domingo, 23 de setembro de 2012

Romanos 5 (Parte 2)


Você reconhece que não se encontra mais em Adão e nem ligado às coisas que pertencem a ele? O ponto de grande importância que você deve enxergar é este: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo". (2 Co 5.17) Que triste erro você estaria cometendo se voltasse, ou se apegasse às coisas velhas -- à lei e à velha natureza -- e viesse a supor que pudesse existir algo capaz de melhorar a velha natureza, ou de justificá-lo estando sob a lei, coisas essas já passadas! Entenda que sua justiça e sua vida são agora completamente novas, e que tudo provém de Deus. E o que provém de Deus deve necessariamente ser perfeito. Assim, estamos perfeita e eternamente justificados no Cristo ressuscitado.

Oh, que favor gratuito e maravilhoso este de Deus! Talvez você pergunte: Então por que a lei foi dada, se o homem não pode ser justificado por ela, ou se ela não pode conceder uma vida justificada? "Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse." (Rm 5.20) Pode ter sido isto o que aconteceu com você em sua experiência passada. A lei pode ter atuado em você com poder destruidor, e quanto mais você se esforçou em guardá-la, mais a ofensa abundou. Quanto você deve ter se esforçado para tornar sua carne santa! E quanto mais se esforçou, mais fracassou. "Mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça." (Rm 5.20) Você crê em Deus acerca disto? Você pode agora mesmo parar com suas obras e descansar no irrestrito e gratuito favor de Deus? "Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse" -- sim, e esta "pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor." (Rm 5.21) Não foi somente a graça que reinou -- isto teria sido indiferença para com o pecado; tampouco foi só a justiça que reinou, pois então o pecador deveria ter sido condenado; mas a graça pela justiça. Sim, ela reina, e reina absoluta para vida eterna.

Porém, se somos constituídos justos por Cristo e em Cristo, totalmente aparte de quaisquer obras que pratiquemos, tendo os pecados perdoados, e o pecado não imputado a nós -- surge então uma questão quanto à justiça prática -- devemos nós continuar na prática do pecado? Os inimigos da graça de Deus sempre levantam esta questão, ou a colocam como uma acusação de que aqueles que aceitam as doutrinas da graça soberana de Deus, insinuam poder viver no pecado para que a graça abunde. Esta é uma acusação tão comum em nossos dias como era a que, naqueles dias, os fariseus lançavam contra o apóstolo. No próximo capítulo (Romanos 6) temos a resposta inspirada a essa calúnia tão usual. Mas descanse assegurado de que nada menos do que a abundante graça pode dar descanso à alma.


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