sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Mortos para o Pecado


"Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?" (Rm 6.2) O que é que isto significa, "nós, que estamos mortos para o pecado"? Será que você responderá que são aqueles que atingiram a perfeição? Acaso existe aqui algum pensamento desse tipo? De maneira nenhuma. Para mostrar com que segurança isto se aplica a todos os cristãos, o apóstolo diz: "Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte? De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida". (Rm 6.3,4) Ele é cuidadoso em demonstrar que este princípio de libertação do pecado por meio da morte se aplica a todos os que foram verdadeiramente batizados na morte de Cristo. Nada poderia ser mais claro, e, no entanto, nada é menos conhecido. No entanto é algo que deveria ser bem entendido, pois o apóstolo diz: "Não sabeis?"

Você entende esta grande verdade prática da libertação do pecado? Será que você diz, como se expressou um conhecido professor há alguns dias, que "somos todos pecadores e inadequados para o céu; devemos, portanto, procurar de todos os modos melhorar nossa natureza pecaminosa; mas temo que, neste mundo, ela nunca estará preparada para o céu"? Preparada para o céu! Poderia um cadáver estar preparado para o céu? Ele está morto, e é por demais repugnante, tanto para o céu quanto para a terra. Deve ser sepultado. E será que você o sepulta para torná-lo, de uma só vez ou aos poucos, algo perfeito? Não passa de uma massa de corrupção; não há vida nele, nem sequer uma partícula, e nem pode haver até que seja revelado o poder de Deus em ressurreição.

Marque bem, então, que a libertação do pecado não é a melhoria do próprio eu, ou da natureza má -- a carne, mas "fomos sepultados com Ele pelo batismo da morte". (Rm 6.4) Não somos batizados para a obra do Espírito em nós, mas para a morte do Senhor, que morreu por nós e ressuscitou. A morte, então, que livra do pecado não é uma morte para o pecado que nós consigamos operar em nós, mas a morte de Cristo na cruz, e nossa identificação com ela -- "sepultados com Ele". E se você prestar atenção, verá que não existe nenhum pensamento acerca de batismo comunicando vida. O batismo é na morte, ou para a morte, e a vida no Cristo ressuscitado está além dela. Pois Cristo não somente morreu, e ficou morto, mas Ele "ressuscitou dos mortos, pela glória do Pai". (Rm 6.4) Quão gloriosa é a nova criação! Cristo, o princípio dessa nova criação, ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai. "Assim andemos nós também em novidade de vida". (Rm 6.4) Não só as coisas velhas já passaram, e tudo se fez novo, como também estamos agora na nova criação pela glória do Pai. "Porque, se fomos plantados juntamente com Ele na semelhança da Sua morte, também o seremos na da Sua ressurreição." (Rm 6.5) O aspecto da ressurreição que há neste assunto nos é apresentado de forma mais completa em Colossenses 2. Mas deixe-nos apenas notar aqui que o batismo na morte é o ponto principal que demonstra aquilo que todos os cristãos deveriam saber -- a verdade da libertação por meio da morte.

Romanos 6

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/rm/6 ou http://www.youversion.com/pt-BR/bible/rom.6.arc_1-pt

Nesta vida, o pecado está sempre tentando voltar a controlar o crente. E agora vamos aprender como tratar dessa séria situação. É descrito como um conflito. Alguns poderiam dizer que se uma pessoa estivesse nesta maravilhosa posição de salvação, o pecado já não importaria, mas importa, como nos diz o versículo 12.

Rm 6:1 Ele repete aqui o que outros haviam dito tentando acusá-lo de erro (Rm 3:8). Portanto Paulo explica cuidadosamente este assunto tão importante.

Rm 6:1-14 O crente morreu com Cristo, e possui uma nova vida em Jesus Cristo. A Palavra de Deus diz que estas coisas são fatos consumados. O versículo 11 nos diz para acreditarmos nisto. Se a vida de um verdadeiro cristão não demonstra que ele crê nisto, ele pode não perder sua salvação, mas não irá desfrutar de crescimento em sua alma. Se ele crê no que Deus diz, então não irá alimentar aquela velha natureza.

Rm 6:15-23 Os crentes são servos de Deus. Um novo Mestre tomou o lugar do pecado. O pecado era um mestre na velha vida, e exigia uma vida vergonhosa. Será que você entende que nestes versículos se encontra o segredo do poder para se viver uma vida pura?

Rm 6:23 O pecado recebe salário - a morte. Mas a alternativa é um presente - a vida eterna - por meio de Jesus Cristo nosso Senhor. No capítulo 5 há duas cabeças de famílias (Adão e Cristo). No capítulo 6 há dois mestres e no capítulo 7 há dois maridos.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A Fé de Abraão


(Comentário Gênesis 15)

"E creu ele no Senhor, e foi-lhe imputado isto por justiça." A atribuição da justiça a Abraão é, aqui, fundada sobre a sua crença no Senhor como Aquele que vivifica os mortos. É neste caráter que Ele Se revela no mundo onde reina a morte; e quando a alma crê n'Ele, como tal, isso é-lhe contado por justiça à Sua vista. Isto necessariamente põe o homem de lado, no tocante à sua cooperação, pois que poderá ele fazer no meio de uma cena de morte? Acaso pode ele ressuscitar os mortos? Pode abrir as portas da sepultura? Pode libertar-se a si próprio do poder da morte e sair em vida e liberdade para além dos limites do seu império funesto? Indubitavelmente que não. Pois bem, se não pode fazer nada disto, não pode conseguir a justiça, nem tão-pouco dar-se a si próprio o lugar de filho. "Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos" (Mt 22:32), e, portanto, visto que o homem se encontra debaixo do poder da morte e sob o domínio do pecado não pode conhecer a posição de filho — nem a condição de justiça. Assim, só Deus pode conceder a adoção de filhos, e somente Ele pode imputar a justiça, e tanto uma coisa como a outra estão ligadas com a fé n'Ele como Aquele que ressuscitou Cristo de entre os mortos.

E desta maneira que o apóstolo trata da questão da fé de Abraão, em Romanos 4:23-24, onde, diz ele: "Ora, não só por causa dele está escrito que lhe fosse tomado em conta, mas também por nós, a quem será tomado em conta, os que cremos naquele que dos mortos ressuscitou a Jesus, nosso Senhor". Aqui o Deus da ressurreição é-nos apresentado como o objeto da fé, e a nossa fé n'Ele é vista como o único fundamento da nossa justiça. Se Abraão tivesse olhado para o firmamento, ornado de inumeráveis estrelas, e então atentasse "para o seu próprio corpo já amortecido" (Rm 4:19), como poderia compreender a  ideia  de uma semente tão numerosa como essas estrelas? Impossível. Porém, ele não atentou para o seu próprio corpo, mas para o poder do Deus de ressurreição, e, visto que esse era o poder que havia de produzir a semente, podemos ver facilmente que as estrelas do céu e a areia na praia do mar são, na verdade, apenas figuras fracas; pois que objeto natural poderia, possivelmente, exemplificar o efeito desse poder que ressuscita os 
mortos?

Assim também, quando um pecador ouve as boas novas do evangelho, se olhasse para a luz imaculada da presença divina, e então atentasse para as profundezas desconhecidas da sua natureza pecaminosa, bem poderia exclamar, como poderei jamais chegar ali? Como poderei jamais ser digno de habitar nessa luz? Onde está a resposta? Nele mesmo? Não, graças a Deus, mas n'Aquele bendito Senhor que foi do seio do Pai até à cruz e à sepultura, e dali para o trono, enchendo assim, na Sua Pessoa e obra, o espaço compreendido entre esses dois extremos. Não pode haver nada mais elevado do que o seio de Deus — o lugar eterno de habitação do Filho; e nada mais baixo do que a cruz e a sepultura; mas — verdade espantosa! — encontramos Cristo em todos esses lugares. Eu encontro-O no Seio do Pai, e encontro-O na sepultura. Ele entrou na morte a fim de poder deixar atrás de Si, no pó dela, o peso completo dos pecados e das iniquidades do Seu povo. Cristo, na Sepultura, mostra o fim de tudo que é humano  —  o fim do pecado  —  o limite máximo do poder de Satanás. A Sepultura de Jesus  é o termo de tudo. Porém, a  ressurreição conduz-nos para além desse fim e constitui a base eterna na qual a glória de Deus e a bênção do homem repousam para sempre. No momento em que o olhar da fé repousa num Cristo ressuscitado, há uma resposta triunfal  a todas as interrogações quanto ao pecado, o juízo, a morte e a sepultura. Aquele que enfrentou, divinamente, tudo isto está vivo de entre os mortos; e tomou o Seu lugar nos céus à destra da Majestade; e, não somente isto, mas o Espírito desse Senhor ressuscitado e glorificado constitui o crente num filho. O crente é vivificado por meio da sepultura de Cristo; como lemos, "...quando vós estáveis mortos nos pecados e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas (Cl 2:13).

Gênesis 15


Gn 15:1 "Depois destas coisas". Depois de Abrão o haver vencido aqueles reis, ele deve ter temido um contra-ataque. Por isso Deus o confortou com esta maravilhosa promessa, "Eu sou o teu escudo". Abrão também não quis tomar qualquer recompensa do rei (14:23), e agora Deus Diz a ele "Sou... o teu grandíssimo galardão". Proteção e recompensa. Veja Quem era o seu galardão!

Gn 15:2-16 Abrão queria um filho e um herdeiro. Será que seria ir longe demais ele falar disso a Deus? O versículo 6 nos mostra o quão próximo ele estava do Senhor. Deus gosta de nos ouvir pedir a Ele coisas que sejam para a Sua glória e nosso bem.


domingo, 23 de setembro de 2012

Romanos 5 (Parte 2)


Você reconhece que não se encontra mais em Adão e nem ligado às coisas que pertencem a ele? O ponto de grande importância que você deve enxergar é este: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo". (2 Co 5.17) Que triste erro você estaria cometendo se voltasse, ou se apegasse às coisas velhas -- à lei e à velha natureza -- e viesse a supor que pudesse existir algo capaz de melhorar a velha natureza, ou de justificá-lo estando sob a lei, coisas essas já passadas! Entenda que sua justiça e sua vida são agora completamente novas, e que tudo provém de Deus. E o que provém de Deus deve necessariamente ser perfeito. Assim, estamos perfeita e eternamente justificados no Cristo ressuscitado.

Oh, que favor gratuito e maravilhoso este de Deus! Talvez você pergunte: Então por que a lei foi dada, se o homem não pode ser justificado por ela, ou se ela não pode conceder uma vida justificada? "Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse." (Rm 5.20) Pode ter sido isto o que aconteceu com você em sua experiência passada. A lei pode ter atuado em você com poder destruidor, e quanto mais você se esforçou em guardá-la, mais a ofensa abundou. Quanto você deve ter se esforçado para tornar sua carne santa! E quanto mais se esforçou, mais fracassou. "Mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça." (Rm 5.20) Você crê em Deus acerca disto? Você pode agora mesmo parar com suas obras e descansar no irrestrito e gratuito favor de Deus? "Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse" -- sim, e esta "pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor." (Rm 5.21) Não foi somente a graça que reinou -- isto teria sido indiferença para com o pecado; tampouco foi só a justiça que reinou, pois então o pecador deveria ter sido condenado; mas a graça pela justiça. Sim, ela reina, e reina absoluta para vida eterna.

Porém, se somos constituídos justos por Cristo e em Cristo, totalmente aparte de quaisquer obras que pratiquemos, tendo os pecados perdoados, e o pecado não imputado a nós -- surge então uma questão quanto à justiça prática -- devemos nós continuar na prática do pecado? Os inimigos da graça de Deus sempre levantam esta questão, ou a colocam como uma acusação de que aqueles que aceitam as doutrinas da graça soberana de Deus, insinuam poder viver no pecado para que a graça abunde. Esta é uma acusação tão comum em nossos dias como era a que, naqueles dias, os fariseus lançavam contra o apóstolo. No próximo capítulo (Romanos 6) temos a resposta inspirada a essa calúnia tão usual. Mas descanse assegurado de que nada menos do que a abundante graça pode dar descanso à alma.


Gênesis 14


A primeira guerra que é registrada na Bíblia. Abrão poderia ter dito - "bem isto serve de exemplo para Ló. Ele que cuide de si mesmo". Mas não. 

Gn 14:14 Embora Ló fosse sobrinho de Abrão, ele é chamado de "seu irmão". Quão humilhado deve ter ficado Ló quando pensou no amor de seu tio. Mas ele ainda tinha Sodoma em seu coração pois quando foi resgatado voltou direto para viver lá! Que alvo é o mundo para nós quando tiramos os olhos do Senhor! 

Gn 14:18-24 Melquisedeque é um belo tipo de Cristo como Sacerdote e Rei. Leia sobre ele em Hb 6:20 e 7:23-24. Cristo no milênio será igualmente Sacerdote e Rei.


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Separação e Comunhão

A separação genuína do mundo  só pode ser o resultado de comunhão com Deus. Eu posso excluir-me do mundo e constituir-me o centro do meu ser, à semelhança dum monge ou dum cínico; contudo, separação para Deus é uma coisa muito diferente. Uma esfria e contrai-se, a outra aquece e expande. Aquela lança-nos sobre nós próprios; esta faz-nos sair em atividade e amor pelos outros. A primeira faz da personalidade e dos seus interesses o nosso centro; a última faz de Deus e a Sua glória o nosso centro. Assim, no caso de Abraão, vemos que o próprio fato da sua separação habilitou-o a prestar um serviço eficaz àquele que se havia metido em dificuldades pelos seus caminhos mundanos. "Ouvindo, pois, Abrão que o seu irmão estava preso, armou os seus criados, nascidos em sua casa, trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dã... e tornou a trazer toda a fazenda e tornou a trazer também a Ló, seu irmão, e a sua fazenda, e também as mulheres, e o povo". Ló era, afinal, irmão de Abraão; e o amor fraterno deve atuar. "Na angústia nasce o irmão" (Pv 17:17); e acontece muitas vezes que uma época de adversidade suaviza o coração, e torna-o susceptível de amabilidade, até mesmo para com aqueles de quem nos tenhamos separado; e é notável que, enquanto lemos no versículo 12 que "tomaram a Ló, filho do irmão de Abrão", no versículo 14 lemos, "ouvindo, pois, Abrão que o seu irmão estava preso". As exigências da aflição de um irmão são atendidas pela afeição do coração dum irmão. Isto é divino. A fé verdadeira, ao mesmo tempo que nos torna sempre independentes, nunca nos torna indiferentes. Nunca se agasalha no seu manto, enquanto um irmão sente arrepios de frio. Existem três coisas que a fé faz: "purifica o coração", "age por amor" e "vence o mundo"; e todos estes resultados da fé são admiravelmente apresentados em Abraão, nesta ocasião. O seu coração estava purificado das abominações de Sodoma; ele mostrou amor verdadeiro por seu irmão Ló; e, finalmente, ficou completamente vitorioso sobre os reis. Tais são os frutos preciosos da fé, esse princípio celestial, honroso para Cristo.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O Amor de Deus

(Comentário Romanos 5)

"E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. "
Romanos 5:3-5

O Espírito Santo nos é dado porque Jesus terminou a obra da redenção; e, estando Ele agora glorificado, somos selados pelo Espírito, e o amor de Deus é derramado em nossos corações. Sendo assim, supor que o Espírito Santo venha a ser dado por causa de nossos esforços, nossa experiência ou devoção própria, é desprezar a perfeita obra de Cristo. No entanto, acontece justamente o contrário; toda essa bendita experiência vem por causa do amor de Deus ser derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.

Suponha que você fosse convidado para jantar com Sua Majestade, a Rainha, e que ela dispenssasse a você toda a atenção e gentileza possíveis; e que, ao invés de você desfrutar daquela gentileza, passasse a expressar, diante dos presentes, o desejo sincero de ter uma rainha, e uma rainha que lhe demonstrasse gentileza. O que ela, ou qualquer outra pessoa, pensaria de uma tal conduta? Só pessoas cegas e surdas poderiam cometer um engano assim. Não há dúvida de que aqueles que conhecessem melhor uma rainha assim, mais leais seriam; e aqueles que sabem que o amor de Deus é derramado em seus corações pelo Espírito Santo que lhes é dado, irão amar a Deus mais ainda, e terão essa bendita experiência por causa daquilo que já receberam dEle.

O que dizer do que é espiritualmente cego e surdo que nada pode perceber do amor de Deus para conosco, ou de como ele é derramado em nossos corações, mas que acaba transformando esta passagem em legalismo, pensando e dizendo que Deus nos amará enquanto nós O amarmos? Que quanto mais amarmos a Deus, mais Ele nos amará?! Tal pensamento encontra-se na raiz de uma grande parcela do vão esforço que é o de buscar santidade no homem. Muitos ficariam surpresos se vissem isto colocado de forma nua e crua. O que você diria de ter que se esforçar para tornar sua carne santa a fim de que Deus pudesse amar você? E não é isto o que milhares de pessoas estão tentando fazer? Será que isto não é repetir, na prática, o velho pensamento de que EU preciso ser santo a fim de que Deus me ame? Certamente que a carne deve ser subjugada, mas não para que Deus me ame, e sim porque Ele me ama. Vamos agora considerar como Ele nos tem amado, e em que estado nos encontrávamos quando Ele nos amou.

"Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios." (Rm 5.6) Será que nossos corações já se renderam a este fato? Nós não éramos apenas culpados, mas não tínhamos forças, éramos incapazes de melhorar. Enquanto estávamos exatamente nessa condição, nos foi demonstrado o amor infinito: Cristo "morreu a seu tempo pelos ímpios". Não existiam outros meios possíveis para Deus justificar o ímpio, senão pelo Seu Filho morrendo pelo ímpio. Sim, é exatamente nisto que o amor de Deus vem resplandecer em nosso favor. "Mas Deus prova o Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores." (Rm 5.8) Será que isto aconteceu sobre o princípio de que quanto mais amamos a Deus, mais Ele nos amará? Poderá haver maior exibição do Seu amor do que esta: "Cristo morreu por nós"? Impossível! No entanto, isso aconteceu quando éramos ainda pecadores.

Oh, pare um pouco e medite no amor de Deus para conosco. Sim, não em um amor nosso para com Deus que pudesse existir primeiro. Não que tenhamos amado a Deus, mas que Ele assim nos amou. Quanto mais isto tomar posse de nossas almas, mais iremos amá-Lo.

Será que você está dizendo que tudo isso é verdade com respeito ao passado, mas que podemos fracassar no futuro, e então Deus deixaria de nos amar? Não, absolutamente; será que após havermos conhecido o amor de Deus, seríamos por fim abandonados à eterna ira? Vamos ouvir a resposta do Espírito Santo para esta questão tão solene. Se Deus dispensou de tal modo o Seu amor para conosco, a ponto de, quando ainda éramos pecadores, Cristo haver morrido por nós, "logo muito mais agora, sendo justificados pelo Seu sangue, seremos por Ele salvos da ira". (Rm 5.9) Preste atenção: "sendo justificados pelo Seu sangue" é algo que nunca muda; não se trata de termos sido justificados uma vez pelo Seu sangue, e precisarmos ser justificados novamente, mas, "sendo justificados" é algo que sempre permanece. Seu sangue é sempre o mesmo diante de Deus, tendo feito expiação por todos os nossos pecados. Não há alteração. Portanto, não apenas somos, como "seremos por Ele salvos da ira". Oh, infinita e preciosa graça!

Charles Stanley. Fonte: http://www.scribd.com/doc/104720029/Vida-Atraves-Da-Morte

Romanos 5


Rm 5:1-2 Que paz invade nosso coração. Através de Cristo, nós, pecadores perdoados, somos elevados e introduzidos bem na glória de Deus.

Rm 5:1-11 Nunca diga a um pecador para fazer sua paz com Deus (ou "fazer as pazes"). A paz foi feita na cruz do Calvário (Cl 1:20). A paz se torna nossa pela fé.

Rm 5:10 Repare nos dois aspectos da Salvação que vem de Deus. Em um aspecto (o passado), ela veio através da morte do Senhor Jesus. No outro aspecto (o presente) ela é por intermédio da vida do Senhor Jesus agora. Até o final do versículo 11 o assunto tem sido os "pecados" (e não o "pecado"). Mas a partir do versículo 12 é falado do "pecado". O "pecado" é a natureza caída; os "pecados" são os atos desta natureza. O "pecado" é a raiz; os "pecados" compõem o fruto.

Rm 5:12-21 Adão era uma figura da velha vida. Cristo é a nova vida. Cada um é cabeça de uma família. Todos nós nascemos uma vez dentro da família de Adão. Devemos nascer de novo na família de Cristo. "Pecado", "transgressão", "desobediência", "condenação" e "morte" aparecem em contraste (em oposição) a "justiça", "justificação" e "obediência". Estamos todos em uma ou outra posição.

Rm 5:21 O pecado é como um rei. Como um senhor de escravos. Éramos escravos. O pecado é um poder fora de nós. É um inimigo. O mundo hoje, separado de Cristo, está sob o poder ou controle do pecado. Cristo teve que descer e vencer o pecado em seu próprio território (Rm 8:3). Se você está em Cristo (se é um crente nEle) você entrou nesta vitória, e está liberto desse terrível poder do pecado - (Rm 6:18; 7:24-25). Mas agora a "graça" é o rei. A graça reina! Todavia ainda não estamos livres da presença do pecado. O capítulo 5 nos fala do que temos por intermédio de Cristo. O capítulo 6 do que somos em Cristo.


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A Semente


E porei inimizade entre ti (a serpente) e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
Gênesis 3:15

E abençoarei os que te (Abraão) abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
Gênesis 12:3

Que deveras te (Abraão) abençoarei, e grandissimamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e como a areia que está na praia do mar; e a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos;
E em tua descendência (Cristo) serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz.
Gênesis 22:17-18

Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos.
E não foi assim o dom como a ofensa, por um só que pecou. Porque o juízo veio de uma só ofensa, na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação.
Romanos 5:15-16


E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo;
E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.
Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência (semente) de Abraão.
Hebreus 2:14-16

Gênesis 13

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/13 ou http://www.youversion.com/pt-BR/bible/gen.13.arc_1-pt

Gn 13:1-4 Em 12:10 Abraão "desceu" ao Egito. Aqui ele "subiu" ao seu altar. A completa restauração de Abraão (Salmo 23:3). Deus nos restaura, caso contrário simplesmente ficaríamos à deriva. Não havia altar (nem adoração a Deus) enquanto ele estava no Egito!

Gn 13:5-13 A grande riqueza que ele recebeu no Egito lhe traz mais problemas. Desta vez com seu sobrinho Ló. Todavia vemos um belo contraste, entre Abrão, o homem que andava por fé, e Ló que andava por vista. O que Abrão tinha de generoso Ló tinha de ganancioso. Ló era guiado por seus olhos, e que desastre isso lhe trouxe, pois foi morar em Sodoma. Os passos de Ló em sua descida são graduais, mas constantes. Versículo 10 "E levantou Ló os seus olhos, e viu". No versículo 11 ele escolheu toda a planície do Jordão. Versículo 12, habitou nas cidades da planície, e armou sua tenda indo em direção de Sodoma (14:12), habitou em Sodoma, (19:1) e sentou-se à porta (lugar de autoridade) de Sodoma. Leremos mais tarde do resultado dessa descida.

Gn 13:14-18 Quão diferentes foram os resultados para Abrão! Que herança gloriosa e duradoura era a sua! Colocando Deus em primeiro lugar, ele foi ricamente abençoado por Deus. Possamos colocar Deus em primeiro lugar, e desfrutar das bênçãos que temos! Notamos no versículo 10 que Ló usou seus olhos para fazer sua escolha. Mas no versículo 14, Deus estava para recompensar Abrão por haver esperado nEle, e Ele diz a Abrão para usar seus olhos para ver o que Deus iria lhe dar. Leia Is 64:4.

Norman Berry. Fonte: http://chaday.blogspot.com.br/2006/03/genesis-13.html

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O Contraste entre a Fé de Abraão e a Conformidade com o Mundo de Ló

Existe uma crise na história de cada homem em que será, indubitavelmente, revelado o fundamento em que ele descansa, quais os motivos por que é instigado, e quais os fins que o animam. Assim foi com Ló. Não morreu em Harã; mas caiu em Sodoma. A causa aparente da sua queda foi a contenda entre os seus pastores e os pastores de Abraão; porém o fato é que quando alguém não anda realmente com um motivo verdadeiro e afeições puras facilmente encontrará uma pedra para tropeçar. Se não a encontra numa ocasião, encontrá-la-á noutra. Se não a encontra aqui, achá-la-á acolá. Em certo sentido, pouco importa o que seja a causa aparente de se afastar; a verdadeira causa encontra-se oculta, longe da observação normal, nas câmaras íntimas dos afetos e desejos do coração, onde o mundo, de qualquer forma ou feitio, tem sido procurado.

A contenda entre os pastores podia facilmente ter sido resolvida sem prejuízo espiritual para Abraão ou Ló. Para aquele, na verdade, foi apenas uma ocasião para mostrar o poder formoso da fé e a elevação moral — o terreno celestial vantajoso, em que a fé sempre põe o seu possuidor. Mas para este foi uma ocasião de mostrar o mundanismo completo do seu coração. A contenda não produziu o mundanismo em Ló, do mesmo modo que não produziu a fé em Abraão: apenas mostrou, no caso de cada um, o que estava realmente nele. 

Assim é sempre: controvérsias e divisões levantam-se na Igreja de Deus, e muitos tropeçam com isso, e são arrastados outra vez para o mundo, de um ou de outro modo. Então atribuem a culpa às controvérsias e divisões, ao passo que, a verdade é que estas coisas eram apenas os meios de revelar o verdadeiro estado da alma e a inclinação do coração. [...] Sem dúvida, ele (Abraão) tinha um coração que podia ser atraído por "campinas bem regadas" tão forte como o de Ló; mas a verdade é que ele não permitiu que o seu coração escolhesse. Primeiramente deixou que Ló fizesse a sua escolha, e então deixou que Deus escolhesse por ele. Isto era sabedoria celestial. É o que a fé sempre faz: permite que Deus determine a sua herança, assim como consente que Ele a faça boa. Satisfaz-se sempre com aquilo que Deus lhe dá. Pode dizer, "As linhas caem-me em lugares deliciosos: sim, coube-me uma formosa herança" (SI 16:6). Não importa onde "as linhas" caiam; porque, no parecer da fé, elas sempre caem "em lugares deliciosos", porque Deus deita-as para ali.

sábado, 15 de setembro de 2012

Gênesis 12


Gn 12:1-5 O chamado de Abraão por Deus foi um chamado bem claro para que se separasse de tudo aquilo que o homem poderia considerar valioso - seu país - seu povo e sua família. Abraão pode ser uma figura do crente cuja cidadania está no céu (Fp 3:20, a onde a palavra "cidade" pode ser traduzida também como "cidadania") embora vivendo nesta terra. Abraão foi chamado a andar por fé, e a viver como um estrangeiro e peregrino na terra. Grandes eram as promessas que lhe foram feitas - versículo 2. 

Gn 12:7 Há duas coisas para se notar. O Senhor apareceu a ele quando chegou à terra de Canaã. Você também irá saber quando se encontra no lugar certo para adorar o Senhor. Em segundo lugar, ele edificou um altar ali, onde adorou a Deus. Houve uma resposta em seu coração. 

Gn 12:10-20 Lembre-se sempre de que as pessoas na Bíblia que são tipos (figuras) do Senhor e de outras coisas importantes, eram apenas seres humanos que às vezes falhavam. Aqui lemos da segunda falha de Abraão. (A primeira foi quando ele parou em Harã, 11:31, ao invés de seguir todo o caminho até a terra de Canaã). Desta vez ele vai ainda mais longe, e o encontramos agora rumando para Egito (versículo 19), instruindo sua esposa a dizer uma mentira (nós crentes às vezes "empacamos" e às vezes vamos longe demais!). O Egito é uma figura do mundo com todos os seus atrativos e sua cultura. Como crentes, estamos constantemente sendo tentados a voltarmos ao mundo. Abrão perdeu tempo ali, e sofreu, em certas coisas, o resto de sua vida por sua falha. Deus foi misericordioso para com ele e permitiu que enriquecesse. Que isto possa servir de aviso para nós.


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Outro ponto essencial desse capítulo é a promessa da posteridade de Abraão (Cristo), da qual veio a salvação:
E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
Gênesis 12:3

O Substituto

Depois que o sangue de um bode era espargido sobre o propiciatório de ouro diante de Deus, demonstrando a justiça de Deus atendida pelo sangue de Jesus sob as vistas de Deus -- "então fará chegar o bode vivo. E Aarão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados: e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão dum homem designado para isso. Assim aquele bode levará sobre si todas as iniquidades deles à terra solitária; e enviará o bode ao deserto". (Lv 16.21) Compare agora isto com outra passagem: "Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades: o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho: mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos... Ele levou sobre Si o pecado de muitos". (Is 53.5-12) As Escrituras não ensinam que Ele tenha levado os pecados de todos; mas, como Substituto, levou os pecados de muitos; e isto em contraste com a perdição daqueles que O rejeitam, e devem, portanto, ser julgados. Sim, note bem o contraste. "E como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-Se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que O esperam para a salvação." (Hb 9.27,28)

Portanto, fé não é crer no que sinto, ou no que creio. Você crê neste maravilhoso fato, que Deus O ressuscitou de entre os mortos; a Ele que foi, como seu Substituto, entregue por nossas ofensas? Esta é a primeira questão que diz respeito a todas as suas iniquidades. Foram elas transferidas para Cristo; foram elas colocadas sobre Ele? Não apenas os pecados de um ano, como acontecia com Israel no dia da expiação, mas todos os seus pecados e iniquidades tendo sido colocados ali, antes mesmo que você tivesse nascido. Assumiu Ele a total responsabilidade por esses pecados, em conformidade com os justos requisitos de Deus? Terá Ele vindo, e sido entregue, exatamente para esse propósito? Terá sido por estar suportando a ira de Deus contra os pecados que pertenciam a você, que Ele clamou: "Deus meu, Deus meu, por que Me desamparaste"? (Mt 27.46) Oh, um amor tal que vai muito além das palavras ou do pensamento! Terá Ele fracassado? Não, absolutamente; escute Suas palavras: "Está consumado". (Jo 19.30) Sim, aquela obra que Ele veio cumprir está consumada. Deus está glorificado. Nossas iniquidades foram colocadas sobre Ele, transferidas para Ele, levadas por Ele; não apenas alguns de nossos pecados, mas todas as nossas iniquidades foram postas sobre Ele. O Senhor Jeová as colocou sobre Ele. E está consumado. Oh, minha alma, pondere bem nisto -- "Está consumado!" Ele já fez a sua paz com Deus por Seu próprio sangue. E agora o que é que Ele diz a você? "Paz seja convosco." (Jo 20.19) Será que você diz: Oh, mas e os meus horríveis pecados? Ele responde que foram todos colocados sobre Ele; "paz seja convosco". Ele mostra Suas mãos e Seu lado. Mas, diz você, eu Te tenho negado, Senhor, nas horas em que mais deveria ter confessado a Ti. "Paz seja convosco."

Charles Stanley. Fonte: http://www.scribd.com/doc/104720029/Vida-Atraves-Da-Morte

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Romanos 4


Hoje uma outra palavra começa a ser usada com grande destaque, "fé", que significa "crer, acreditar". Mas sempre (no Novo Testamento) relacionada a Deus, ou Cristo ou a coisas espirituais. Os pecadores só podem ser limpos de seus pecados pela fé. Nunca por obras

Rm 4:1 Abraão é apresentado como o maior exemplo de fé. Ele creu em Deus. 

Rm 4:2-8 A fé em Deus é algo totalmente diferente do fazer boas obras. Estas jamais podem salvar uma pessoa. 

Rm 4:9-22 Abraão recebeu, de Deus, promessas de bênção antes que houvesse uma nação Judaica (portanto estas promessas não dependem da lei, mas da fé - de crer em Deus). 

Rm 4:23-25 O mesmo se refere a nós. Somente a fé (crer) na obra de de Cristo salva nossa alma.


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"Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça." (Rm 4.3) Esta é a resposta da Escritura e o princípio sobre o qual um homem pode ser justificado sem as obras da lei. Abraão creu em Deus, e isso (sua ) lhe foi imputado como, e não para, justiça.

Uma grande parcela da compreensão depende do verdadeiro significado da palavra que é traduzida como "imputado" neste capítulo. No original, significa "reconhecido como tal", ou "estimado como tal". O significado não é simplesmente o de "imputado" ou "colocado em conta" de uma pessoa; a palavra que tem este significado é encontrada somente duas vezes no Novo Testamento, em Romanos 5.13: "Mas o pecado não é imputado, não havendo lei". Não é colocado em conta da pessoa como sendo uma transgressão da lei, quando nenhuma lei foi dada para que pudesse assim ser transgredida. Ela é traduzida melhor e mais corretamente em Filemon 18: "Se te fez algum dano, ou te deve alguma coisa, põe isso à minha conta", ou seja, impute isso a mim.

Vamos dar uma ilustração das duas palavras. Uma coisa é quando dizemos que determinada pessoa depositou um certo valor na conta de outra; foi colocado na conta dela. Outra, quando um nobre se casa com uma mulher pobre. Será ela considerada pobre depois disso? Ela não tem um centavo de si mesma, mas é considerada, ou reconhecida como, tão rica quanto seu marido; ela é judicialmente reputada assim, ou reconhecida assim. Abraão creu em Deus, e isso foi reconhecido como justiça. Talvez isto possa ser visto confirmado em Abel. "Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons", etc. (Hb 11.4) Em ambos os casos o princípio da fé é o mesmo. Abel creu em Deus, e trouxe o sacrifício. Abraão creu em Deus. Ambos foram considerados como justos. E isto não sobre o princípio das obras, não sobre o terreno do que Abraão ou Abel eram para Deus, mas Deus imputou-lhes a fé como justiça. "Mas aquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe imputada como justiça." (Rm 4.5)

Outro dia encontrei um homem idoso, com cabelos brancos como a neve, e disse-lhe:

-- Você professou a Cristo, de um modo ou de outro, por muitos anos, e mesmo assim não sabe se tem vida eterna; você não tem certeza se está justificado e, se morrer, não tem a certeza de que vai partir para estar com Cristo.

Seu idoso semblante descaiu; ele respondeu-me:

-- Isto é totalmente verdade.

-- Permita-me, então, que lhe diga a razão disso. Você nunca chegou a ver o ponto de partida de Deus. Você tem se esforçado por todos esses anos, de um modo ou de outro, para ser piedoso, crendo que Deus justifica aquele que é piedoso. Você nunca chegou a crer que Deus justifica o ímpio, e é aí que está o ponto de partida. A piedade virá depois. "Mas aquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça." (Rm 4.5)

-- Eu nunca antes enxerguei a coisa assim -- disse-me o velho homem.

Você já tinha visto isso antes, e crido em Deus que justifica o ímpio? Talvez você tenha estado se esforçando há muito tempo para ocupar o lugar de um homem piedoso diante de Deus pelas ordenanças dos homens, e pelas assim chamadas boas obras, tentando por todos os meios falsificar esta passagem das Escrituras. Sim, com frequência leva-se toda uma vida de fracasso para fazer uma alma chegar a este verdadeiro ponto de partida de graça. Certamente deve ser baseado em algum princípio diferente da lei o fato de Deus poder justificar o ímpio. Não àquele que pratica, mas ao que crê.

Charles Stanley. Fonte: http://www.scribd.com/doc/104720029/Vida-Atraves-Da-Morte

domingo, 9 de setembro de 2012

A "Sabedoria" do Homem

Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo. 
João 16:33

Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.
Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, E aniquilarei a inteligência dos inteligentes.
Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?
Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a  Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.
Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria;
Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.
Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus
1 Coríntios 1:18-24 


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"E era toda a terra de uma mesma língua, e de uma mesma fala. E aconteceu que, partindo eles do oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali... E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra." Gênesis 11: 1-4

O coração humano procura sempre um nome, uma parte, e um centro na terra. Nada sabe dos desejos quanto ao céu, do Deus do céu ou da glória do céu. Deixado entregue a si, encontrará sempre os seus fins neste mundo; edificará sempre "abaixo dos céus". São precisos a chamada de Deus, a revelação de Deus e o poder de Deus, para elevar o coração do homem acima deste mundo, pois o homem é uma criatura rasteira — alienado do céu, e ligado à terra. No quadro que agora temos perante nós não há reconhecimento de Deus, nem um olhar para cima nem esperança n'Ele; nem tão-pouco se tratou de pensamento do coração humano para fazer um lugar no qual Deus pudesse habitar — juntar materiais para a construção de um lugar para Ele. O Seu nome nunca é mencionado. Fazer um nome para si próprio, foi o objetivo do homem na planície de Sinar; e tal tem sido o seu objetivo desde então.

Quer contemplemos o homem na planície de Sinar ou nos bancos do Tigre, vemos que ele é sempre na mesma criatura, independente, orgulhoso, e sem Deus. Existe uma consistência melancólica em todos os seus propósitos, nos seus princípios e caminhos; procura sempre pôr Deus de parte e exaltar-se a si próprio.

Gênesis 11

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/11 ou http://www.youversion.com/pt-BR/bible/gen.11.arc_1-pt

Gn 11:1-9 Ligue estes versículos ao parágrafo acima. A palavra "Babilônia" nas Escrituras é também uma figura da corrupção idólatra. Israel foi levado cativo para a Babilônia porque desobedeceu a Deus e se tornou idólatra. O crente que brinca com o mundo perderá seu poder e se tornará cativo de Satanás. No dia da tribulação haverá uma corrupção idólatra que se manifestará até ao máximo logo antes do Senhor vir em poder e destruir tudo. A torre de Babel levou à dispersão do povo. Uma maneira de lembrar o que Babilônia representa é esta - "Egito" é o mundo de onde a "igreja" foi chamada para fora, e "Babilônia" é uma figura do mundo para dentro do qual a "igreja professa" acabou entrando



Gn 11:10-26 Repare como caiu a idade das pessoas. Matusalém viveu 969 anos (5:27), depois Arfaxade após o dilúvio (filho de Sem) - vers. 12-13, viveu 438 anos. Éber (versículos 16-17) viveu 464 anos, a maior idade após o dilúvio. 

Gn 11:20 Após a dispersão de Babel, Reú viveu 239 anos. A vida foi mais uma vez encurtada nos dias de Abraão, pois ele viveu 175 anos (25:7). No Salmo 90:10 Deus determinou 70 anos, e isso não mudou muito desde então. Mas o Senhor Jesus era para ser cortado na metade de Seus dias (Sl 102:24) ou cerca de 33 anos de idade. 

Gn 11:27-32 Abrão (mais tarde seu nome foi trocado para Abraão 17:5) nos é apresentado.


Norman Berry. Fonte: http://chaday.blogspot.com.br/2006/03/genesis-11.html ou http://www.stories.org.br/gn_p.html

Gênesis 10

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/10 ou http://www.youversion.com/pt-BR/bible/gen.10.arc_1-pt

A história dos três filhos de Noé. Realmente, o mundo todo está hoje dividido a partir destes três filhos. Jafé... o povo Europeu é descendente dele (Também alguns dos povos do Norte da África vieram deste homem). Cão... dele vieram aqueles que agora habitam na África, e alguns do povo conhecido como Árabes. Sem... muitas das nações que vivem no continente da Ásia vieram dele. Os Israelitas estão neste grupo. Às vezes você escuta de pessoas que são contra os Judeus como sendo "anti-Semitas". A palavra "Semita" vem de "Semita"... descendentes de Sem.

Gn 10:8-10 Repare em Ninrod. Seu nome significa "nos rebelaremos". Seu reino era Babel (Babilônia). Ninrod era um caçador. Os dois métodos de Satanás são os que um caçador usa, engano e violência. Ele é uma figura do anticristo que irá liderar a rebelião contra o Senhor depois que os crentes tiverem sido arrebatados para o céu.

Em Apocalipse 17 você pode ler do "mistério, Babilônia", representando a última tentativa do homem de organizar um governo mundial.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Gênesis 9

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/9

Você nunca sai da presença de Deus do modo como entra nela!

Gn 9:1-17 Deus faz um novo acordo (chamado de aliança) com os homens. Começa no vigésimo versículo do capítulo 8, e vai até o final do versículo 17 neste capítulo. 

Gn 9:4 Um assunto muito importante. Pela primeira vez Deus dá permissão às pessoas para comerem a carne dos animais. Repare nesta afirmação... a vida da carne está no sangue. (Veja Lv 17:10-14). Eles NÃO deveriam comer o sangue. O corpo é feito de carne e sangue... a vida natural. Mas necessitamos de uma nova vida, uma vida espiritual. Quando Jesus morreu, Seu sangue foi vertido - derramado. Quando Ele ressuscitou de entre os mortos, Ele estava diferente. Ele estava sem sangue. Lc 24:39; 1 Co 15:43-50 e 2 Co 5:17. Se ler com atenção Romanos 6:2 a 12 irá aprender a nossa parte (a parte do crente) em tudo isso. Nós crentes estamos agora em uma nova vida espiritual. É a vida dEle; é vida eterna

Gn 9:11-12 Sempre que você vê o arco-íris, você pode recordar que Deus o colocou ali como Sua indicação (lembrete) de que nunca mais haveria um dilúvio para destruir a terra. Mas você pode também ser lembrado de que o próximo juízo é pior... Deus vai queimar a terra (2 Pd 3:6-7,10,12). 

Gn 9:19-29 As pessoas não melhoraram. Noé cai agora em pecado. A raça humana começa a descambar mais uma vez pelo caminho da corrupção global.

Gênesis 8

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/8

"Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude." (2 Pd 1:3)

Gn 8:1-14 Deus não se esquece de Sua família na arca, e cuidadosamente nos conta vários detalhes interessantes. Deus faz um novo começo com a raça humana.

Gn 8:15-22 Mais uma vez, é um belo começo. Noé edifica um altar para Deus e oferece ofertas queimadas. Repare que isso é com os animais limpos... outra figura de Cristo, o Cordeiro de Deus. Veja Ap 5:6.

Gn 8:21 Milhares de anos iriam passar antes que Jesus viesse à terra para morrer, todavia o sacrifício de Noé foi um aroma agradável a Deus da morte de Seu Filho.

Gn 8:22 A promessa de Deus. Nunca falhou. Nunca falhará. 1 Rs 8:56 é algo belo.

O Corvo e a Pomba

(Comentário Gênesis 8)

"E aconteceu que, ao cabo de quarenta dias abriu Noé a janela da arca que tinha feito: e soltou um corvo, que saiu, indo e voltando, até que as águas se secaram de sobre a terra." A ave imunda escapou-se, e achou, sem dúvida, um lugar de repouso em qualquer carcaça flutuante. Não voltou a procurar a arca. Não aconteceu assim com a pomba. "A pomba porém não achou repouso para a planta do seu pé e voltou a ele para a arca... e tornou a enviar a pomba fora da arca. E a pomba voltou a ele sobre a tarde; e eis, arrancada, uma folha de oliveira no seu bico." Agradável símbolo da mente regenerada, que no meio de toda a desolação busca e acha o seu repouso e a sua porção em Cristo; e não somente isso, mas que também lança mão do título da herança, e mostra a prova bendita que o julgamento é passado e uma nova terra se apresenta inteiramente à vista. A mente carnal, pelo contrário, pode descansar em qualquer coisa menos em Cristo. Pode alimentar-se de toda a imundície. "A folha de oliveira" não tem encanto para ela. Pode achar tudo que precisa numa cena de morte, e por isso não está ocupada com o pensamento de um novo mundo e as suas glórias; porém, o coração que é ensinado e exercitado pelo Espírito de Deus só pode descansar e regozijar-se naquilo em que Ele descansa e Se regozija. Descansa na Arca da Sua salvação "até aos tempos da restauração de tudo" (At. 3:21). 

Que Jesus seja o lugar de repouso e a porção dos nossos corações, para que não tenhamos que buscá-los num mundo que jaz sob o juízo de Deus. A pomba voltou para Noé, e esperou pelo seu tempo de repouso: e nós devemos encontrar sempre o nosso lugar com Cristo, até ao tempo da Sua exaltação e glória, nos séculos vindouros. Aquele que há-de vir, "certamente virá, não tardará" (Hc 2:3). Tudo quanto precisamos, a este respeito, é de um pouco de paciência. Que Deus dirija os nossos corações no Seu amor, e "na paciência de Cristo".

domingo, 2 de setembro de 2012

Romanos 3

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/rm/3

O assunto do pecado continua. Deus está provando que o pecado está em todos. Todos pecaram (vers. 23) seja Judeu ou Gentio - não há diferença (vers. 22). 

Rm 3:10-18 Tirados de sete diferentes passagens do Antigo Testamento, estes versículos provam que toda a raça humana, em todas as épocas, se apresenta como culpada diante de um Deus santo. (Paulo deve ter lido cuidadosamente o Antigo Testamento). 

Rm 3:21-final Um grande "MAS", e Deus mostra aqui o grande contraste. Ele nos dá uma Pessoa - Seu Filho amado - para nos adquirir de volta - (nos redimir) para Ele. 

Rm 3:9 Todos estão debaixo do pecado, mas o Senhor Jesus foi feito pecado por nós, 2 Co 5:21. Veja também 1 Pd 2:24. Que grande foi o preço para eliminar o pecado!

Norman Berry. Fonte: http://chaday.blogspot.com.br/2006/04/romanos-3.html ou http://www.stories.org.br/chaday/

Justificação e Propiciação

Você não está apenas justificado gratuitamente (com todos os seus pecados perdoados e Deus não vendo mais iniquidade em você), mas você está também redimido pelo precioso sangue de Cristo. Sim, liberto daquela condição de escravidão para todo o sempre. Se aquela grande soma em ouro colocou os escravos de Trinidad-Tobago* em liberdade para sempre, porventura a propiciação infinita de Cristo não poderá nos libertar, nos redimir para sempre? Será que devemos nos permitir qualquer sombra de dúvida? Não; Ele Se entregou por nós -- tudo por gratuito e imerecido favor. Não fizemos nada para nossa redenção; ela foi toda realizada antes mesmo que tivéssemos um desejo ou pensamento sequer de redenção. E agora escutamos as boas novas que são para nós, pobres escravos do pecado; cremos, e ficamos livres para sempre.

Mas devemos inquirir mais de como a justiça de Deus é afetada em tudo isso. "Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no Seu sangue, para demonstrar a Sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da Sua justiça neste tempo presente, para que Ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus." (Rm 3.25,26) Você irá notar que Deus apresentou a propiciação de Cristo para declarar duas coisas. Sua justiça precisava ser revelada nestas duas coisas: em deixar impunes, em indulgência, os pecados que são passados; e em poder ser justo, e o Justificador daquele que tem fé em Jesus.

Cabe aqui alertar nossos leitores de um sério erro que normalmente é cometido com respeito à expressão "pecados dantes cometidos", como se significasse os pecados que foram cometidos até nossa conversão a Deus; como se quisesse dizer que os pecados até nossa conversão teriam sido perdoados, ou remidos, pela propiciação de Cristo; e que Deus seria, por conseguinte, justo, pela morte de Cristo, em perdoar dessa maneira os pecados cometidos antes da conversão. Este erro leva o crente à completa confusão quanto aos pecados que possa vir a cometer depois da conversão; mais ainda, tal ideia deixa o cristão numa posição pior que a do judeu, pois este podia contar com outro dia de expiação, que acontecia a cada ano. Porém, se o sacrifício propiciatório de Cristo valeu somente para nossos pecados, ou expiou nossos pecados, até o dia de nossa conversão, então já não resta remédio para os pecados cometidos depois da conversão. Pois "já não resta mais sacrifício pelos pecados". (Hb 10.26) Quem poderia ser salvo com uma idéia tão finita do sacrifício propiciatório de Cristo? O sacrifício único e infinito teve que valer para todos os pecados de um pecador finito, desde o primeiro até o último.

O que significa, então, esta passagem? Simplesmente isto: Deus passou por cima, em indulgência, dos pecados de todos os crentes antes que Cristo morresse; e agora Ele é o Justificador de todos aqueles que creem, reputando-os por justos como se nunca houvessem pecado. Mas a grande questão era esta: Como Deus poderia ser justo em fazer ambas as coisas? Como poderia isto ser revelado, declarado, e explicado? Se não houvesse resposta a esta pergunta, como poderia qualquer alma ter paz com Deus?

Se todos eram culpados, como poderia Deus ser Justo em passar por cima dos pecados daqueles que creram, sejam judeus ou gentios? E se todos provaram ser culpados agora -- se você foi provado como sendo culpado -- como pode Deus declarar a respeito de você, como fez a respeito de Israel no passado, que Ele não viu, e não vê, iniquidade em você? Certamente Ele não poderia ser justo com base em qualquer coisa que fosse encontrada em nós, ou praticada por nós, sob a lei ou aparte da lei. É aqui que o olhar da fé deve pousar unicamente no sangue de Jesus -- "para propiciação pela fé no Seu sangue". (Rm 3.25) Isto por si só explica e declara a justiça de Deus, tanto no que diz respeito aos pecados dos crentes do passado, como dos nossos agora.


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