terça-feira, 19 de novembro de 2013

Princípios Fundamentais Sobre os Quais a Igreja é Edificada (Parte 2)

(Comentário Atos 2)

A Comunhão dos Apóstolos


Volte para Atos 2.42, "E perseveravam... na comunhão [dos apóstolos]". Não apenas na doutrina dos apóstolos, mas também na comunhão dos apóstolos. Existem hoje muitas comunhões neste mundo, mas aqui se trata da comunhão dos apóstolos. De que se trata? Trata-se da comunhão que resulta da associação daqueles que guardam a doutrina dos apóstolos. Em outras palavras, se estiver determinado a observar a doutrina dos apóstolos, você fará isto, e se eu também fizer o mesmo, nos encontraremos juntos. Será algo fundamentado e baseado na doutrina dos apóstolos. Vemos isto acontecendo aqui no versículo 44 deste capítulo: "E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum." Não existe nenhum caminho assinalado nas Escrituras para alguém andar sozinho nas coisas de Deus. Não, e não pense que você está agradando o Senhor quando está andando separado de seus irmãos. Sei que são falhos. Eu sou um deles, e sei que sou uma prova para meus irmãos, mas oh, meus irmãos têm sido tão bons para comigo que busco por graça para seguir adiante com eles.

Partir o Pão


Existe agora um outro ponto: comunhão e partir o pão. Alguns cristãos parecem sentir que existem dois tipos de cristãos no mundo: aqueles que partem o pão e aqueles que não partem o pão. Nunca encontrei tal coisa em minha Bíblia. A não ser quando nos encontramos sob disciplina, partimos o pão. Evidentemente não esperamos que aqueles que se encontram sob disciplina partam o pão. Mas não encontro nas Escrituras que exista uma classe de pessoas que partem o pão, enquanto outras não. Não há tal coisa, mas o normal é que parta o pão, se for um filho de Deus. Este era um dos privilégios da nova posição que tinham como cristãos: este sagrado privilégio que é partir o pão. O Senhor pediu que fizessem isto e eles alegremente atenderam ao pedido. Sei que estamos vivendo dias de enorme confusão, e é difícil você encontrar que caminho trilhar. Estou pronto a admitir isto, mas não se trata de uma desculpa para você seguir adiante sem partir o pão. Você é cristão? Você sabe que seus pecados estão perdoados? Ora, então por que é que você não está lembrando o Senhor no partimento do pão? Trata-se de algo solene. Ele nos pediu que fizéssemos isto. Ele não disse: "Se você quiser, faça assim", ou "se você concordar..." Ele disse "fazei isto". Não disse "vá pregar o evangelho"; não disse "vá ser missionário em outro país", mas "fazei isto em memória de Mim".

Eles perseveravam no partimento do pão; não desistiram. Alguns de nós conhecem crentes que partiram o pão por algum tempo e então pararam de lembrar o Senhor. Quando indagados da razão de terem parado, responderam que ficaram ofendidos por uma razão qualquer. Mas nunca encontrei alguém que tivesse sido ofendido pelo Senhor Jesus Cristo, e todavia foi Ele Quem disse, "Fazei isto em memória de Mim". Por que não podemos ser mais pacientes uns para com os outros? Será que você acha que você particularmente nunca é uma provação para seus irmãos? Será que você não pode encontrar graça suficiente para seguir andando com eles? Você acha que pode se dar por desculpado ao não cumprir o pedido do Senhor só porque alguém feriu seus sentimentos?

Oração


A última coisa que mencionei foi "oração". Ela ocupa um grande lugar nas Escrituras. O Senhor Jesus nos deixou exemplo; Ele era um homem de oração. Quando olhamos para a vida dos apóstolos vemos que também eram homens de oração. Quando Pedro estava na prisão e sua cabeça estava para ser decepada no dia seguinte, os santos de Deus estavam na casa da mãe de João Marcos, de joelhos, para passarem a noite em oração. Não estavam simplesmente repetindo rezas; eles estavam orando fervorosamente. Aquelas orações penetraram na presença de Deus; elas subiram até o trono de Deus, e Deus as ouviu e respondeu de maneira poderosa. Pedro foi gloriosamente libertado. Mas assim que foi libertado e pôde entender o que havia acontecido, seguiu direto para aquele poderoso gerador de sua libertação – aquela pequena reunião de oração em um lar.

Suponha que você estivesse vivendo naquele tempo e soubesse que Pedro estava sendo perseguido e que seria morto. Será que você diria, "Estou cansado hoje; acho que vou ficar em casa hoje à noite. Acho que não vou à reunião de oração"? Então no dia seguinte você escutaria o que aconteceu. Certamente ficaria desapontado; você diria, "Eu gostaria de ter estado ali e orado a Deus por Pedro". Oh, sim, você teria desejado estar naquela reunião de oração. Não despreze a reunião de oração e não a tenha como algo de pouca importância; uma assembléia sem reunião de oração é uma assembléia doente. Graças a Deus hoje é dia de reunião de oração!

Estivemos ocupados com o caminho simples dos santos do Novo Testamento. Será que desejamos, no pouco tempo que nos resta, andar na simplicidade daquele caminho, deixando zelosamente de lado tudo o que seja contrário a ele, que nos faça desviar dele, ou que acrescente alguma coisa a ele? Se estivermos desejosos de seguir por ele, algum dia poderemos ouvir, "Bem está, servo bom e fiel"; não "servo bom e bem sucedido", mas "servo bom e fiel". Que Deus conceda que seja assim.

domingo, 10 de novembro de 2013

Princípios Fundamentais Sobre os Quais a Igreja é Edificada (Parte 1)

(Comentário Atos 2)

Na Palavra de Deus encontramos o pensamento de Deus com referência à igreja de Deus. Lemos em Atos 20 que a igreja é muito querida ao coração de Deus, pois Ele pagou por ela com o sangue do Seu único Filho. Ele zela por essa igreja para que ela possa seguir adiante e permanecer em todos os seus privilégios que lhe foram garantidos na Palavra de Deus pelo Espírito Santo enviado do céu.

A igreja de Deus era algo novo e distinto naqueles dias de Atos. Ela nunca havia sido o objeto de profecia direta, apesar de poder ser encontrada escondida em tipos e sombras desde o primeiro tipo mais importante que aparece na Bíblia, até a vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Mas quanto à sua existência real, a igreja de Deus nunca existiu até aquele dia memorável quando os 120 foram reunidos no cenáculo e o Espírito de Deus desceu e os batizou em um único corpo. A Cabeça ascendida no céu assumiu a responsabilidade de equipar Sua igreja com todos os dons necessários. Ele ainda vive, Ele ainda está na glória, Ele ainda cuida de Sua igreja, Ele ainda concede dons, e Ele ainda cuida de cada indivíduo que faz parte deste corpo.

No Novo Testamento, principalmente em Atos e na epístolas, todos os detalhes foram providenciados especialmente para nós, principalmente os princípios fundamentais sobre os quais a igreja foi edificada, e pelos quais – e para os quais – ela foi formada.

Quem Eram Eles?


Veja o versículo 42 do capítulo 2: "E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações". Diz que eles "perseveravam". Quem eram eles? O novo grupo, aquela companhia de pessoas batizadas com o Espírito de Deus, e batizadas com água para que se identificassem com essa nova posição aqui neste mundo.

Portanto aqui vemos uma companhia de pessoas batizadas; eles haviam recebido a Palavra e foram batizados. Naquele dia em particular, quando Pedro fez sua pregação, três mil almas foram acrescentadas. "E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações." Qualquer grupo de cristãos que rejeite qualquer uma destas quatro coisas não está agindo em conformidade com o plano que Deus tem em mente. Lembre-se: é a igreja dEle, e Ele é Quem decide o caminho, e tanto eu como você só estaremos obedecendo se estivermos seguindo aquilo que é a Palavra de Deus. Uma das características de um cristão é "perseverar".

A Doutrina dos Apóstolos


Qual destas quatro coisas vem primeiro no versículo 42? A doutrina dos apóstolos. Estamos vivendo numa época de superficialidade de pensamento. As pessoas dizem que a doutrina não faz nenhuma diferença, todavia ela faz toda diferença. A doutrina é algo solene, ela tem a preeminência, e você encontra isso repetidamente na Palavra de Deus.

Abra em 1 Timóteo 1, no final do versículo 10: "...e para o que for contrário à sã doutrina". Acaso Deus não se importa com o que você crê? Na mesma epístola, capítulo 4.13, "Persiste em ler, exortar e ensinar [doutrinar], até que eu vá". Acaso não faz diferença em que você crê? Dê atenção à doutrina. Então, no versículo 16, "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem". Você quer ser usado para bênção de outros? Então permaneça na sã doutrina, pois vivemos numa época em que precisamos estar atentos quanto à sã doutrina.

Abra agora em 1 Timóteo 6.3,4: "Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe". De nada vale se vangloriar de possuir um dom, de nada vale ostentar nossas talentosas habilidades, se nossa doutrina não se enquadrar na Palavra de Deus. Nada sabemos aparte da vontade revelada de Deus, como a encontramos na Palavra de Deus.

Em 2 Timóteo 1.13 lemos: "Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e no amor que há em Cristo Jesus". Eu e você não podemos nos permitir fazer experiências com a verdade de Deus. Em 2 João o apóstolo nos alerta: "Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho".

E outra vez, em 2 Timóteo 3.10, "Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência". A doutrina e o modo de viver são duas coisas que andam juntas. O homem irá lhe dizer que não faz nenhuma diferença em que você crê – que o mais importante é o modo de viver. Isto é falso. A doutrina vem primeiro. Você não pode viver certo se não crer certo. Não pense que você pode separar a conduta da doutrina. A única conduta correta que Deus pode contemplar com complacência é a conduta que deseja obedecer à Palavra de Deus revelada. Minha doutrina e minha conduta compõem meu modo de vida.

"Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências.; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas" (2 Tm 4.2-4). É aí que estamos; já atingimos este ponto; não suportarão a sã doutrina.

(Continua... )

domingo, 3 de novembro de 2013

As Objeções de Moisés e os Meios de Deus

De novo devemos deter-nos por uns momentos ao pé do monte Horebe, "detrás do deserto" (um lugar sadio para a mente espiritual) para vermos manifestar-se de uma maneira extraordinária a incredulidade do homem e a graça ilimitada de Deus. 

"Então, respondeu Moisés e disse: Mas eis que me não crerão, nem ouvirão a minha voz, porque dirão: o SENHOR não te apareceu" (versículo 1). Como é difícil vencer a incredulidade do coração do homem, e quão penoso é para ele confiar em Deus! Como o ser humano é vagaroso em confiar em Deus! Como é tardo em se aventurar em qualquer empresa confiando somente nas promessas de Deus! Tudo é bom para a natureza, menos isto. A cana mais fraca para os olhos humanos é considerada pela natureza como infinitamente mais sólida, como base da sua confiança, do que a rocha invisível dos séculos (Is 26:4). A natureza precipitar-se-á sem hesitação para qualquer auxílio humano ou cisterna rota, em vez de se alimentar da fonte das águas vivas (Jr 2:13,17:13).

Nós havíamos de pensar que Moisés tinha ouvido e visto o bastante para pôr fim aos seus receios. O fogo consumidor na sarça que se não consumia; a graça de Deus, com toda a sua condescendência; os títulos preciosos de Deus; a missão divina; a certeza da presença de Deus; todas estas coisas deveriam ter afugentado todo o pensamento de temor e comunicado ao coração uma segurança firme. Contudo, Moisés continua a fazer perguntas, a que Deus continua a responder; e, como já frisamos, cada nova pergunta põe em evidência nova graça. "E o SENHOR disse-lhe: Que é isso na tua mão? E ele disse: Uma vara" (versículo 2).

O Senhor estava disposto a aceitar Moisés tal qual ele era e a servir-se do que ele tinha na mão. A vara, com a qual ele havia conduzido as ovelhas de seu sogro, ia ser usada para libertar o Israel de Deus, para castigar o Egito, para abrir através do mar um caminho do povo remido do Senhor, e para fazer brotar água da rocha a fim de refrescar as hostes sedentas de Israel no deserto. Deus serve-se dos instrumentos mais fracos para realizar os Seus planos mais gloriosos. "Uma vara"; um corno de carneiro (Js 6:5); "um pão de cevada" (Jz 7:13); "uma botija de água" (l Rs 19:6); "uma funda de pastor" (1 Sm 17:50); tudo, em suma, pode servir nas mãos de Deus para cumprir a obra que Ele tem projetado. Os homens imaginam que não se pode chegar a grandes resultados senão por grandes meios; porém não é assim o método de Deus. Ele tanto pode servir-se de "um bicho" como do sol abrasador; de "uma aboboreira" como de um vento calmoso (veja-se Jonas 4).

C. H. Mackintosh. Fonte: http://pt.scribd.com/doc/171983396/2-Notas-Sobre-o-Pentateuco-Exodo-C-H-Mackintosh

sábado, 2 de novembro de 2013

Êxodo 4

A fidelidade na prova e na tentação mostra tanto o poder como a energia de ação do Espírito.

Leia em: http://www.bibliaonline.com.br/acf/ex/4

Êx 4:1-9 Moisés pensa em sua própria fraqueza ao invés de escutar o que Deus acaba de lhe dizer (no capítulo 3). Deus, em misericórdia, faz três coisas para demonstrar Seu poder.

Êx 4:10-17 Ao invés de confiar no Senhor, Moisés continua duvidando e agora perde parte do lugar de privilégio. Deus usa dois homens para fazer uma obra. Nunca deveríamos duvidar do poder de Deus, nem pensar muito de nós mesmos.

Êx 4:24-26 Moisés falha em obedecer e circuncidar seus filhos, aparentemente porque sua esposa não queria que o fizesse. Isso quase custou a vida de Moisés.

Êx 4:27-31 Repare com que rapidez Aarão obedece o Senhor. Moisés faz todos os milagres outra vez.

Êx 4:31 Maravilhosas palavras... eles creram... eles escutaram... os últimos sete verbos nos mostram o resultado final!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Os Dons do Espírito

Alguns dos dons do Espírito foram dados para "sinais", e como tal serviram para confirmar a Palavra para aqueles que eram incrédulos. (Atos 14.3; 1 Coríntios 14.22.) Eles não eram para ser utilizados, mesmo quando alguém os possuía, exceto para edificação. Quando se tratava de falar em línguas, devia-se permanecer em silêncio a menos que alguém pudesse interpretar o que era falado, de forma a edificar a assembléia. (1 Coríntios 14.27,28)

Quanto ao dom de línguas do versículo acima citado, não existe promessa de sua continuação, nem de qualquer um dos outros dons de sinais. (1 Coríntios 12.28-31.) A continuidade é prometida para aqueles dons que expressavam o amor de Cristo para com a igreja. (Efésios 4.11-16)

O dom de línguas servia para demonstrar a unidade de todos os crentes de todas as nações, unidade esta formada por Deus por ocasião da vinda do Espírito. (Atos 2.4-11; 1 Coríntios 12.13) Uma vez que a igreja de Deus falhou de forma tão evidente em expressar exteriormente esta unidade, o dom de línguas, assim como todos os dons de sinais, já não são manifestos em nossos dias. Aqueles que professam possuir estes dons devem ser provados à luz das Escrituras. O dom de línguas na Bíblia não se tratava da manifestação de línguas ininteligíveis, mas línguas bem conhecidas e faladas neste mundo. (Atos 2.8.) Quando se tratava de efetuar curas, ninguém saía desapontado. Todos eram curados. (Atos 5.16.) É bom provar, por estas passagens bíblicas, aqueles que proclamam possuir o dom de línguas e de cura nos dias de hoje. (1 Coríntios 4.19,20.)

Além do mais, "os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas". O Espírito de Deus não força um homem a falar a qualquer hora, ou de qualquer maneira, e quando alguém ministra, seu ministério deve ser objeto de um julgamento espiritual por parte de seus irmãos. Além disso, aqueles que falam devem falar um de cada vez, caso contrário haverá confusão. (1 Coríntios 14.27-33.)

Os dons do Espírito não se tratam de habilidades santificadas, mas de uma verdadeira comunicação daquilo que não era possuído anteriormente, embora colocado em um vaso preparado por Deus para esse uso.

Os dons apresentados em 1 Coríntios 12 eram as várias manifestações do Espírito, ali dispostas por Deus e administradas pelo Senhor, e suas operações eram pelo Espírito. Seu uso devia ser para edificação. (1 Coríntios 14.)

Para a época em que a igreja de Deus se transformou numa "grande casa", a palavra em 1 João 4.1 é: "provai se os espíritos são de Deus". Duas coisas devem caracterizar o verdadeiro ministério pelo Espírito: primeiro, deve haver a confissão da verdadeira Deidade e Humanidade de Jesus Cristo; segundo, deve haver submissão à doutrina dos apóstolos conforme é dada na Palavra. Isto é muito importante. (1 João 4.2,6.)

Todo crente é habitado pelo Espírito, e sabe disso pelo amor de Deus que é derramado em seu coração. (Efésios 1.13; 1 Coríntios 6.19; Romanos 5.5.)

Toda bênção cristã é um dom. Não recebemos essas bênçãos por nossos próprios esforços ou orações. Nós as recebemos quando a fé recebe a Cristo, e crê no evangelho da Sua graça. (Efésios 1.3.) Aqueles que creram no evangelho no dia de Pentecostes, receberam também o dom do Espírito. (Atos 2.38.)

O nosso desfrutar daquilo que temos recebido depende do nosso andar. (Romanos 15.13; Efésios 4.30; 1 Coríntios 2.15.) Andemos cuidadosamente, em oração, submissos à Palavra, e julgando tudo aquilo que possa impedir a ação do bendito Espírito de Deus em nos mostrar as coisas que pertencem a Cristo.

É importante lembrar que as Escrituras são inspiradas pelo Espírito de Deus (2 Pedro 1.21), e que o Espírito nunca guiará alguém por um caminho contrário à Palavra.

domingo, 27 de outubro de 2013

O Batismo do Espírito Santo

(Comentário Atos 2)

O batismo com o Espírito Santo aconteceu no dia de Pentecostes quando todo aquele grupo reunido no andar superior da casa recebeu o Espírito Santo. Naquela ocasião o Espírito Santo "encheu toda a casa" (Atos 2.2), e encheu também cada um dos que estavam na casa. (vers. 4.) 

As "línguas repartidas" demonstravam o propósito de Deus em fazer tanto judeus como gentios um em Cristo, enquanto que o fato de serem "como que de fogo" (figura de um juízo), nos faz lembrar que "a santidade convém à tua casa, Senhor, para sempre". (Salmo 93.5) Isto se tornou evidente no julgamento de Ananias e Safira. (Atos 5) Algo similar ao batismo com o Espírito aconteceu quando os gentios foram publicamente recebidos, em Atos 10.44 e 11.15. É a isso que se refere 1 Coríntios 12.13, quando foi dada a Paulo a revelação da verdade da igreja como sendo o Corpo de Cristo.

Uma vez que a igreja já foi formada, o batismo com o Espírito não se repete em nossos dias. Hoje os crentes são acrescentados, à medida que cada um recebe o Espírito Santo individualmente, como consequência de sua fé em Cristo e na Sua obra. (Efésios 1.13)

É bom frisar que em nossos dias o Espírito não é dado pela imposição de mãos. Além disso, mesmo na igreja primitiva, o Espírito nem sempre foi recebido desta maneira (veja Atos 10.44), mas Deus usou este meio em ocasiões especiais para preservar a igreja dos grupos nacionais independentes entre si. Foi o cumprimento de João 11.52. Podemos ver isto quando os samaritanos foram recebidos. (Atos 8.17) Também quando foi recebido Saulo de Tarso, para que a ele pudesse ser dada a verdade de que os crentes em Cristo são um com Ele e para que Saulo pudesse se identificar com eles. (Atos 9.4,28) Vemos isto novamente quando alguns gentios, que conheciam apenas o batismo de João, foram recebidos. (Atos 19.6). "Há um só corpo e um só Espírito." (Efésios 4.4)

H. E. Hayhoe. Fonte: http://tinyurl.com/mhqor79

terça-feira, 22 de outubro de 2013

O Verdadeiro Lugar de Adoração (Parte 2)

(Leia Parte 1)

Nosso Sumo Sacerdote


Há, porém, uma terceira coisa que é indicada, da qual podemos fazer uma breve menção antes de chamar sua atenção para o resultado final destas benditas verdades, a saber, que temos "um grande sacerdote sobre a casa de Deus". (Hebreus 10.21) E onde está o nosso Sumo Sacerdote? "E assim todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados; mas Este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus, daqui em diante esperando até que os Seus inimigos sejam postos por escabelo de Seus pés. Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados." (Hebreus 10.11-14) Aprendemos assim que nosso Sumo Sacerdote está sentado à direita de Deus e que essa posição é devida ao fato de Sua obra sacrificial ter sido consumada. Daí em diante a Sua presença no Céu é um testemunho e uma prova da perpétua eficácia de Sua obra, e consequentemente um estímulo permanente para encorajar o Seu povo a entrar ousadamente no santo dos santos - para além do véu já rasgado.

Convidados a Entrar


Tais são os três imensos fatos - o sangue de Jesus, o véu rasgado, e o Sumo Sacerdote sobre a casa de Deus - para os quais o Espírito Santo dirige a nossa atenção antes de nos exortar a nos achegarmos "com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa" (Hebreus 10.22). E o lugar ao qual somos convidados a nos achegar, ou no qual devemos entrar, é o mais santo - o santo dos santos. É o lugar que foi representado como um tipo pelo santo dos santos que existia no tabernáculo no deserto, o lugar no qual Cristo, nosso Representante e nosso Precursor, já entrou (Hebreus 4.14; 6.19,20). Portanto, nosso lugar de adoração está na imediata presença de Deus, no próprio lugar onde Cristo ministra a nosso favor como Sumo Sacerdote.

É verdade que ainda nos encontramos aqui neste mundo como estrangeiros e peregrinos, quando se trata da questão do sacerdócio. Mas este mundo nunca pode ser o lugar de nossa adoração, pois temos "ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus", e é somente ali que nossa adoração pode ser oferecida e aceita por Deus. Se eu quisesse render uma homenagem ao Rei, teria de fazê-lo diante do trono real para que fosse recebido. Quanto mais se desejo adorar a Deus! Devo fazê-lo no lugar onde Ele está assentado no Seu trono, e onde posso entrar com este propósito graças ao direito que Ele me deu para sempre poder fazê-lo, por Sua inefável graça, por meio do precioso sangue de Cristo. Portanto é lá nas alturas, para além do véu rasgado, na Sua própria presença, e em nenhum outro lugar, que o Seu povo deve adorar. E que maravilhoso privilégio é este; que graça inexprimível Ele nos concedeu, que desfrutássemos de constante liberdade de acesso diante dEle, para ali nos prostrarmos em adoração e louvor!

No sangue de Cristo, eis-nos lavados;
Além do véu, tão santo lugar!
Diante do trono caímos prostrados,
Para, Ó Deus! a Ti adorar!

Com esta verdade claramente diante de nós, tenho certeza de que você poderá perceber que se falarmos de um lugar de adoração aqui neste mundo, estaremos obscurecendo o ensino das Escrituras, além de estarmos privando a nós mesmos de nossos privilégios. 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

"Este é meu Nome Eternamente"

(Comentário Êxodo 3)

"E disse Deus mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O SENHOR, O DEUS de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque; e o Deus de Jacó, me enviou a vós: este é meu nome eternamente, e este é meu memorial de geração em geração."  (v. 15)

Esta declaração encerra uma verdade muito importante — uma verdade que muitos crentes professos parece terem esquecido, a saber: que a relação de Deus com Israel é eterna. Ele é tanto o Deus de Israel agora como o era quando os visitou na terra do Egito. Além disso, Ele ocupa-Se com Israel agora tanto como então, se bem que de um modo diferente. A Sua Palavra é clara e explícita: "este é meu nome eternamente". Não diz "este é meu nome por um tempo, tanto tempo quanto eles continuarem a ser o que devem ser". Não; mas "este é meu nome eternamente, e este é meu memorial de geração em geração"

Que o leitor pondere isto. "Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu" (Rm 11:2). Obedientes ou desobedientes, unidos ou dispersos, manifestos perante as nações ou escondidos da sua vista, são ainda o Seu povo. São o Seu povo e o Senhor é o seu Deus. A declaração do versículo 15 do capítulo 3 de Êxodo é irrefutável. A igreja professa não pode justificar-se de ignorar uma relação que Deus diz deve durar eternamente. Tenhamos cuidado como empregamos a palavra "eternamente". Se dissermos que não significa eternamente, quando aplicada a respeito de Israel, que provas temos de que quer dizer eternamente quando aplicada a nosso respeitou? Deus quer dizer aquilo que diz; e em breve mostrará aos olhos de toda a terra que a Sua relação com Israel sobrevirá todas as resoluções do tempo. "Porque os dons e avocação de Deus são sem arrependimento" (Rm 11:29). Quando o Senhor disse "este é meu nome eternamente" falou em sentido absoluto. "EU SOU" declarou que é o Deus de Israel para sempre, e os gentios serão obrigados a compreender esta verdade e a inclinarem-se perante ela, assim como a reconhecer que todos os desígnios providenciais de Deus a seu respeito bem como o seu próprio destino estão ligados de um modo ou de outro com esse povo favorecido e honrado, ainda que julgado e disperso agora. 

"Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando dividia os filhos de Adão uns dos outros, pôs os termos dos povos, conforme o número dos filhos de Israel. Porque a porção do SENHOR é o seu povo; Jacó é a parte da sua herança" (Dt 32:8-9). Isto deixou de ser verdade? O Senhor perdeu a Sua "porção" e largou "a parte da sua herança"? A Sua vista de terno amor já não está fixada sobre as tribos dispersas de Israel, há muito tempo perdidas para a visão humana? Os muros de Jerusalém já não estão perante Ele? Ou deixou o seu pó de ser precioso aos Seus olhos? Para responder a estas interrogações seria preciso citar uma grande parte do Velho Testemunho e uma parte não menor do Novo, mas este não é o lugar para examinar pormenorizadamente um tal assunto. Quero apenas dizer, em conclusão deste capítulo, que a Cristandade não deve ser ignorante "Certo sim! este segredo... que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. E, assim, todo o Israel será salvo" (Rm 11:25-26).

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Atos 2 (Parte 2)

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/atos/2

At 2:5-13 Muitas pessoas de diferentes raças e idiomas (línguas) que estavam em Jerusalém escutaram os apóstolos falarem miraculosamente nestas línguas estrangeiras das "grandezas de Deus". O evangelho podia assim alcançar rapidamente muitas línguas e nações. A Igreja de Deus na Terra foi formada nesse dia. Trata-se da data de nascimento da igreja (1 Co 12:12-13). Todos os crentes em Cristo foram formados em "um corpo". Deus gostaria que demonstrássemos essa unidade hoje.

At 2:14-40 Pedro prega que Jesus de Nazaré era agora Senhor e Cristo - vers. 36. Ele confronta abertamente uma grande multidão, pelo menos 3.000 (vers. 41), e simplesmente expõe os fatos; a morte de Cristo e Sua ascensão à glória, usando constantemente as Escrituras do Antigo Testamento.

At 2:41-47 Que mudança aconteceu na vida dessas 3.000 almas. Note 17 coisas sobre estes crentes. Você pode encontrar todas elas? Estes são os gozos e privilégios que você pode ter hoje.

A Descida do Espírito Santo

(Comentário Atos 2)

O tempo determinado chegara. A redenção tinha sido cumprida, Deus tinha sido glorificado - Cristo estava à destra do Pai no céu, e o Espírito Santo descera à terra. Deus inaugura a igreja e o faz de maneira condizente com Sua sabedoria, poder e glória. Um poderoso milagre foi realizado, um sinal exterior foi dado. O grande evento é registrado como segue abaixo.

Atos 2. “E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; e de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” É bom fazermos uma pausa aqui para percebermos algumas coisas relacionadas à descida do Espírito Santo e à demonstração de Seu poder nesse importante dia.

Em primeiro lugar houve a consumação da promessa do Pai; o próprio Espírito Santo foi enviado dos céus. Essa era a grande verdade de Pentecostes. Ele veio do alto para habitar na igreja - o lugar preparado para Ele pela aspersão do sangue do Jesus Cristo. Houve também o cumprimento da palavra do Senhor aos apóstolos: “Vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (Atos 1:5). Os discípulos não tinham a menor ideia do significado dessa palavra, mas o fato estava consumado. A revelação total da doutrina de “um só corpo” aguardava os ensinamentos de Paulo. “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito” (1 Coríntios 12:13).

Porém, além dos vários dons concedidos para o serviço do Senhor, temos algo mais bendito da perspectiva pessoal e inteiramente novo sobre a terra. O próprio Espírito Santo veio para habitar, não apenas na igreja, mas também em cada indivíduo que crê no Senhor Jesus. E, louvado seja o Senhor, que isso é tão verdadeiro hoje como foi no primeiro dia. Ele habita agora em cada crente que descansa na obra consumada de Cristo. Tendo em mente esse dia, o Senhor disse: “Vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós” (João 14:17). Esses dois grandes aspectos da presença do Espírito foram cumpridos na íntegra no dia de Pentecostes. Ele veio habitar em cada cristão e na igreja, e agora - gloriosa verdade — sabemos que Deus não apenas é por nós, mas em nós e conosco.

Quando “Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude” (Atos 10:38), Este apareceu em forma de pomba - belo emblema da pureza imaculada, da bondade e da humildade de Jesus. Ele não fazia ouvir Sua voz nas ruas, ou esmagava a cana quebrada, nem apagava o pavio que fumega (Isaías 42:3). Mas no caso dos discípulos que esperavam em Jerusalém, o que aconteceu foi totalmente diferente. O Espírito desceu como línguas de fogo e pousou sobre cada um. Isso foi característico. Foi uma demonstração do poder de Deus, não apenas para Israel, mas um prenúncio para todas as nações da terra. A Palavra de Deus também julgou tudo o que ocorreu antes disso - as línguas eram de fogo. O julgamento de Deus em relação ao homem por causa do pecado foi judicialmente expresso na cruz, e agora esse solene fato se tornará conhecido por toda a parte, devido ao poder do Espírito Santo. No entanto, a graça reina - reina através da justiça, da vida eterna por Cristo Jesus. O perdão é proclamado para o culpado, a salvação para o perdido, a paz para o atribulado, o descanso para o cansado. Todos os que creem são, e sempre serão abençoados no e com o ressurreto e glorificado Cristo.

A surpresa e a consternação do Sinédrio e do povo judeu, sem dúvida foram enormes com o reaparecimento, em tal poder, dos seguidores do Jesus crucificado. Eles haviam concluído que, agora que o Mestre estava morto, os discípulos não iriam fazer mais nada. A maioria daqueles homens eram pessoas simples, sem educação. Mas como o povo deve ter ficado espantado ao ouvir esses homens modestos pregando ousadamente nas ruas de Jerusalém, e convertendo milhares a um relacionamento vivo com Jesus! Mesmo sob o ponto de vista histórico, essa cena é cheia do mais emocionante interesse, e não encontra nenhum paralelo nos anais do tempo.

Jesus fora crucificado e, segundo a opinião popular, Suas declarações de que Ele era o Messias tinham sido sepultadas junto com Seu corpo. Os soldados que guardavam Seu sepulcro foram subornados para espalhar um falso testemunho acerca de Sua ressurreição; a excitação das pessoas já tinha passado; a cidade e a adoração no templo haviam retornado ao ritmo normal, como se nada tivesse acontecido. Porém, da parte de Deus, as coisas não seriam silenciosamente ignoradas. Ele esperava o tempo determinado para defender Seu Filho, e fazer isso no mesmo lugar de Sua humilhação. Isso ocorreu de manhã cedo no dia de Pentecostes. Repentina e inesperadamente, Seus dispersos discípulos reapareceram com um miraculoso poder. Ousadamente acusaram os líderes e o povo pela prisão, julgamento e crucificação de Jesus e afirmaram com todas as letras que estes haviam assassinado o Messias prometido, mas que Deus O levantou para ser Príncipe e Salvador, assentando-O à Sua destra no céu. “Onde o pecado abundou, superabundou a graça” (Romanos 5:20).

Podemos dizer que a sentença sobre Babel foi o reverso desse maravilhoso dia. Através de diferentes línguas, as quais os homens receberam como condenação pela justa ira de Deus, a salvação foi proclamada. Essa poderosa e miraculosa obra divina atraiu a multidão. Todos estão assombrados, especulando o que seria aquela estranha cena. Cada um, na língua própria de seu país de origem, ouvia dos lábios de galileus iletrados as maravilhosas obras de Deus. Os judeus que moravam em Jerusalém, não entendendo as línguas estrangeiras, zombavam deles. Então Pedro se levantou e explicou em sua própria língua, provando com as Escrituras o verdadeiro caráter do que acontecia.

A. Miller. Fonte: http://tinyurl.com/o4nmum7

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

No Deserto

(Comentário Êxodo 3)

"E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe" (versículo 1). Aqui temos, pois, uma mudança admirável na vida de Moisés. Lemos em Gênesis, capítulo 46:34, que "todo o pastor de ovelhas é abominação para os egípcios" e no entanto, Moisés, que era "instruído em toda a ciência dos egípcios", é transferido da corte do Egito para trás do deserto para apascentar um rebanho de ovelhas e preparar-se para o serviço de Deus. Seguramente isto não "é o costume dos homens" (2 Sm 7:19) nem o curso natural das coisas: é um caminho incompreensível para a carne e o sangue. Nós havíamos de pensar que a educação de Moisés estava terminada logo que se tornou mestre de toda a sabedoria do Egito, gozando ao mesmo tempo das vantagens que oferece a este respeito a vida de uma corte. Poderíamos supor que um homem tão privilegiado havia de ter não apenas uma instrução sólida e extensa mas também uma distinção tal em suas ações que o tornariam apto para cumprir toda a espécie de serviço. Porém, ver um tal homem, tão bem dotado e instruído, ser chamado a abandonar a sua elevada posição para ir apascentar ovelhas atrás do deserto, e qualquer coisa incompreensível para o homem, qualquer coisa que humilha até ao pó o seu orgulho e a sua glória, mostrando que as vantagens humanas são de pouco valor diante de Deus; mais ainda, que são "como esterco", não somente aos olhos do Senhor, mas aos olhos de todos aqueles que têm sido ensinados na Sua escola (Fp. 3:8).

Existe uma diferença enorme entre o ensino humano e o divino. Aquele tem por fim cultivar e exaltar a natureza; este começa por a "secar" e a pôr de lado. "Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1 Co 2:14). Podeis esforçar-vos por educar o homem natural tanto quanto puderdes, sem que jamais consigais fazer dele um homem espiritual. "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito" (Jo 3:6). Se alguma vez um "homem natural" educado pôde esperar ter êxito no serviço de Deus, esse tal foi Moisés: ele era "instruído... e poderoso em suas palavras e obras" (At 7:22); e todavia teve que aprender alguma coisa "atrás do deserto" que as escolas do Egito nunca lhe haviam ensinado. Paulo aprendeu muito mais na Arábia do que jamais havia aprendido aos pés de Gamaliel (¹). Ninguém pode ensinar como Deus; e é necessário que todos aqueles que querem aprender d'Ele estejam a sós com Ele. Foi no deserto que Moisés aprendeu as lições mais preciosas, mais profundas, mais poderosas e mais duráveis; e é ali que devem encontrar-se todos os que queiram ser formados para o ministério.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Êxodo 3

O Espírito Santo não reúne crentes em torno de meras opiniões (por mais verdadeiras que sejam) mas reúne a CRISTO.


Êx 3:1-6 Mais lições em particular dadas a Moisés. A sarça (arbusto) está queimando, todavia não se consome... uma figura do santo juízo de Deus que ainda não está destruindo.

Êx 3:7-10 Deus vê! Deus escuta! Deus Se importa! Deus promete! O crente deve entender isto em sua vida.

Êx 3:11-12 Moisés pensa em sua própria fraqueza. Deus lhe diz que ele não pode fazer a obra, mas Deus pode.

Êx 3:16-19 Deus dá a Moisés o homem mais velho e responsável de Israel para encorajá-lo. Eles agiriam juntos e o resultado seria a libertação certa de Israel.

Êx 3:13-15 Maravilhosa descrição de Deus. Leia várias vezes. Sua grandeza é irresistível.

N. Berry. Fonte: http://www.stories.org.br/ex_p.html ou http://chaday.blogspot.com.br/

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O Dia de Pentecostes

(Comentário Atos 2 - Parte 1)

A festa judaica de Pentecostes pode ser chamada de o dia do nascimento da igreja cristã. Essa era também a data em que se comemorava a entrega das tábuas da lei a Moisés, no monte Sinai. Aparentemente, judeus não comemoravam esse evento. Cinquenta dias após a ressurreição do Senhor, a igreja foi formada e sua história teve início. Os santos do Antigo Testamento não faziam parte dessa igreja do Novo Testamento. Ela nunca existiu de fato, até o dia de Pentecostes.

Todos os santos, desde o início, tiveram direito à mesma vida eterna, já que todos são filhos do mesmo Deus e Pai, e todos morarão no mesmo céu; mas os santos do Antigo Testamento pertencem a outras dispensações, que aconteceram antes da vinda de Cristo. Nas Escrituras, cada dispensação tem seu início, desenvolvimento, declínio e término e todas terão seu próprio reflexo no céu. Tanto as pessoas quanto as dispensações em que elas viveram serão indistintas lá.

Por isso, em Hebreus 11, ao falar sobre os antigos heróis da fé, o apóstolo diz: “E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa, provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados” (vv. 39-40). Obviamente, se Deus proveu alguma coisa melhor para nós, tem de ser alguma coisa diferente também. Não nos oponhamos própria palavra de Deus. Além disso, em Mateus 16 diz: “Sobre esta pedra edificarei a Minha igreja” (v. 18). E ao mesmo tempo, Ele deu as chaves para Pedro abrir as portas da nova dispensação. Até então, Ele não tinha edificado sua igreja, e as portas do reino não estavam abertas. Mas a diferença entre o antigo e o novo se tornará mais evidente quando falarmos dos grandes eventos do dia de Pentecostes. Vamos começar com os tipos de Levítico 23.

Foi ordenado aos filhos de Israel que levassem ao sacerdote um feixe das primícias da colheita deles, para que ele o movesse diante do Senhor, a fim de que o povo fosse aceito por Deus (vv. 9-11). Acreditamos que esse ritual prenunciava a ressurreição de nosso Senhor, na manha seguinte ao sábado judeu, base da aceitação cristã diante de Deus no Cristo ressurreto. “Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando houverdes entrado na terra, que vos hei de dar, e fizerdes a sua colheita, então trareis um molho das primícias da vossa sega ao sacerdote; e ele moverá o molho perante o Senhor, para que sejais aceitos; no dia seguinte ao sábado o sacerdote o moverá” (veja Mateus 28 e Marcos 16).

A festa de Pentecostes era celebrada sete semanas após o mover dos feixes. A oferta das primícias era considerada o primeiro dia da colheita na Judeia, supostamente no dia de Pentecostes celebrava a colheita final do milho como totalmente realizada. Então eles tinham uma santa convocação. Dois pães, feitos com a farinha da nova colheita, caracterizavam essa festa. Os pães tinham de conter fermento e de serem trazidos de cada casa. Alguns pensam que esses dois pães prefiguravam a convocação para formar a igreja, composta tanto por judeus quanto pelos gentios. Pode ser, mas o que importa aqui é o número. Em Israel eram necessárias duas pessoas para validar um testemunho. O fermento indica, sem dúvida, o pecado que habita dentro do crente e, é claro, na igreja, vista em sua condição temporal.

Juntamente com a oferta movida - belo tipo do ressurreto Cristo puro e santo - eram oferecidos sacrifícios de aroma suave, mas nenhum sacrifício pelo pecado. Já com os dois pães - tipo dos que estão em Cristo - uma oferta pelo pecado se faz necessária, pois o pecado está presente e tem de ser coberto. Embora o perfeito e definitivo sacrifício de Cristo resolvesse totalmente a questão da natureza pecaminosa e dos pecados cometidos ao longo da vida, ainda na prática e na experiência, o pecado habita em nós e habitará enquanto estivermos neste mundo. Todos reconhecem isso, embora nem todos possam compreender a perfeição da obra de Cristo. O cristão foi aperfeiçoado para sempre através de uma única oferta, ainda que tenha de se humilhar e confessar a Deus cada falha.

O significado simbólico de Pentecostes ficou evidenciado de maneira notável na descida do Espírito Santo. Ele desceu para reunir os filhos de Deus que se achavam espalhados (João 11:52). Devido a esse grande evento, o sistema do judaísmo foi colocado de lado, e um novo vaso do testemunho - a igreja de Deus - foi introduzido ao mundo. 

A. Miller. Fonte: http://tinyurl.com/ol75k56

Atos 2 (Parte 1)

Quando confio na bondade do Senhor, posso esperar nEle; quando existe algum problema, devo primeiro sentir qual é a minha parte nele; então verei Sua mão claramente.

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/atos/2

At 2:1-13 A palavra "Pentecostes" significa "quinquagésimo". foi no quinquagésimo dia após a morte do Senhor, que o Espírito Santo desceu à Terra. Sete semanas (7 Sábados) mais um dia, chegando ao Domingo, o dia do Senhor. Trata-se do dia do Cristianismo - o primeiro dia da semana. Cristo é o fim da lei - Gl 2:16-21. Por intermédio da vinda do Espírito Santo à Terra, (o Qual é uma Pessoa distinta) uma grande mudança acontece. Já não é mais no Tabernáculo ou no Templo que Deus habita. O Espírito Santo vive agora no corpo de cada crente. (1 Co 3:16; 2 Co 6:16; 2 Co 5:17) - tudo mudou.

At 2:3 "Repartidas" significa divididas, implicando as muitas línguas faladas. Falar em línguas significa falar claramente e sobriamente em uma outra língua para que aqueles que escutam possam entender. Estes eram pescadores incultos da Galileia. Eles demonstraram o poder de Deus. Hb 2:3-4 nos diz claramente que estes sinais e maravilhas aconteciam no início da pregação do Evangelho da graça de Deus. "De fogo" nos falaria do castigo que os que rejeitam a Cristo deverão receber (veja Jo 16:7-11).

domingo, 29 de setembro de 2013

A Graça de Deus Lembra-se Somente dos Atos da Fé

(Comentário Êxodo 2)

Quando desviamos o olhar do homem e o fixamos sobre o único Servo verdadeiro e perfeito, não o encontramos "olhando a uma e outra banda (lado)" (v. 12), pelo simples motivo que nunca procurou agradar aos homens mas a Deus. Não temia a ira do homem nem cortejava o seu favor. Os Seus lábios nunca se abriram para provocar os aplausos dos homens, nem jamais os fechou para evitar as suas críticas. Por isso, o que dizia e fazia tinha uma santa estabilidade e elevação. Jesus é o único de quem se pôde dizer com verdade, "cujas folhas não caem e tudo quando fizer prosperará" (Sl 1:3). Em tudo que fazia prosperava, porque fazia todas as coisas para Deus. Cada ação, cada palavra, cada movimento, cada olhar, cada pensamento era como um belo cacho de frutos enviados ao alto para refrescar o coração de Deus. Jamais receou pelos resultados da Sua obra, porquanto sempre trabalhou com e para Deus na compreensão plena da sua vontade. A Sua própria vontade, posto que fosse divinamente perfeita, nunca se confundiu com o que, como homem, fazia sobre terra, e assim podia dizer: "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou" (Jo 6:38). Por isso, deu "o seu fruto na estação própria" (Sl 1:3), e fez sempre o que agradava ao Pai (Jo 8:29), e, portanto, nada teve que temer, nem necessidade de arrependimento nem de "olhar a uma e a outra banda (lado)".
Nisto, como em tudo mais, o Mestre bendito forma um contraste notável com os Seus servos mais honrados e destacados. O próprio Moisés "temeu" (versículo 14), e Paulo teve de se arrepender (2 Co 7:8); porém, o Senhor Jesus nunca fez uma coisa nem outra. Jamais se viu forçado a recuar um passo, a arrepender-se duma palavra ou a corrigir um pensamento.

Tudo quanto fez foi absolutamente perfeito. Era tudo fruto dado na estação própria. O curso da Sua vida santa e celestial deslizava adiante sem obstáculos nem deslizes. A sua vontade estava perfeitamente submissa ao Pai. Os melhores homens, e até mesmo os mais dedicados, cometem erros; mas é perfeitamente exato que quando mais, pela graça, nos é dado mortificarmos a nossa vontade, menos erramos. É uma feliz circunstância quando, dum modo geral, a nossa vida é de fé e de dedicação exclusiva a Cristo.

Assim sucedeu com Moisés. Era um homem de fé, um homem que absorveu em alto grau o espírito do seu Mestre e que seguiu com maravilhosa firmeza os Seus passos. É certo que antecipou, como notamos, em quarenta anos o período que Deus destinara para julgar o Egito e libertar Israel; todavia, quando lemos o comentário inspirado do Capítulo 11 de Hebreus nenhuma menção encontramos deste fato. Encontramos somente o princípio divino que, dum modo geral, orientou a sua vida: "Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado; tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa. Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível" (Hb 11:24-27).

Esta passagem apresenta-nos os atos de Moisés de uma maneira cheia de graça. É assim que o Espírito Santo sempre conta a história dos santos do Velho Testamento. Quando descreve a vida dum homem, apresenta-o como ele é, com todas as suas falhas e imperfeições. Mas quando, no Novo Testamento, comenta essa biografia limita-se a dar o princípio que o orientou e o resultado da sua atividade. Por isso, não obstante lermos em Êxodo que Moisés "olhou a uma e a outra banda", e disse; "certamente este negócio foi descoberto", e por fim que "fugiu de diante da face de Faraó", lemos também na epístola aos Hebreus que o que ele fez, fê-lo "pela fé"— não temeu a ira do rei — e ficou firme como vendo o invisível.

Assim acontecerá em breve quando vier o Senhor, "o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor" (1 Co 4:5). Eis aqui uma verdade consoladora e preciosa para toda a alma reta e o coração fiel. O coração pode formar muitos projetos que, por diversas razões, a mão não pode realizar. Todos esses intentos serão manifestados quando o Senhor vier. Bendita seja a graça divina por nos haver dado uma tal certeza! As devoções do coração são muito mais preciosas para Cristo do que as obras mais espaventosas que as mãos possam executar. Estas podem dar algum brilho aos olhos do homem; mas aquelas são devidamente apreciadas pelo coração de Jesus. As obras podem ser assunto de conversação dos homens, mas as afeições são manifestadas diante de Deus e dos Seus anjos. Que todos os servos de Cristo saibam ter os seus corações somente ocupados com Ele e os seus olhos postos na Sua vinda.

sábado, 28 de setembro de 2013

Êxodo 2

O Espírito Santo mantém a Glória de Cristo coletivamente... o Senhorio de Cristo individualmente.

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/ex/2


Ex 2:1 Este homem mostra sua obediência à Palavra de Deus quanto a com quem deveria se casar. Compare Gn 24:3-4 com 2 Co 6:14,17.


Êx 2:2 Hb 11:23 nos fala um pouco mais do que há neste versículo. Deus enxerga dentro do coração.

Êx 2:3-10 Deus coloca as pessoas nos lugares que Ele as quer. Até mesmo um bebê chora no momento exato!

Êx 2:11-14 Moisés tinha um cuidado verdadeiro para com seus irmãos, os Hebreus, mas age de um modo terrível... ele mata o Egípcio. Moisés deve aprender que isto não trará jamais bons resultados.

Êx 2:15-22 Deus está ensinando Moisés a ternura de espírito para com aqueles em dificuldades.

Êx 2:23-25 A dificuldade deles estava levando-os mais perto de Deus e os fazia sentir sua necessidade dEle. As pessoas suspiravam, choravam e gemiam; mas Deus escutava, lembrava, olhava e os tinha em consideração (conhecia a condição deles). Ele sempre escuta quando nós reconhecemos nossa necessidade.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

A Ressurreição e Ascensão de Cristo

(Comentário Atos 1)

Encarnação, Crucificação e Ressurreição são os grandes fatos ou verdades fundamentais da igreja e do cristianismo. A encarnação foi necessária à crucificação e ambas à ressurreição. É uma verdade bendita que Cristo morreu na cruz por nossos pecados, porém, é igualmente verdade que o crente morreu em Sua morte (Romanos 6; Colossenses 2). A vida cristã é vida na ressurreição. A igreja está edificada sobre o Cristo ressurreto. Nenhuma verdade pode ser mais abençoada e maravilhosa que a encarnação e a crucificação, mas a igreja está associada com a ressurreição e glorificação de Cristo.

Em Atos 1 temos um quadro do que está relacionado à ressurreição e ascensão do Senhor; e também com os atos dos apóstolos antes da descida do Espírito Santo. O maravilhoso Senhor ainda fala e age por intermédio do Espírito Santo. Foi “pelo Espírito Santo” que Ele deu ordenanças aos apóstolos que escolhera. Isso é digno de nota por nos ensinar duas coisas:
  1. O caráter de nossa união com Cristo; o Espírito Santo no cristão e no Senhor ressurreto os une um ao outro de maneira extraordinária. “Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito” (1 Coríntios 6:17). Pelo “mesmo Espírito” ambos são unidos.
  2. Esse importante fato chama a atenção para a abençoada verdade de que o Espírito Santo habita e age no cristão, também após este estar efetivamente na ressurreição. Naquele momento, Ele não terá - como tem agora - a carne em nós para combater, mas irá nos conduzir sem qualquer impedimento às glórias do céu — à jubilosa adoração, ao abençoado serviço, e à plenitude da vontade de Deus.
O Senhor ressurreto ordena aos apóstolos a aguardarem em Jerusalém pela “promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (Atos 1:4-5). Não se trata mais de uma questão de promessas temporais a Israel, isso será adiado para um dia futuro. A promessa do Pai em relação ao Espírito Santo era uma coisa inteiramente distinta, e com resultados radicalmente diferentes.

O Senhor falou muitas coisas relativas ao reino de Deus com Seus apóstolos, subiu aos céus e então uma nuvem impediu que eles O vissem. A volta do Senhor também é prenunciada de maneira clara e cristalina nessa mesma ocasião. “E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (Atos 1:9-11). A partir dessas palavras fica evidente que Ele subiu pessoal, visível e corporalmente, e que é dessa mesma forma que Ele deverá vir - Ele aparecerá novamente entre as nuvens, e será manifesto aos povos sobre a terra, pessoal, visível e corporalmente; mas dessa vez com poder e grande glória.

Os apóstolos e discípulos tiveram de aprender duas coisas:
  1. Que Jesus foi tomado desse mundo e levado aos céus.
  2. Que Ele virá novamente. O testemunho deles se baseava sobre esses dois grandes fatos. Jerusalém seria o ponto de partida do ministério apostólico, e para isso teriam de esperar pelo poder de cima. Agora chegamos ao segundo grande evento, e mais importante de todos, que se relaciona à condição humana neste mundo - o dom do Espírito Santo. Já não seria Deus por nós, mas Deus em nós. Isso aconteceu no dia de Pentecostes.

A. Miller. Fonte: http://tinyurl.com/om2b9e6

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Atos 1

Um testemunho unido da verdade de Deus é a maior bênção possível vinda das alturas.


Vimos no livro de Êxodo que tratava-se do livro da "saída do Egito" - assim começaremos hoje o livro "da saída" para a vida Cristã. Enquanto continuamos a alternar entre o Antigo e o Novo Testamento, esperamos mostrar o progresso para a vida do crente. Trata-se de uma ponte (ou transição) entre o Judaísmo, com todas as suas cerimônias, rituais, sacerdotes, etc., e a completa revelação do Cristianismo nas Epístolas. Aqueles que se apegam muito a Atos e negligenciam as Epístolas de Paulo tornam-se ficam sem um equilíbrio em assuntos como batismo, adoração e ordem eclesiástica. Se você ler os capítulos finais de Lucas e os capítulos iniciais de Atos, verá uma ligação estreita entre eles. Os discípulos dos primeiros capítulos de Atos continuavam sem serem habitados pelo Espírito Santo. Este livro nos leva do Judaísmo para o Cristianismo.

At 1:1-14 Os apóstolos ainda esperavam que o Senhor estivesse para restaurar o reino para Israel. Mas o Senhor lhes havia dito que não cabia a eles conhecer o tempo (vers. 7). Mt 24:36 é claro. Ele subiu ao céu. Isto era necessário (Jo 16:7), caso contrário o Espírito Santo não poderia descer. Assim eles esperaram.

At 1:15-26 Os apóstolos sem dúvida haviam lido Sl 109:8 e os versículos adjacentes. Por isso escolheram dois homens, e é possível que tenham colocado seus nomes em uma caixa, tenham tirado um deles e lido que nome estava escrito, assumindo que era esse o homem que Deus queria. Após o Espírito Santo ter descido no dia de Pentecostes, nunca mais lemos de uma ocasião onde este método tivesse sido novamente utilizado. Lembre-se de que o Espírito Santo é uma Pessoa tão individual quanto o Senhor Jesus.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Um Rei que não Conhecia a Deus


"Depois, levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José, o qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito e mais poderoso do que nós. Eia, usemos sabiamente para com ele, para que não se multiplique, e aconteça que, vindo guerra, ele também se ajunte com os nossos inimigos, e peleje contra nós, e suba da terra" (versículos 8-10). Vemos aqui o raciocínio de um coração que nunca aprendera a contar com Deus nos seus cálculos. O coração não-regenerado nunca o pode fazer, e por isso, quando Deus se revela, todos os seus argumentos caem por terra. Fora de Deus, ou independentemente d'Ele, podem parecer muito prudentes, mas logo que Deus aparece em cena, vê-se que são perfeita loucura

Mas porque havemos nós de permitir que as nossas mentes sejam, de qualquer modo, influenciadas por argumentos e cálculos que dependem, para a sua verdade aparente, da exclusão total de Deus? No caso de Faraó verificamos que ele podia julgar corretamente as várias eventualidades dos negócios do seu reino: a multiplicação do povo, as possibilidades de guerra e de os israelitas fazerem causa comum com o inimigo e abandonarem o país. Ele podia pesar todas estas circunstâncias na balança com invulgar sagacidade; mas nunca lhe ocorreu que Deus pudesse ter alguma coisa a ver com o assunto. Este simples pensamento, se alguma vez tivesse ocorrido a Faraó, bastaria para lançar a confusão em todos os seus planos classificando-os como loucura.

Ora é conveniente refletirmos que sucede sempre assim com o raciocínio da mente céptica do homem. Deus é inteiramente excluído; sim, a sua pretendida verdade e solidez dependem dessa exclusão. O aparecimento de Deus em cena dá o golpe mortal em todo o cepticismo e infidelidade. Até ao momento em que o Senhor aparece, podem pavonear-se no palco com maravilhosa demonstração de sabedoria e destreza; porém, assim que o olhar distingue o mais fraco vislumbre do bendito Senhor, são despojados do manto da sua ostentação e revelados em toda a sua nudez e deformidade

Com referência ao rei do Egito, pode dizer-se, com segurança, que errou grandemente, não conhecendo a Deus nem os Seus desígnios imutáveis. Faraó ignorava que, muitos séculos antes, ainda ele estava longe de respirar o fôlego desta vida mortal, a palavra e o juramento de Deus—"duas coisas imutáveis"—haviam assegurado infalivelmente a libertação completa e gloriosa daquele mesmo povo que ele, na sua sabedoria, propunha esmagar. Tudo isto ele desconhecia; e, portanto, todos os seus pensamentos e todos os seus planos baseavam-se sobre a ignorância dessa grande verdade, fundamento de todas as verdades, que é DEUS,. Imaginava, loucamente, que, com a sua sabedoria e poder, poderia impedir o crescimento daqueles acerca dos quais Deus havia dito: "serão como as estrelas dos céus e como a areia que está na praia do mar" (Gn 22:17). Portanto, o seu procedimento não passava de loucura e insensatez.

O pior erro que alguém pode cometer é agir sem contar com Deus. Mais cedo ou mais tarde o pensamento de Deus impor-se-á ao seu espírito e então dá-se a destruição terrível de todos os seus planos e cálculos. Quando muito, tudo quanto é empreendido sem contar com Deus só pode durar o tempo presente. Mas não pode de modo algum alongar-se para a eternidade. Tudo quanto é apenas humano, por muito sólido, brilhante e atraente que possa ser, está destinado a cair nas garras da morte e a abolorecer no silêncio do túmulo. A leiva do vale há-de cobrir as maiores honras e as glórias mais brilhantes do homem (Jó 21:33); a mortalidade está esculpida na sua fronte, e todos os seus projetos são evanescentes.

Pelo contrário, tudo aquilo que está ligado e fundado em Deus permanecerá para sempre. "O seu nome permanecerá eternamente; o seu nome se irá propagando de pais a filhos" (Sl 72:17).

Êxodo 1

Não contamos agora com o privilégio de ter um apóstolo para guiar nossos pensamentos como acontecia no princípio da igreja... mas nos resta um recurso... o Espírito Santo que habita em nós.

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/ex/1

Agora passamos para o segundo passo... a saída.

Em Êxodo os filhos de Israel foram tirados do Egito por Deus; no livro de Atos (o livro mais ou menos correspondente do Novo Testamento) os filhos de Deus (crentes) são tirados da religião daqueles dias, o Judaísmo. "Êxodo" significa "saída". Deus sempre leva para fora antes de levar para dentro. Um crente não pode cometer erro maior do que achar que pode entender os pensamentos de Deus com sua mente natural. Devemos colocar para fora de nossa vida, em primeiro lugar, as coisas que sabemos não agradar a Deus. Leia Is 1:16,17 três vezes. Portanto hoje começamos o Livro da "saída".


Êx 1:1-6 Uma lista de todas as famílias a serem tiradas. Para o crente hoje, Deus conhece todos os que serão salvos. (At 15:16-18), nossos nomes estão escritos em Seu livro da vida (Ap 20:15), e fomos escolhidos antes da criação da Terra (Ef 1:4).

Êx 1:7-14 O inimigo é o rei do Egito. O inimigo de nossas almas é Satanás - e aqueles que ele usa. As tribulações fizeram o povo entender que estavam em terreno inimigo. Assim fazem nossas tribulações. Este não é o lugar para nos estabelecermos.

Êx 1:16-22 O homicídio está no coração de Faraó (como Satanás - Jo 8:44). Assim também a situação de Israel enquanto estava no Egito é uma figura do crente - a sentença de morte estava sobre nós - mas fomos libertados por Deus. Foi Deus Quem conservou em vida os bebês, embora aquelas que Ele usou (parteiras) não se comportaram como deviam no que se refere à honestidade. - 2 Co 4:7. A pessoa que o Senhor pode usar nunca é perfeita. Apenas Cristo é perfeito.

N. Berry. Fonte: http://www.stories.org.br/ex_p.html ou http://chaday.blogspot.com.br/

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Gênesis 50

A única maneira do mundo poder ver Cristo é em Seu povo, enquanto andam em comunhão com Ele.


Gn 50:1 Que terno amor José demonstra para com seu pai.

Gn 50:2-13 Um dos grandes funerais das Escrituras. Jacó é sepultado ao lado de Abraão e Sara, Isaque e Rebeca e da primeira esposa de Jacó, Lia (49:31). Ali, hoje, em Hebrom, seus corpos aguardam pela ressurreição quando nós, juntamente com eles, iremos ouvir a bendita voz do Senhor Jesus - 1 Ts 4:16-17.

Gn 50:14-26 Quando Jacó morre, os irmãos de José ficam com medo que ele se vingue neles. Em outras palavras, pensavam em Jacó como sendo o protetor deles, mais do que José. Haviam desfrutado do amor, proteção e provisão de comida vinda de José por 17 anos e agora têm medo dele! Mas tudo isso é muito parecido conosco. O coração de cada crente logo fica com dúvidas acerca do imutável amor de Deus. Não há nada além de amor para nós. Toda a ira de Deus acerca de cada pecado que cometemos em toda a nossa vida foi descarregada sobre o Senhor Jesus. Simplesmente não sobrou nenhuma ira. Não sobrou nada além de amor! E cada ato dEle para conosco (mesmo as dificuldades) é um ato de amor - Hb 12:5-13.

Gn 50:22-26 Lindo final. A fé de José o leva muito além do caixão no Egito. Ela alcança um dia melhor. Um dia eterno. "Deus certamente vos visitará!" Assim ele dá ordens a respeito de seus ossos. Que estes também deveriam ser levados de volta à terra (e foram - veja Js 24:32, Ex 13:19, Hb 11:22).

Na última referência vemos o valor dado por Deus à fé de José. O Egito só podia dar um caixão. Este mundo é nosso Egito. Mas podemos agradecer a nosso bendito Senhor Jesus Cristo, pois por Ele podemos dizer, "Certamente vos visitará Deus"!

Gênesis 49

Poucos livros de história mencionam que o Deus Criador em Pessoa veio a este mundo. O que seria de nós se Ele não tivesse vindo!


Ao morrer Jacó abençoa todos os seus filhos, e isto se revela como uma profecia do futuro da nação de Israel. Não podemos tratar de cada bênção dos irmãos individualmente. Vamos olhar para o mais importante - Judá (v. 8-12). Era na tribo de Judá que nasceria o amado Filho de Deus. Pare alguns minutos para ler algumas referências a este Bendito nas escrituras do Antigo Testamento. Sl 60:7, Nm 24:17, Ez 21:27, Zc 6:12-13. E bem no começo da Palavra de Deus - Gn 3:15.

Gn 49:10 A parte final do versículo se refere a nós, Gentios. Somos nós os povos.

Gn 49:22-26 José é outra figura de Cristo em Sua majestade e glória.

Gn 49:27 Benjamim é uma figura de Cristo em poder, em um dia futuro quando Ele irá reinar em poder sobre esta terra, mas particularmente sobre Israel.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

A Descida para o Egito e a Morte de Jacó

(Comentário Gênesis 46 a 50)

O fim da carreira de Jacó encontra-se em agradável contraste com todas as cenas da sua história. Faz-nos lembrar uma tarde serena, depois de um dia tempestuoso: o sol, que durante o dia esteve oculto da vista por neblinas, nuvens, e nevoeiros, põem-se em majestade e brilho, dourando com os seus raios o céu ocidental, e mostrando a perspectiva agradável de uma manhã clara. Assim acontece com o nosso velho patriarca. A superioridade, a avidez, a astúcia, a atividade, os expedientes, a chicana, os temores egoístas — todas essas nuvens carregadas da natureza e da terra parece terem passado, e ele manifesta-se em toda a calma elevada da fé, para dar bênçãos e transmitir dignidades, naquela santa habilidade que só a comunhão com Deus pode conceder. 

No capítulo 48:11 temos um lindo exemplo do modo como o nosso Deus sempre Se eleva acima de todos os nossos pensamentos, e Se mostra melhor do que todos os nossos temores. "E Israel disse a José: Eu não cuidara ver o teu rosto; e eis que Deus me fez ver a tua semente também"

À vista da natureza, José estava morto; enquanto que para Deus ele estava vivo e sentado no lugar de mais elevada autoridade, a seguir ao trono. "As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam" (1 Co 2:9). Permita Deus que as nossas almas possam elevar-se na compreensão de Deus e dos Seus caminhos. 

É interessante notar o modo como os títulos "Jacó" e "Israel" são introduzidos no fim do livro do Gênesis; como por exemplo, "E um deu parte a Jacó e disse: Eis que José, teu filho, vem a ti. E esforçou-se Israel e assentou-se sobre a cama" (capítulo 48:2). Então acrescenta-se imediatamente: "E Jacó disse a José: O Deus Todo-Poderoso me apareceu em Luz". Ora nós sabemos que nada há na Sagrada Escritura sem o seu significado específico, e por isso esta troca de nomes encerra alguma instrução. Em geral, pode observar-se que "Jacó" mostra a profundidade até onde Deus desceu; e "Israel" a altura a que Jacó foi elevado. 

Embora os olhos estejam obscurecidos, a visão da fé é penetrante. Ele não vai ser enganado quanto à posição destinada a Efraim e Manassés nos desígnios de Deus. Não tem que estremecer, como seu pai Isaque, em capítulo 27:33, "estremeceu de um estremecimento muito grande", em face de um erro quase fatal. Antes pelo contrário. A sua resposta ao filho menos instruído é, "eu sei meu filho, eu sei". O poder de senso não tem, como no caso de Isaque, obscurecido a sua visão espiritual. Aprendera na escola da experiência a importância de se manter agarrado aos propósitos divinos, e a influência da natureza não pode afastá-lo deles.

Gênesis 48


A Palavra revela Cristo como Aquele que fez toda a obra e Aquele que merece toda a glória.

As 12 tribos de Israel eram as famílias dos 12 filhos de Jacó. Mas não havia uma tribo de José! Todavia algo melhor aconteceu. Os dois filhos de José foram elevados a esta honra. Naqueles dias o filho mais velho recebia o dobro dos outros (Dt 21:17). Mas José não era o filho mais velho! Abra em 1 Cr 5:1 e você verá que José recebeu a primogenitura e o por quê disso! Assim ele recebeu porção dobrada. Leia também Ez 47:13. Adão foi como o primogênito, mas por haver pecado, perdeu a bênção. O Senhor Jesus (sendo como o segundo - 1 Co 15:47) recebeu a porção dobrada... a igreja, Sua esposa, composta de dois povos, os Judeus crentes e os Gentios crentes.

Gn 48:1-4 Uma bênção especial para José.

Gn 48:5-22 Os dois filhos de José. Jacó sabia melhor que José o que Deus queria. Mesmo Jacó sendo cego, ele podia enxergar melhor! Às vezes quando somos mais cegos para as coisas deste mundo, vemos melhor as coisas de Deus (2 Co 4:18). O filho mais jovem é elevado acima de seu irmão mais velho. (Mais uma vez como Adão e Cristo).

Gn 48:15-16 Que final feliz para a longa vida de Jacó, e que bela coisa para se dizer do cuidado de Deus para com ele.

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