a menos que leiamos até o capítulo 8 de Romanos, nunca saberemos o que é verdadeiro para nós e a nosso respeito diante de Deus - a completa e perfeita libertação que cada crente tem em Cristo, mesmo que ignore isso. É também da maior importância que você possa notar que essas bênçãos que foram assinaladas não estão associadas a nossos esforços para consegui-las. Tudo o que mostrei é a porção que possui todo aquele que clama "Aba, Pai"; a porção que pertence a cada recém-nascido em Cristo, quer ele saiba ou não.

Nos Lugares Celestiais em Cristo

Há ainda muita coisa além disso, e se você der uma olhada em Efésios eu lhe mostrarei, em poucas palavras - pois não tenho intenção de prolongar esta carta - o pleno caráter do lugar que o crente ocupa diante de Deus. Olhe, em primeiro lugar, para as maravilhosas expressões do primeiro capítulo: "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, O qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; como também nos elegeu nEle antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dEle em caridade [amor]; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para Si mesmo, segundo o beneplácito de Sua vontade, para louvor e glória da Sua graça, pela qual nos fez agradáveis a Si no Amado" (Efésios 1.3-6). Preste atenção em cada uma das sentenças que coloquei em realce e você verá como é perfeito o nosso lugar diante de Deus. Pois Ele nos abençoou com todas as bênçãos espirituais...; e Seu propósito era que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dEle em amor; e nos fez agradáveis a Si no Amado.

No capítulo seguinte (Efésios 2) temos a maneira como fomos introduzidos nos lugares celestiais. "Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo Seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com Ele e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus" (Efésios 2.4-6). Aqui somos considerados como havendo estado mortos em pecados; Cristo é visto nesta epístola aos Efésios como tendo descido àquela condição - morto - como de fato ocorreu, no lugar do pecador. Deus, sendo rico em misericórdia e agindo segundo o Seu próprio coração de amor veio, em graça, e nos vivificou juntamente com Cristo. E então nos ressuscitou e nos fez assentar juntamente com Cristo nos lugares celestiais, o que significa que transportou-nos à Sua própria presença. Portanto, o nosso lugar atual - mesmo enquanto ainda estamos em nosso corpo - é agora nos lugares celestiais em Cristo Jesus. Nada menos do que isso expressa a plenitude da Sua graça ou satisfaz o Seu coração.

Há mais uma passagem que gostaria de trazer a você antes de terminar: "Qual Ele é, somos nós também neste mundo" (1 João 4.17). Assim como Cristo é, ali à direita de Deus - a alegria e o gozo do coração de Deus - ali também em toda a perfeição da Sua Pessoa e em todo o doce aroma do Seu sacrifício, assim também somos nós neste mundo; pois estamos firmados não em nós mesmos, mas em Cristo, sendo, por esta razão, dotados de toda a aceitação e odor suave que Ele mesmo tem diante de Deus.


Que o Senhor nos conceda um maior reconhecimento do lugar no qual, por Sua inexprimível graça, fomos introduzidos em Cristo Jesus.

E. Dennett. Fonte: http://www.stories.org.br/doze2.html ou http://www.scribd.com/doc/105860553/Doze-Cartas-a-um-Novo-Convertido

O Temor de Jacó


(Comentário Gênesis 28)

Deus revela-se a Jacó em graça infinita; contudo tão depressa Jacó acorda do sono, vemo-lo mostrando o seu verdadeiro caráter, e dando provas de quão pouco conhecia, praticamente, d'Aquele bendito Senhor que acabava de Se revelar dum modo tão maravilhoso ao seu coração: "...temeu e disse: Quão terrível é este lugar! Este não é outro lugar senão a Casa de Deus; e esta é a porta dos céus".


O seu coração não estava tranquilo na presença de Deus; nem tão-pouco o pode estar qualquer coração até ser inteiramente esvaziado e quebrantado. Deus agrada-Se, bendito seja o Seu nome, dum coração quebrantado e um coração quebrantado sente-se ditoso na Sua presença. Porém o coração de Jacó ainda não estava nestas condições; nem tão-pouco tinha ele ainda aprendido a descansar, como uma criança, no amor perfeito d'Aquele que podia dizer: "Amei a Jacó".

"O perfeito amor lança fora o temor" (1 João 4:18); porém onde esse amor não é conhecido e inteiramente posto em prática, haverá sempre uma medida de ansiedade e perturbação. A casa de Deus e a presença de Deus não são terríveis para a alma que conhece o amor de Deus manifestado no sacrifício de Cristo.

Uma tal alma é antes levada a dizer: "SENHOR, eu tenho amado a habitação da tua casa e o lugar onde permanece a tua glória" (Sl 26:8). E, também, "Uma coisa pedi ao SENHOR e a buscarei: que possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do SENHOR e aprender no seu templo" (Sl 27:4). "Quão amáveis são os teus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos! A minha alma está anelante e desfalece pelos átrios do SENHOR" (Sl 84:1-2). Quando o coração está firmado no conhecimento de Deus, amará certamente a Sua casa, qualquer que possa ser o caráter dessa casa, quer seja Betel, ou o templo de Jerusalém, ou a Igreja agora composta de todos os verdadeiros crentes, "edificados juntamente para morada de Deus em Espírito" (Ef 2:22). Todavia, o conhecimento de Jacó, tanto de Deus como da Sua casa, era muito superficial, neste ponto da sua história.

Teremos outra vez ocasião de tratar de alguns princípios ligados com Betel; e concluiremos agora a nossa meditação deste capítulo com uma breve observação do contrato de Jacó com Deus, tão próprio dele, e tão comprovativo da verdade da afirmação do seu pouco conhecimento do caráter divino. "E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer e vestes para vestir, e eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR será o meu Deus; e esta pedra, que tenho posto por coluna, será Casa de Deus; e, de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo" (versículos 20 e 22). Observe-se "se Deus for comigo". Ora, o Senhor havia acabado de dizer, enfaticamente: "...estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra". E contudo o pobre coração de Jacó não pode ir além de um "se", nem tão-pouco nos seus pensamentos de Deus pode elevar-se acima de "pão para comer, e vestidos para vestir". Tais eram os pensamentos do homem que acabava de ter a visão magnificente da escada cujo topo tocava nos céus, com o Senhor em cima dela, e prometendo-lhe uma semente inumerável e uma possessão eterna. Jacó era evidentemente incapaz de entender a realidade e plenitude dos pensamentos de Deus. Julgou Deus por si próprio, e deste modo falhou completamente em compreendê-Lo. Numa palavra, Jacó não havia ainda chegado ao fim de si próprio; e por isso não havia começado realmente com Deus.

C. H. Mackintosh. Fonte: http://www.scribd.com/doc/105168410/Notas-Sobre-o-Pentateuco-Genesis-C-H-Mackintosh

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Frutos Amargos

(Comentário Gênesis 28)

Vamos seguir agora Jacó nos seus passos depois de ter deixado a casa de seu pai, para o vermos como vagabundo solitário na terra. E aqui que os principais desígnios de Deus a seu respeito começam a manifestar-se. Jacó começa agora a compreender, em certa medida, os frutos amargos do seu procedimento para com Esaú. Enquanto que, ao mesmo tempo, Deus é visto elevando-Se acima de toda a fraqueza e loucura do Seu servo e manifestando a Sua graça soberana e profunda sabedoria na forma como trata com ele.

Deus cumprirá o Seu propósito, não importa quais sejam os instrumentos usados para esse fim, mas se um filho Seu, em impaciência de espírito, e incredulidade de coração, se desliga das Suas mãos, deve esperar muito exercício doloroso e disciplina aflitiva. Foi assim com Jacó: não teria que fugir para Harã se tivesse permitido que Deus atuasse por ele. Deus teria certamente tratado com Esaú, e feito com que ele encontrasse o seu lugar e a sua parte; e Jacó poderia ter gozado aquela doce paz que nada pode conceder salvo inteira sujeição em todas as coisas aos desígnios de Deus.

E aqui está onde a fraqueza dos nossos corações é constantemente manifestada. Não permanecemos inativos nas mãos de Deus; queremos atuar e, por meio da nossa atuação, impedimos a manifestação da graça e poder de Deus em nosso favor. "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus" (Sl 46:10), é um preceito ao qual nada senão o poder da graça divina pode habilitar alguém a obedecer. "Seja a vossa equidade notória a todos os homens. Perto está o Senhor. Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplicas, com ação de graças" (Fp 4:5-6).

Qual será logo o resultado de atuar assim? "E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus" (Fp 4:7).

Contudo, Deus domina graciosamente a nossa loucura e fraqueza, não obstante termos de colher os frutos dos nossos métodos impacientes, Ele serve-Se deles para nos ensinar ainda maiores lições da Sua graça e perfeita sabedoria. Isto, ao mesmo tempo que não justifica a incredulidade e a impaciência, mostra, maravilhosamente, a bondade do nosso Deus, e conforta o coração até mesmo quando passamos por circunstâncias dolorosas por causa das nossas faltas. Deus está acima de tudo; e, além disso, é Sua prerrogativa tirar bem do mal; dar comida do comedor é doçura do forte; e por isso, embora seja verdade que Jacó foi obrigado a exilar-se da casa de seu pai em consequência do seu próprio ato impaciente e enganoso, é igualmente verdade que ele nunca poderia ter aprendido o significado de "Betel" se tivesse ficado em casa. Deste modo os dois lados do quadro são fortemente marcados em cada acontecimento da história de Jacó. Foi quando ele foi expulso, pela sua própria loucura, da casa de Isaque, que foi levado a provar, em certa medida, a bem-aventurança e solenidade da "casa de Deus".

Gênesis 28

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/28

Um bom estado de espírito traduz-se no desfrutar de Cristo.

Gn 28:1-5 Deus tinha um plano para a vida de Jacó. Se você pertence ao Senhor Jesus Cristo, Deus tem um plano para a sua vida. Mas nossa responsabilidade é querermos nos sujeitar. É só pela obediência à Palavra de Deus que pode haver gozo e paz no andar nesta vida. Deus será honrado e você será abençoado. Estas duas coisas sempre andam juntas.

Gn 28:10-15 Deus começa a ensinar a Jacó algumas lições. Esta jornada é a escola de Jacó. Ele tem muito para aprender. O sol está se pondo em sua velha vida - vers. 11. Isto é com freqüência algo doloroso para nossa vida natural (a velha natureza), mas necessário.

Gn 28:15 Preciosas promessas a um homem falho. Leia as promessas para os crentes em 2 Pd 1:4 e Ef 1:3.

Gn 28:16,17 Jacó é colocado face a face com Deus - ele chama aquele lugar da própria porta dos céus.

Gn 28:19 Betel significa "casa de Deus". Jacó disse "Na verdade o Senhor está neste lugar".

Gn 28:20 Leia 31:13. Quando temos a certeza em nosso coração da presença do Senhor coletivamente conosco, então diremos o mesmo que Jacó disse.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Nosso Lugar Perante Deus (Parte 1)


A base de tudo encontra-se na cruz de Cristo, pois foi ali que Ele pôde satisfazer, em nosso favor, tanto os requisitos exigidos pela santidade de Deus, como também glorificá-Lo em cada atributo de Seu caráter. É a isto que o Senhor Jesus Se referia quando disse: "Eu glorifiquei-Te na Terra, tendo consumado a obra que Me deste a fazer" (João 17.4). E foi com base nisso, como já tendo resolvido uma demanda de Deus, que Ele orou: "E agora glorifica-Me Tu, ó Pai, junto de Ti mesmo, com aquela glória que tinha Contigo antes que o mundo existisse" (João 17.5).

Portanto, como você poderá perceber, Deus mostra a importância que deu à obra consumada na cruz, pelo fato de haver feito Cristo assentar à Sua direita. Podemos dizer ainda que nada menos do que isso poderia ter sido considerada uma resposta adequada à exigência de Deus que Cristo cumpriu através de Sua obra consumada. E certamente nada menos poderia ter satisfeito o coração de Deus; pois quem poderá jamais imaginar o Seu gozo ao intervir levantando Cristo de entre os mortos, colocando-O à Sua direita, e dando-Lhe, ainda, "um Nome que é sobre todo o nome"? "Pelo que também Deus O exaltou soberanamente, e Lhe deu um Nome que é sobre todo o nome; para que ao Nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai" (Filipenses 2.9-11).



Há Um Homem na Glória

Observe, então, com muito cuidado, estas três coisas: Primeiro, o lugar agora ocupado por Cristo na glória é fruto de Sua obra redentora; segundo, Cristo ocupa esse lugar como Homem; e, por conseguinte, terceiro, Ele está ali em favor dos que são Seus. As consequências são que Deus nos levará para o mesmo lugar; que a glória de Deus está empenhada em dar aos crentes o mesmo lugar de aceitação perante Si; e - isto mesmo! - que o Seu coração se compraz em reconhecer, também deste modo, a obra e o valor do Seu Filho amado. Portanto, todo crente encontra-se agora diante de Deus em virtude da eficácia da obra de Cristo, desfrutando ali de toda a aceitação que a própria Pessoa de Cristo desfruta. Deste modo, o crente desfruta de uma posição de perfeita proximidade de Deus, e é ainda objeto da perfeita bondade de Deus; pois ele é introduzido - e efetivamente está - na presença de Deus em Cristo Jesus.

Agora gostaria de levar você a examinar algumas passagens que comprovam plenamente as afirmações acima. O versículo que vem logo em seguida àquele que ocupou nossa atenção na última carta encaixa-se perfeitamente aqui. "Sendo pois justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo"; e então o apóstolo continua: "Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus" (Romanos 5.1,2). Dessa forma, quando cremos, não somente temos paz com Deus, mas temos também acesso, por meio de Cristo, a esta graça na qual estamos firmes. Isto é, somos introduzidos no completo favor de Deus - transportados para a sempre radiante luz da Sua presença, onde podemos nos regozijar na esperança da glória de Deus - pois tudo já foi estabelecido e assegurado.



Um Lugar Perfeito e Seguro

Por meio da fé em Cristo - e fé nAquele que ressuscitou Jesus nosso Senhor de entre os mortos - somos levados a uma posição tão perfeita e tão segura que, apesar das tribulações, dificuldades e perigos de nosso caminho por este deserto, podemos nos regozijar na esperança - na firme e inabalável perspectiva - da glória de Deus. Poderemos sofrer tribulações, como o apóstolo segue dizendo em sua carta, mas, se assim ocorrer, podemos nos gloriar até nas tribulações, "sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Romanos 5.3-5).Foi esse o amor que Deus demonstrou ter, e nos deu; foi nesse mesmo amor que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. E se, sendo nós ainda pecadores, nos reconciliou com Deus pela morte de Seu Filho, quanto mais somos levados a concluir que seremos salvos - salvos completamente, inclusive com a redenção de nosso corpo (Romanos 8.23) - por Sua vida, a vida do Salvador ressurreto e assentado à direita de Deus. E não apenas isto, mas também nos regozijamos em Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de Quem recebemos agora a reconciliação (Romanos 5.3-11). Sendo assim, temos como nossa presente porção o amor de Deus derramado em nossos corações, nos regozijamos nEle, ocupamos perante Ele um lugar de perfeito favor e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.

E Isso Não é Tudo...

Mas isso ainda não é tudo. Na mesma epístola, não apenas somos ensinados que nossa culpa se foi para sempre no exato momento em que cremos em Cristo, que somos justificados, etc., mas também nos é mostrado que somos totalmente transportados, por meio da morte e ressurreição de Cristo, a um novo lugar - um lugar fora de nossa carne, pois estamos "em Cristo" diante de Deus. A parte seguinte da epístola ou carta de Paulo, começando no versículo 12 deste capítulo e terminando no capítulo 8, fala deste assunto. Você irá notar, em primeiro lugar, que tudo tem início ou a partir de Adão ou a partir de Cristo, as duas cabeças; o primeiro homem Adão, e o segundo homem Cristo (Romanos 5.12-21). A consequência é que todos estão, ou em Adão, ou em Cristo, e é quase desnecessário dizer que a diferença entre estarmos em Adão ou em Cristo depende se ainda somos incrédulos ou se já somos crentes. Se, pela graça de Deus, somos crentes, então estamos em Cristo. Sendo assim, há certas consequências benditas que desejo indicar rapidamente, deixando então que você fique à vontade para meditar mais neste assunto.

A primeira coisa que o apóstolo nos lembra é que a posição em que nos encontramos - a posição que assumimos por meio de nosso batismo - demonstra que professamos estar mortos com Cristo, e isto, como pode ser observado em Colossenses 3.3, aplica-se a todos os crentes diante de Deus. Se você ler cuidadosamente o capítulo 6 de Romanos, irá logo perceber que o apóstolo incita a nossa responsabilidade sobre este fundamento. Portanto, o meu velho eu saiu da vista de Deus assim como aconteceu com os meus pecados, caso contrário o apóstolo não poderia ter afirmado, como o fez em Romanos 6.11: "Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor".


(Continua...)

Edward Dennett. Fonte: http://www.stories.org.br/doze.html ou http://www.scribd.com/doc/105860553/Doze-Cartas-a-um-Novo-Convertido

A Eleição Divina Por Meio de Uma Nação (Parte 2 - Final)

(Comentário Romanos 9)

"Que diremos pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça? Sim, mas a justiça que é pela féMas Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou à lei da justiça." (Rm 9.30,31) Os judeus buscavam justiça pela guarda da lei, mas nunca a alcançaram. Não acontece o mesmo até hoje? Todos os que se colocam em terreno judaico, e buscam ser justos pela guarda da lei -- não importa qual lei -- nunca podem alcançar justiça. Nunca podem estar certos de que estão suficientemente justos para Deus justificá-los, e, portanto, nunca chegam a ter paz com Deus. Quanto mais religião um homem inconverso tiver, mais difícil será para o evangelho alcançá-lo. E por que não chegaram à justiça ou à justificação? "Por quê? Porque não foi pela fé, mas como que pelas obras da lei: tropeçaram na pedra de tropeço." (Rm 9.32)

E como foi que os gentios chegaram à justiça, e alcançaram a paz com Deus? Por escutarem as boas novas de misericórdia para com eles, por meio do sangue do Redentor; creram em Deus; foram justificados; tiveram, crendo em Deus, paz com Deus. E não é assim que acontece até hoje? O evangelho é ouvido por uma pessoa que cresceu sob a lei, esperando algum dia poder guardá-la até tornar-se justa, e então espera que, em um outro mundo, depois do dia do juízo, tenha vida eterna e paz com Deus. Tomada, com frequência, por dúvidas sombrias -- e até presságios de uma condenação eterna -- ela tenta todos os expedientes humanos -- um sacerdócio no qual possa depositar, se for uma pessoa sincera, a escuridão de sua alma, o peso de seus pecados, e o pavor de seu futuro. Poderá uma pessoa assim alcançar uma justiça que a torne apta para a presença de Deus? Nunca. Poderia algum outro expediente religioso conceder a bendita paz com Deus? Nenhum.

Quão diferente é quando um pobre, culpado, ignorante e sobrecarregado pecador escuta o evangelho e crê nele, como os gentios da Antiguidade! Não possuíam a lei, e não buscavam justiça pelas obras da lei. Ouviram a doce história do amor de Deus para com pecadores como eles. Ouviram como Deus havia Se apiedado deles -- sim, havia dado Seu Filho amado para morrer por eles; que Ele havia morrido, o Justo pelo injusto; que Deus O ressuscitara de entre os mortos. Ouviram as boas novas do perdão de pecados por meio dEle; ouviram, creram, foram justificados de todas as coisas, tiveram paz com Deus.

Charles Stanley. Fonte: http://pt.scribd.com/doc/104720029/Vida-Atraves-Da-Morte

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Paz Com Deus (Parte 2 - Final)

Você Crê?

Você crê no testemunho de Deus a respeito do Seu Filho e da obra que Ele consumou? Se houver qualquer dificuldade para responder a esta pergunta, então nenhum progresso poderá ser feito. Todavia um teste simples ajudará a elucidar a verdade. Mais uma pergunta, e tenho certeza de que você perceberá claramente a verdade: Em que você se baseia para pensar que Deus o aceita? Será que é em si próprio, em suas obras, seus méritos ou no que merece? Se assim for, então você não está descansando na obra de Cristo. Porém, se você reconhece que, por natureza, é um pecador perdido e arruinado, e confessa que não põe a sua esperança em coisa alguma além de Cristo e naquilo que Ele fez, então você pode humildemente dizer: “Pela graça de Deus eu creio no Senhor Jesus Cristo”.

Supondo, então, que você possa falar dessa maneira, esteja certo de que a questão de sua paz com Deus está resolvida para sempre e nada poderá privá-lo dela – nenhuma mudança, nenhuma experiência diversa; pois ela é sua imutável e inalienável possessão. As Escrituras dizem que, “sendo pois justificados pela fé(e você diz que crê), temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5.1). Todo crente – no exato momento em que crê – é justificado, libertado de toda forma de culpa, e feito justiça de Deus em Cristo. “Àquele que não conheceu pecado, (Deus) O fez pecado por nós; para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5.21). E, sendo justificado, o crente tem paz – não paz em si mesmo, é importante ressaltar, mas paz por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Isto é, a paz que agora pertence ao crente é aquela paz com Deus que Cristo fez por meio de Seu sacrifício expiatório. E, uma vez que essa é a paz que Ele fez, o que ocorreu fora de nós, ela nunca pode variar ou ser alterada; ela é tão estável e duradoura quanto o trono de Deus; pois, como já vimos, é uma paz que Cristo fez pela Sua cruz; e o que Ele fez não poderá nunca ser desfeito, e é, portanto, uma paz eterna. E é esta paz, permanente, firme e eterna, que pertence a cada crente no Senhor Jesus.


Como Desfrutar


Quando você se queixa de que não tem uma paz firme, na verdade deveria dizer que não está desfrutando de uma paz firme, e que seus sentimentos são instáveis. Por isso pode ser bom perguntar como é que o crente pode desfrutar de uma paz constante em sua alma. A resposta é muito simples: Pela fé. Se eu creio no testemunho de Deus de que a paz me pertence pela fé no Senhor Jesus, devo então entrar imediatamente no gozo dessa paz.

Isto pode ficar mais simples por meio de um exemplo. Suponha que alguém lhe traga a notícia de que um parente seu lhe deixou uma herança milionária. O efeito que isso produzirá em sua mente irá depender totalmente de você acreditar ou não naquilo que está ouvindo. Se você duvidar da veracidade daquela notícia, não haverá nenhuma reação a ela; mas se, por outro lado, ficar totalmente comprovado ser verdade, e você a receber de fato, então dirá imediatamente, “A herança é minha”. Se você crê no testemunho de Deus de que foi feita paz pelo sangue de Cristo, nenhum sentimento de depressão, nenhum pensamento de ser indigno disso, nenhuma circunstância, qualquer que seja, poderá perturbar sua segurança a esse respeito, pois você verá que ela depende inteiramente daquilo que outro fez por você. Portanto, é necessário repousar com inabalável confiança na Palavra de Deus para poder desfrutar de uma paz firme.


Olhando Para Jesus


A causa de tanta incerteza a respeito deste assunto advém principalmente de se olhar para dentro ao invés de olhar para fora, para Cristo – de olharmos para dentro em busca de algo que nos dê confiança de que esteja ocorrendo uma obra verdadeira de graça na alma, ao invés de olharmos para fora para percebermos que o único fundamento sobre o qual uma alma pode descansar diante de Deus é o precioso sangue de Cristo. A consequência é que, ao perceber a corrupção, este mal da carne, a alma começa a ter dúvidas e a cogitar se porventura não foi enganada. Satanás começa, dessa forma, a enredar o nosso coração e a semeá-lo com dúvidas e temores, na esperança de fazer com que duvidemos de Deus; isso quando não nos lança em total desespero. O modo eficaz de frustrarmos seus ataques neste sentido é apelando para a Palavra escrita de Deus. Em resposta a qualquer sugestão maligna devemos fazer como nosso bendito Senhor quando foi tentado: “Está escrito” (Mateus 4.4). Então, logo descobriremos que nada pode impedir que desfrutemos daquela paz com Deus que foi feita pelo precioso sangue de Cristo, e que passou a nos pertencer tão logo nós cremos.


Deixando de Ocupar-se Consigo


Estando resolvida a questão do fundamento, e deixando de ocupar-se consigo mesmo, você encontrará descanso para sua mente e para sua alma – descanso suficiente para meditar sobre a verdade conforme é revelada nas Escrituras. “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo” (1 Pedro 2.2). Quero dizer ainda que se você estudar a Palavra na presença do Senhor, será guiado por ela a uma intimidade de comunhão cada vez maior com Ele, e à medida que for descobrindo a infinita glória e perfeição de Cristo que nos são reveladas, e por nós assimiladas, por meio do Espírito de Deus, suas afeições serão atraídas em um sempre crescente fervor, e seu coração, agora satisfeito, irá transbordar em adoração aos pés dAquele que morreu por você. Deste modo o seu lamento se transformará em um hino de louvor.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Céu ou Inferno

“LARGA É A PORTA, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela... Estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem" (Mateus 7.13,14).

Todas as pessoas gostam de acreditar que existe o CÉU, mas não gostam que lhes digam que há também o INFERNO. Sem qualquer fundamento, muitos tentam provar que o INFERNO não existe, ou, quando muito, negam que possa durar eternamente. Porém, o único que podia falar com autoridade, o Filho de Deus, que conhece a fundo o assunto, disse assim: "E irão estes para o tormento eterno" (Mateus 25.46). "Não temais os que matam o corpo, e depois não têm mais o que fazer. Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei Aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no INFERNO, sim, vos digo, a Esse temei" (Lucas 12.4,5). "Para o INFERNO, para o fogo que nunca se apaga; onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga" (Marcos 9.43,44). "Ali haverá pranto e ranger de dentes" (Mateus 24.51). "Se não crerdes que Eu sou, morrereis em vossos pecados... Para onde eu vou não podeis vós vir" (João 8.24,21). "Aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo" (Hebreus 9.27).

Ao universalista, que não conhece outra autoridade se não uma consciência universal, o apóstolo João avisa: "Aquele que não crê no Filho não verá a vida". E àquele que acredita no aniquilamento da alma, o mesmo apóstolo avisa que "a ira de Deus sobre ele permanece" (João 3.36). Destes o apóstolo Paulo escreveu que "por castigo padecerão eterna perdição" (2 Tessalonicenses 1.8,9).

Na cruz de Cristo vemos que "Deus é amor" (1 João 4.8), mas também vemos que, quanto ao pecado, Deus é santo. Que Ele é misericordioso e longânimo, agora, manifesta-se no fato de ser "agora o dia da salvação" (2 Coríntios 6.2). "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida; mas a ira de Deus sobre ele permanece" (João 3.36).

Disse Jesus: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida" (João 14.6). "Tenho-te proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição: escolhe pois a vida" (Deuteronômio 30.1,19).

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Tremendas Consequências

(Comentário Gênesis 27)

Podemos estar certos de só acumular dores e aflições sempre que tiramos as nossas circunstâncias, o nosso destino e a nós próprios das mãos de Deus. Aconteceu assim com Jacó. Alguém disse que "quem considerar a vida de Jacó, depois de ele fraudulentamente ter obtido a bênção de seu pai, verá que ele gozou de muito pouca felicidade neste mundo."

Esta descrição é verdadeira; todavia mostra-nos apenas um lado da vida de Jacó, e esse é o lado sombrio. Bendito seja Deus, há um lado claro, do mesmo modo, para Deus tratar com Jacó; e em todos os acontecimentos da sua vida, quando Jacó foi obrigado a colher os frutos da sua maquinação e perversidade, o Deus de Jacó tirou bem do mal e fez com que a Sua graça abundasse sobre todo o pecado e loucura do Seu pobre servo. Veremos isto à medida que vamos procedendo com a sua história.

Quero fazer aqui uma observação acerca de Isaque, Rebeca e Esaú. É interessante notar, não obstante a demonstração da fraqueza excessiva de Isaque, no princípio deste capítulo, como ele mantém, pela fé, a dignidade que Deus lhe conferiu. Abençoa com todo o sentimento de ter sido dotado com o poder de abençoar. Ele diz,"... abençoei-o: também será bendito... Eis que o tenho posto por senhor sobre ti, e todos os teus irmãos lhe tenho dado por servos; e de trigo e de mosto o tenho fortalecido; que te farei, pois, agora a ti, meu filho?" (Cap. 27:33 -37)

Isaque fala como quem, pela fé, tem à sua disposição todas as riquezas da terra. Não se nota falsa humildade, nem desce da posição elevada que ocupa por causa da manifestação da natureza. E verdade que estava a ponto de cometer um grave erro —  a fazer o que era contrário ao desígnio de Deus; no entanto, ele conhecia Deus, e tomou o seu lugar de acordo com esse conhecimento dando  bênçãos com toda a
dignidade e poder da fé: "... abençoei-o: também será bendito... De trigo e de mosto o tenho fortalecido."

É atribuição da fé elevar-se acima de todas as nossas falhas e suas consequências para o lugar onde Deus nos tem colocado.

Quanto a Rebeca, ela teve de sentir todos os tristes resultados da sua astúcia. Sem dúvida, ela pensava que dirigia as coisas habilmente; mas, oh! nunca mais viu Jacó, por causa da sua manobra! Quão diferente teria sido se ela tivesse deixado o caso inteiramente nas mãos de Deus. Esta é a maneira da fé agir e é sempre vencedora. "E qual de vós, sendo solícito, pode acrescentar um côvado à sua estatura?" (Lc 12:25). Nada ganhamos com a nossa ansiedade e os nossos projetos: apenas excluímos Deus, e isso não é ganho. É um justo castigo da mão de Deus sermos obrigados a colher os frutos dos nossos planos; e não há nada mais triste do que ver um filho de Deus esquecer-se da sua condição e privilégios para tomar a direção dos seus interesses em suas próprias mãos. As  aves dos céus, e os lírios do campo, podem muito bem ser nossos mestres quando esquecemos assim a nossa posição de dependência em Deus.

Finalmente, quanto a Esaú, o apóstolo trata-o por "profano, que por um manjar vendeu o seu direito de primogenitura": e  "querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que, com lágrimas, o buscou" (Hb 12:16-17). Ficamos sabendo assim que um profano é alguém que gostaria de possuir o céu e a terra e desfrutar o presente sem perder o seu direito ao futuro. Isto não é, de modo nenhum, um caso invulgar. Mostra-nos todo o mundano que professa ser cristão, mas cuja consciência nunca experimentou os efeitos da verdade divina, e cujo coração nunca sentiu a influência da graça de Deus.

C. H. Mackintosh. Fonte: http://www.scribd.com/doc/105168410/Notas-Sobre-o-Pentateuco-Genesis-C-H-Mackintosh

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Gênesis 27


Quando se tira os olhos de Cristo... perde-se a chave para todas as coisas.

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/27

Ao nos lembrarmos de que Esaú foi rejeitado, primeiro por ter rejeitado a bênção, não devemos pensar que Jacó tenha sido escolhido por haver qualquer dignidade nele. Pois ele não tinha nenhuma. Será que isto não nos faz entender o quanto Jacó devia a Deus? Era tudo por graça apenas. Que grupo de pessoas falhas vemos neste capítulo. 

Isaque podia estar fingindo que ia morrer, já que viveu mais 40 anos. Seu apetite o colocou em dificuldades. Certamente aqueles não eram pensamentos que deviam ocupar a mente de um homem piedoso (vers. 4). As ações de Rebeca são indesculpáveis. Um problema leva a outro. Jacó engana. (Agora leia 1 Co 10:11,12). Que capítulo de obstinação, desejos carnais, engano e mentira. "Mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça" (Rm 5:20).



sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

A Eleição Divina por Meio de Uma Nação (Parte 1)


(Comentário Romanos 9)

"Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, O qual é sobre todos, Deus bendito eternamente: Amém." (Rm 9.4,5) Que privilégios! A nação adotada, com a qual Deus havia habitado no tabernáculo. Esses privilégios nunca haviam sido dados a nenhuma outra nação. O Deus eterno havia Se encarnado, vindo como Um daquela nação. Tudo isto é plenamente reconhecido. Ele que é sobre tudo, Deus bendito para sempre, no que concerne à carne, ao corpo, nasceu de Maria, da descendência real daquela nação.

A Sara foi dito, "O maior servirá o menor". (Rm 9.12) Também foi escrito, embora muitas centenas de anos depois, por Malaquias, "Amei Jacó, e aborreci Esaú". (Rm 9.13) Este assunto do livre e soberano favor de Deus é o grande momento da explanação de Paulo; e nenhum dos que crêem nas Escrituras poderia duvidar disso nos casos a que nos referimos acima. E Deus disse a Moisés: "Compadecer-me-ei de quem Me compadecer, e terei misericórdia de quem Eu tiver misericórdia". (Rm 9.15) Portanto, Deus certamente tinha o soberano direito de demonstrar misericórdia para com os gentios, sendo justamente isto que ofendeu tanto os judeus. É notável o fato de que todos os que dizem ser judeus agora, ou que colocam-se no terreno do judaísmo, estejam sempre disputando a soberana graça de Deus.

Muitos homens ilustres negam a soberania divina, mas Deus é mais sábio que os homens. Não podemos nos esquecer de que, pela cruz, ficou comprovado que o homem encontra-se em inimizade para com Deus. O homem não tem nada, na sua natureza, que o leve a desejar Deus. "Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que Se compadece." (Rm 9.16) Isto é algo extremamente humilhante, mas certamente é verdadeiro.

Faraó é dado como uma amostra da impiedade do homem, e do justo juízo de Deus sobre ele. Por muito tempo Deus suportou sua ousada infidelidade e rebelião, até que, no justo governo de Deus, Faraó foi endurecido e abandonado à sua própria destruição. Que todo rebelde contra Deus fique bem atento, caso contrário a maldição de Faraó cairá também sobre ele. Faraó disse: "Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem tão pouco deixarei ir Israel". (Êx 5.2) O escarnecedor de nossos dias que se cuide, caso contrário seu coração poderá ser endurecido contra o Senhor, levando-o à eterna destruição.

"Logo pois compadece-Se de quem quer, e endurece a quem quer." (Rm 9.18) Os homens podem dizer: Se é isto o que acontece, "por que Se queixa Ele ainda? Porquanto, quem resiste à Sua vontade?" (Rm 9.19) Não resistiu Faraó a Deus? Não tem você resistido e recusado Deus? "Quem és tu, que a Deus replicas?" (Rm 9.20) Será que a mera criatura, a coisa formada, tem o direito de perguntar: "Por que me fizeste assim?" Jamais! Acaso Deus me formou assim? Muito pelo contrário. Seria Ele o Autor de toda a rebelião e pecado do homem? Veja que esta não é uma afirmação, mas uma pergunta -- "Não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?" (Rm 9.21) Não é Deus soberano? Aqui não está afirmando que Ele tenha feito alguém para desonra. Sua ira contra toda a impiedade é conhecida, mas por quanto tempo Ele suportou, com muita paciência, os vasos de ira preparados para destruição? Acaso não foi Faraó quem se preparou a si próprio para destruição? O mesmo pode ser dito de cada pecador.

Trata-se, no entanto, de uma verdade das mais benditas que Ele preparou de antemão os vasos de misericórdia para a glória. No que diz respeito a estes, é tudo o soberano favor em conformidade com as riquezas da Sua glória. "Para que também desse a conhecer as riquezas da Sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou." (Rm 9.23) O homem prepara a si próprio para a destruição, como os judeus estavam fazendo. Deus prepara os vasos de misericórdia para a glória.

(Continua...)

Charles Stanley. Fonte: http://pt.scribd.com/doc/104720029/Vida-Atraves-Da-Morte

Romanos 9

Se não conheço a Cristo, de nada importa eu conhecer todas as outras coisas... mas se eu conheço a Cristo, de nada importa se eu não conhecer todas as outras coisas.

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/rm/9

Deus fala agora dos Judeus. Israel era originalmente para ter sido o grupo missionário aos Gentios (Is 42:6). E quando o há muito prometido Messias (Jesus) veio, Israel O crucificou! Paulo divide este assunto todo em três partes. Capítulo 9 - primeira parte. Israel foi escolhido no passado para ser ricamente abençoado. Não foi por serem bons que eles foram escolhidos. Eles falharam totalmente - eles mataram Aquele que veio ao mundo para abençoá-los! Capítulo 10 - Israel no presente. A nação é deixada de lado. Capítulo 11 - no futuro (após a igreja ter sido levada para o céu), Deus irá voltar a reunir Israel. Assim o passado, presente e futuro estão nos capítulos 9, 10 e 11.

Rm 9:1-5 Paulo está com o coração partido porque a maioria dos Judeus estão fora do lugar de bênção. Eles rejeitaram o Salvador, e não aceitam que alguém O siga. Repare nestes versículos como Paulo fala à semelhança do Senhor... ele andava tão perto do Senhor!

Rm 9:6-13 No princípio da história de Israel, Deus escolheu um ramo de uma família para Seus propósitos especiais. O comportamento daquela pessoa não tinha nada a ver com o fato de ter sido escolhida. Os Judeus estavam argumentando que Deus tinha o dever de abençoá-los (Lc 3:8, Jo 8:33,39). Deste modo ele aponta para o fato de que apenas uma pessoa havia sido escolhida em uma família (vers. 7). Deus não esperou para ver como Jacó seria antes de escolhê-lo (Gn 25:23, Ml 1:2).

Rm 9:14-29 Ninguém pode dizer a Deus o que fazer. Paulo diz que Deus não pode ser chamado de injusto. Ele dá 3 razões:
Rm 9:15-18 As Escrituras mostram que Deus é livre para fazer o que Ele quiser.
Rm 9:19-24 Seria o mesmo que se considerar igual a Deus ao invés de uma de Suas criaturas.
Rm 9:25-29 As próprias passagens do Antigo Testamento provam que Deus iria ter um pequeno remanescente (grupo) de Judeus crentes e que Seu amor e graça alcançaria os Gentios.
Rm 9:30-33 Era conhecido das passagens do Antigo Testamento que Israel falharia miseravelmente e seria deixado de lado por Deus. Deus pode fazer o que quiser e se Ele os colocou de lado e introduziu os gentios na bênção, Ele jamais os abandonará. (Veremos isto no capítulo 11). Os Gentios que crerem serão salvos. Os Judeus tentaram ganhar suas bênçãos através de suas próprias obras e perderam tudo. A própria Rocha em que tropeçaram era Aquele, o Único, que poderia tê-los salvo. Aquela Rocha era o Senhor Jesus Cristo.

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