terça-feira, 11 de setembro de 2012

Romanos 4


Hoje uma outra palavra começa a ser usada com grande destaque, "fé", que significa "crer, acreditar". Mas sempre (no Novo Testamento) relacionada a Deus, ou Cristo ou a coisas espirituais. Os pecadores só podem ser limpos de seus pecados pela fé. Nunca por obras

Rm 4:1 Abraão é apresentado como o maior exemplo de fé. Ele creu em Deus. 

Rm 4:2-8 A fé em Deus é algo totalmente diferente do fazer boas obras. Estas jamais podem salvar uma pessoa. 

Rm 4:9-22 Abraão recebeu, de Deus, promessas de bênção antes que houvesse uma nação Judaica (portanto estas promessas não dependem da lei, mas da fé - de crer em Deus). 

Rm 4:23-25 O mesmo se refere a nós. Somente a fé (crer) na obra de de Cristo salva nossa alma.


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"Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça." (Rm 4.3) Esta é a resposta da Escritura e o princípio sobre o qual um homem pode ser justificado sem as obras da lei. Abraão creu em Deus, e isso (sua ) lhe foi imputado como, e não para, justiça.

Uma grande parcela da compreensão depende do verdadeiro significado da palavra que é traduzida como "imputado" neste capítulo. No original, significa "reconhecido como tal", ou "estimado como tal". O significado não é simplesmente o de "imputado" ou "colocado em conta" de uma pessoa; a palavra que tem este significado é encontrada somente duas vezes no Novo Testamento, em Romanos 5.13: "Mas o pecado não é imputado, não havendo lei". Não é colocado em conta da pessoa como sendo uma transgressão da lei, quando nenhuma lei foi dada para que pudesse assim ser transgredida. Ela é traduzida melhor e mais corretamente em Filemon 18: "Se te fez algum dano, ou te deve alguma coisa, põe isso à minha conta", ou seja, impute isso a mim.

Vamos dar uma ilustração das duas palavras. Uma coisa é quando dizemos que determinada pessoa depositou um certo valor na conta de outra; foi colocado na conta dela. Outra, quando um nobre se casa com uma mulher pobre. Será ela considerada pobre depois disso? Ela não tem um centavo de si mesma, mas é considerada, ou reconhecida como, tão rica quanto seu marido; ela é judicialmente reputada assim, ou reconhecida assim. Abraão creu em Deus, e isso foi reconhecido como justiça. Talvez isto possa ser visto confirmado em Abel. "Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons", etc. (Hb 11.4) Em ambos os casos o princípio da fé é o mesmo. Abel creu em Deus, e trouxe o sacrifício. Abraão creu em Deus. Ambos foram considerados como justos. E isto não sobre o princípio das obras, não sobre o terreno do que Abraão ou Abel eram para Deus, mas Deus imputou-lhes a fé como justiça. "Mas aquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe imputada como justiça." (Rm 4.5)

Outro dia encontrei um homem idoso, com cabelos brancos como a neve, e disse-lhe:

-- Você professou a Cristo, de um modo ou de outro, por muitos anos, e mesmo assim não sabe se tem vida eterna; você não tem certeza se está justificado e, se morrer, não tem a certeza de que vai partir para estar com Cristo.

Seu idoso semblante descaiu; ele respondeu-me:

-- Isto é totalmente verdade.

-- Permita-me, então, que lhe diga a razão disso. Você nunca chegou a ver o ponto de partida de Deus. Você tem se esforçado por todos esses anos, de um modo ou de outro, para ser piedoso, crendo que Deus justifica aquele que é piedoso. Você nunca chegou a crer que Deus justifica o ímpio, e é aí que está o ponto de partida. A piedade virá depois. "Mas aquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça." (Rm 4.5)

-- Eu nunca antes enxerguei a coisa assim -- disse-me o velho homem.

Você já tinha visto isso antes, e crido em Deus que justifica o ímpio? Talvez você tenha estado se esforçando há muito tempo para ocupar o lugar de um homem piedoso diante de Deus pelas ordenanças dos homens, e pelas assim chamadas boas obras, tentando por todos os meios falsificar esta passagem das Escrituras. Sim, com frequência leva-se toda uma vida de fracasso para fazer uma alma chegar a este verdadeiro ponto de partida de graça. Certamente deve ser baseado em algum princípio diferente da lei o fato de Deus poder justificar o ímpio. Não àquele que pratica, mas ao que crê.

Charles Stanley. Fonte: http://www.scribd.com/doc/104720029/Vida-Atraves-Da-Morte

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