segunda-feira, 6 de julho de 2015

O Plano de Salvação - O Perdão (Parte 2)

A Culpabilidade dos Povos Idólatras



Para convencer um homem de pecado pode ser ne­cessário um tempo bastante longo. Por isso, o apóstolo começa descrevendo o triste estado dos povos idólatras e depravados (Rm 1:18-32).

A Palavra de Deus os declara culpáveis e indescul­páveis, porque não corresponderam como deviam ao conhecimento do Deus supremo, revelado inicialmente a todos os povos. Não glorificaram a seu Criador e nem Lhe deram graças pela Sua bondade. O que é pior ainda, praticaram a idolatria, honrando e servindo a criatura em lugar dAquele que a criou. Como consequência, ca­íram numa espantosa degradação moral, arruinando a sua alma e corpo. O apóstolo não se preocupa em es­tabelecer sua culpabilidade, antes limita-se a enumerar suas características depravadas. Isso é suficiente para compreender por que a ira de Deus se revela contra eles.


A Culpabilidade dos Homens Cultos



Depois de ter apresentado o caso dos povos que pare­ciam ser mais distantes de Deus, a epístola aos Romanos interessa-se pelos homens que, então, constituíam o grupo mais seleto, todos aqueles que se sentiam em condições de julgar aos outros (Rm 2:1-16). Podiam ser tanto mo­ralistas como gregos versados em filosofia. O apóstolo os interpela nestes termos: "... és indesculpável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas". Eles são declarados "in­desculpáveis", pois sob a bela aparência do ensino moral e do pensamento filosófico, ocultavam-se os quais impuros costumes. Contudo, é necessária uma argumentação bem construída para levá-los à convicção do pecado. Os três fatos em que é apoiada a demonstração do apóstolo tornam impossível qualquer escapatória do juízo de Deus.

Em primeiro lugar, este juízo é "segundo a verdade" (v. 2). Estes homens que condenam aos outros e se consi­deram superiores não enganam a Deus. O juízo divino é segundo a exata verdade. Deus não se apoia na aparência, mas considera o verdadeiro estado moral de cada um e conhece os pensamentos secretos dos homens.


Em segundo lugar, este juízo é "justo" (v. 5): pre­valecerá uma justiça absoluta e inflexível. Não serão julgadas somente as faltas manifestas, mas também o espírito argumentador desses homens e sua rejeição em se submeter à vontade de Deus.


Por último, este juízo é imparcial, porque "para com Deus não há acepção de pessoas" (v. 11). Ele terá em conta a responsabilidade de cada um. Alguns não tiveram mais que a voz de sua consciência para refreá-los, enquanto outros tiveram a seu dispor um vasto conhecimento da lei divina.

Todas estas declarações são suficientes para fechar a boca dos homens mais civilizados e convencê-los de que são culpáveis perante Deus.


A Culpabilidade dos Judeus



A terceira e última categoria de pessoas é claramente designada como sendo a dos judeus (Rm 2:17 a 3:20). Possuíam uma cultura não somente derivada de uma longa história, mas também de origem divina.

Se os homens mais instruídos se permitiam criticar os povos idólatras e apesar disso praticavam os mesmos pecados, os judeus religiosos iam mais longe ainda. Vangloriavam-se de possuir a lei de Deus, ensinavam-na aos outros com um espírito de superioridade, mas absolutamente não a praticavam, de maneira que o nome de Deus era blasfemado por causa deles. Para demonstrar a culpabilidade dos judeus, o apóstolo apoia-se em seus próprios escritos. As referências do Antigo Testamento que apresentam a profunda maldade da natureza humana lhes são aplicadas, porque "tudo o que a lei diz aos que vivem na lei o diz" (3:19), a saber, os judeus.

Estas acusações decisivas da lei não tinham em vista as outras nações, civilizadas ou não, mas certamente os judeus imbuídos de si mesmos, a fim de que as suas bocas fossem igualmente caladas e, assim, todo o mundo se mostrasse culpável perante Deus.


A Culpabilidade do Homem Moderno



Depois de ter visto como o apóstolo considera todos os homens do passado, devemos salientar que a culpabi­lidade do homem moderno está vinculada aos três casos considerados.

Em certos aspectos, por causa de sua decadência moral, o homem moderno se inclui no acampamento dos povos idólatras. Por sua vez, as características morais destes povos se parecem muito com a descrição proféti­ca dos homens dos últimos dias (vide 2 Tm 3:1-5). Por sua brilhante civilização científica, o homem de hoje em dia nos faz pensar igualmente nos gregos que eram os intelectuais da época. Finalmente, o homem moderno assemelha-se também aos judeus por sua cultura judaico- cristã. Orgulha-se de um passado religioso dos mais ricos, mas tem perdido a força da piedade e, em seu conjunto, tais pessoas têm renegado praticamente a fé cristã. 
 
(continua... )
Tradução e adaptação: http://boasemente.com.br

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