quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

O Meio Siclo de Resgate

(Comentário Êxodo 30 - O CULTO, A COMUNHÃO E A ADORAÇÃO)

Os versículos 11 a 16 tratam do dinheiro das expiações para a congregação. Todos tinham de pagar da mesma maneira. "O rico não aumentará, e o pobre não diminuirá da metade do siclo, quando derem a oferta ao Senhor, para fazer expiação por vossas almas". No que diz respeito ao resgate, todos são postos no mesmo nível. Pode haver uma grande diferença de conhecimento, de experiência, de aptidão, de progresso, de zelo e de dedicação, porém o fundamento da expiação é igual para todos. O grande apóstolo dos gentios e o mais débil cordeiro do rebanho de Cristo estão no mesmo nível no que se refere à expiação. É uma verdade muito simples e feliz ao mesmo tempo. Nem todos podem ser igualmente fervorosos e abundar em frutos; porém o fundamento sólido e eterno do descanso do crente é "o precioso sangue de Cristo" (1 Pedro 1:19), e não a dedicação ou abundância de frutos. Quanto mais compenetrados estivermos da verdade e poder destas coisas, tanto mais frutos daremos.

Em Levítico 27, encontramos outro tipo de avaliação. Quando alguém fazia "um voto particular" (v. 2), Moisés o avaliava de acordo com sua idade. Em outras palavras, quando alguém se aventurava a assumir o terreno da capacidade de cumprir o voto, Moisés, como representante das reivindicações de Deus, o avaliava "segundo o siclo do santuário" (v. 3). Se ele fosse "mais pobre" do que a avaliação de Moisés, então a pessoa deveria "apresentar-se diante do sacerdote" (v. 8), o representante da graça de Deus, que deveria então avaliá-lo "de acordo com sua capacidade com que jurou" (v. 8, KJV).

Bendito seja Deus, sabemos que todos as Suas reivindicações foram satisfeitas e os nossos votos cumpridos por Aquele que era ao mesmo tempo o Representante das Suas reivindicações e o Expoente da Sua graça, o mesmo que consumou a obra de expiação sobre a cruz e está agora à destra de Deus. Nisto existe doce descanso para o coração e a consciência. A expiação é a primeira coisa que alcançamos, e nunca mais a perdemos de vista. Por muito extenso que seja o curso da nossa inteligência, por muito rica que seja a nossa experiência, por muito elevado que seja o dom da nossa piedade, teremos sempre de nos retirar para a doutrina simples, divina, inalterável e fortalecedora doutrina DO SANGUE. Assim tem sido sempre na história do povo de Deus, e assim é e assim sempre será. Os mais dotados e instruídos servos de Cristo têm regressado sempre com regozijo a "esta única fonte de delícias", na qual os seus espíritos sedentos beberam quando conheceram o Senhor; e o cântico eterno da Igreja em glória será: "Àquele que nos ama e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados" (Ap 1:5). As cortes do céu ressoarão para sempre com a doutrina gloriosa do sangue.

C. H. Mackintosh

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