quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O Amor de Deus

(Comentário Romanos 5)

"E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. "
Romanos 5:3-5

O Espírito Santo nos é dado porque Jesus terminou a obra da redenção; e, estando Ele agora glorificado, somos selados pelo Espírito, e o amor de Deus é derramado em nossos corações. Sendo assim, supor que o Espírito Santo venha a ser dado por causa de nossos esforços, nossa experiência ou devoção própria, é desprezar a perfeita obra de Cristo. No entanto, acontece justamente o contrário; toda essa bendita experiência vem por causa do amor de Deus ser derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.

Suponha que você fosse convidado para jantar com Sua Majestade, a Rainha, e que ela dispenssasse a você toda a atenção e gentileza possíveis; e que, ao invés de você desfrutar daquela gentileza, passasse a expressar, diante dos presentes, o desejo sincero de ter uma rainha, e uma rainha que lhe demonstrasse gentileza. O que ela, ou qualquer outra pessoa, pensaria de uma tal conduta? Só pessoas cegas e surdas poderiam cometer um engano assim. Não há dúvida de que aqueles que conhecessem melhor uma rainha assim, mais leais seriam; e aqueles que sabem que o amor de Deus é derramado em seus corações pelo Espírito Santo que lhes é dado, irão amar a Deus mais ainda, e terão essa bendita experiência por causa daquilo que já receberam dEle.

O que dizer do que é espiritualmente cego e surdo que nada pode perceber do amor de Deus para conosco, ou de como ele é derramado em nossos corações, mas que acaba transformando esta passagem em legalismo, pensando e dizendo que Deus nos amará enquanto nós O amarmos? Que quanto mais amarmos a Deus, mais Ele nos amará?! Tal pensamento encontra-se na raiz de uma grande parcela do vão esforço que é o de buscar santidade no homem. Muitos ficariam surpresos se vissem isto colocado de forma nua e crua. O que você diria de ter que se esforçar para tornar sua carne santa a fim de que Deus pudesse amar você? E não é isto o que milhares de pessoas estão tentando fazer? Será que isto não é repetir, na prática, o velho pensamento de que EU preciso ser santo a fim de que Deus me ame? Certamente que a carne deve ser subjugada, mas não para que Deus me ame, e sim porque Ele me ama. Vamos agora considerar como Ele nos tem amado, e em que estado nos encontrávamos quando Ele nos amou.

"Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios." (Rm 5.6) Será que nossos corações já se renderam a este fato? Nós não éramos apenas culpados, mas não tínhamos forças, éramos incapazes de melhorar. Enquanto estávamos exatamente nessa condição, nos foi demonstrado o amor infinito: Cristo "morreu a seu tempo pelos ímpios". Não existiam outros meios possíveis para Deus justificar o ímpio, senão pelo Seu Filho morrendo pelo ímpio. Sim, é exatamente nisto que o amor de Deus vem resplandecer em nosso favor. "Mas Deus prova o Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores." (Rm 5.8) Será que isto aconteceu sobre o princípio de que quanto mais amamos a Deus, mais Ele nos amará? Poderá haver maior exibição do Seu amor do que esta: "Cristo morreu por nós"? Impossível! No entanto, isso aconteceu quando éramos ainda pecadores.

Oh, pare um pouco e medite no amor de Deus para conosco. Sim, não em um amor nosso para com Deus que pudesse existir primeiro. Não que tenhamos amado a Deus, mas que Ele assim nos amou. Quanto mais isto tomar posse de nossas almas, mais iremos amá-Lo.

Será que você está dizendo que tudo isso é verdade com respeito ao passado, mas que podemos fracassar no futuro, e então Deus deixaria de nos amar? Não, absolutamente; será que após havermos conhecido o amor de Deus, seríamos por fim abandonados à eterna ira? Vamos ouvir a resposta do Espírito Santo para esta questão tão solene. Se Deus dispensou de tal modo o Seu amor para conosco, a ponto de, quando ainda éramos pecadores, Cristo haver morrido por nós, "logo muito mais agora, sendo justificados pelo Seu sangue, seremos por Ele salvos da ira". (Rm 5.9) Preste atenção: "sendo justificados pelo Seu sangue" é algo que nunca muda; não se trata de termos sido justificados uma vez pelo Seu sangue, e precisarmos ser justificados novamente, mas, "sendo justificados" é algo que sempre permanece. Seu sangue é sempre o mesmo diante de Deus, tendo feito expiação por todos os nossos pecados. Não há alteração. Portanto, não apenas somos, como "seremos por Ele salvos da ira". Oh, infinita e preciosa graça!

Charles Stanley. Fonte: http://www.scribd.com/doc/104720029/Vida-Atraves-Da-Morte

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