domingo, 23 de novembro de 2014

A paciência e graça de Deus em resposta à rejeição

(Comentário Atos 3)

Em Atos 3, o Espírito dirige Seu testemunho às pessoas pela boca de Pedro. Deus ainda agia em paciência para com Seu povo insensato, e com mais do que paciência. Ele age em graça para com eles, como Seu povo, em virtude da morte e intercessão de Cristo... mas infelizmente, seus líderes incrédulos silenciaram a palavra.

A atenção do povo é atraída por um milagre que restaurou a força de um pobre homem coxo, conhecido de todos os que frequentavam o templo; e, enquanto a multidão se aglomerava para contemplá-lo, Pedro prega a Cristo a eles. O Deus de seus pais, disse ele, glorificou a Seu servo Jesus, a quem eles haviam negado, quando Pilatos deveria libertá-lo. Eles haviam negado o Santo e Justo - desejando um assassino, e matando o Príncipe da Vida; mas Deus o ressuscitou dentre os mortos. Em Seu nome, por meio da fé, Pedro curou o impotente homem. A graça podia estimar os atos dos judeus como feitos por ignorância. Aqui vemos o Espírito Santo respondendo à intercessão de Cristo: "Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem!". O grande Rei os perdoa, enviando a mensagem de misericórdia que os chama ao arrependimento. Por isto, Pedro os convida: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor" (Atos 3:19). Pedro prega o arrependimento aos judeus como nação, declarando que, em seu arrependimento, Jesus, que subiu ao Céu, voltaria; e o cumprimento de todas as bençãos ditas pelos profetas deveriam, então, ocorrer. O retorno de Jesus com este objetivo dependia (e ainda depende) do arrependimento dos judeus. Enquanto isto, ele permanece no Céu.

Além disso, Jesus era o profeta anunciado por Moisés, e qualquer que não O ouvisse deveria ser tirado do meio do povo. Sua voz ainda soava em especial graça pela boca de Seus discípulos. Todos os profetas falaram desses dias. Eles, os judeus, eram os filhos dos profetas, os herdeiros naturais das bênçãos que eles haviam anunciado para Israel, assim como das promessas feitas a Abraão, que falavam de uma semente na qual todas as nações seriam abençoadas. A eles, também, como consequência, Deus, tendo enviado Seu Filho Jesus, O enviou para abençoá-los, para que nisso os abençoasse, no apartar, de cada um deles, de suas iniquidades.

J. N. Darby.

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