sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Mortos para o Pecado


"Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?" (Rm 6.2) O que é que isto significa, "nós, que estamos mortos para o pecado"? Será que você responderá que são aqueles que atingiram a perfeição? Acaso existe aqui algum pensamento desse tipo? De maneira nenhuma. Para mostrar com que segurança isto se aplica a todos os cristãos, o apóstolo diz: "Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte? De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida". (Rm 6.3,4) Ele é cuidadoso em demonstrar que este princípio de libertação do pecado por meio da morte se aplica a todos os que foram verdadeiramente batizados na morte de Cristo. Nada poderia ser mais claro, e, no entanto, nada é menos conhecido. No entanto é algo que deveria ser bem entendido, pois o apóstolo diz: "Não sabeis?"

Você entende esta grande verdade prática da libertação do pecado? Será que você diz, como se expressou um conhecido professor há alguns dias, que "somos todos pecadores e inadequados para o céu; devemos, portanto, procurar de todos os modos melhorar nossa natureza pecaminosa; mas temo que, neste mundo, ela nunca estará preparada para o céu"? Preparada para o céu! Poderia um cadáver estar preparado para o céu? Ele está morto, e é por demais repugnante, tanto para o céu quanto para a terra. Deve ser sepultado. E será que você o sepulta para torná-lo, de uma só vez ou aos poucos, algo perfeito? Não passa de uma massa de corrupção; não há vida nele, nem sequer uma partícula, e nem pode haver até que seja revelado o poder de Deus em ressurreição.

Marque bem, então, que a libertação do pecado não é a melhoria do próprio eu, ou da natureza má -- a carne, mas "fomos sepultados com Ele pelo batismo da morte". (Rm 6.4) Não somos batizados para a obra do Espírito em nós, mas para a morte do Senhor, que morreu por nós e ressuscitou. A morte, então, que livra do pecado não é uma morte para o pecado que nós consigamos operar em nós, mas a morte de Cristo na cruz, e nossa identificação com ela -- "sepultados com Ele". E se você prestar atenção, verá que não existe nenhum pensamento acerca de batismo comunicando vida. O batismo é na morte, ou para a morte, e a vida no Cristo ressuscitado está além dela. Pois Cristo não somente morreu, e ficou morto, mas Ele "ressuscitou dos mortos, pela glória do Pai". (Rm 6.4) Quão gloriosa é a nova criação! Cristo, o princípio dessa nova criação, ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai. "Assim andemos nós também em novidade de vida". (Rm 6.4) Não só as coisas velhas já passaram, e tudo se fez novo, como também estamos agora na nova criação pela glória do Pai. "Porque, se fomos plantados juntamente com Ele na semelhança da Sua morte, também o seremos na da Sua ressurreição." (Rm 6.5) O aspecto da ressurreição que há neste assunto nos é apresentado de forma mais completa em Colossenses 2. Mas deixe-nos apenas notar aqui que o batismo na morte é o ponto principal que demonstra aquilo que todos os cristãos deveriam saber -- a verdade da libertação por meio da morte.

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