sábado, 1 de junho de 2013

Deus Sempre Cumpre Seus Desígnios

(Comentário Gênesis 39, 40, 41)

Lendo atentamente estas porções interessantes de inspiração percebemos uma cadeia notável de atos providenciais, convergindo todos para um ponto, a saber, a exaltação do homem que havia estado na cova, e ao mesmo tempo trazendo à luz, gradualmente, um número de objetos secundários. "Os pensamentos de muitos corações" estavam para ser "revelados"; mas José estava para ser exaltado. "Chamou a fome sobre a terra; fez mirrar toda a planta do pão. Mandou adiante deles um varão, que foi vendido por escravo: José, cujos pés apertaram com grilhões e a quem puseram em ferros, até ao tempo em que chegou a sua palavra: a palavra do SENHOR O provou. Mandou o rei, e o fez soltar; o dominador dos povos o soltou. Fê-lo Senhor de sua casa, e governador de toda a sua fazenda para, a seu gosto, sujeitar os seus príncipes e instruir os seus anciãos" (Sl 105:16-22).


É bom ver que o fim era exaltar aquele que os homens haviam rejeitado; e então produzir nesses mesmos homens a mágoa do seu pecado na rejeição. E como tudo isto é admiravelmente conseguido! Circunstâncias triviais e importantes, prováveis e improváveis, são usadas no desenrolar dos propósitos de Deus. No capítulo 39 Satanás emprega a mulher de Potifar, e no capítulo 40 serve-se do copeiro-mor do Faraó. Aquela foi usada para meter José no cárcere; e este para o conservar lá, por causa do seu esquecimento ingrato; mas foi tudo em vão. Deus estava atrás dos bastidores dirigindo com a Sua mão as molas do encadeamento das circunstâncias, e a seu tempo tirou dali o homem do Seu desígnio e encaminhou os seus pés para um lugar espaçoso. Ora isto é sempre prerrogativa de Deus. Ele está acima de tudo e pode usar tudo para cumprimento dos Seus inescrutáveis desígnios. É agradável podermos seguir assim a mão do nosso Pai em todas as coisas. Agradável saber que toda a sorte de agentes está ao Seu soberano dispor: anjos, homens, e demônios — todos estão debaixo da Sua mão onipotente, e todos são criados para cumprir os Seus propósitos.

Neste capítulo tudo isto se nos apresenta de um modo notável. Deus visita o lar de um capitão gentio, o palácio de um rei pagão, sim, e o seu quarto, e faz com que as próprias visões que ele tem em seu leito contribuam para o cumprimento dos Seus desígnios. Nem tão-pouco são só indivíduos e as suas  circunstâncias que são usados para o progresso dos propósitos de Deus; mas o próprio Egito e todos os países circunvizinhos são postos em cena; em suma, toda a terra foi preparada pela mão de Deus para ser o teatro no qual pudesse ser mostrada a glória e grandeza de um que "fora separado de seus irmãos". Tais são os caminhos de Deus; e é um dos mais felizes e altos privilégios de exercício da alma de um santo seguir assim os atos admiráveis de seu Pai Celestial. Como a providência de Deus é forçosamente trazida à luz nesta história profundamente interessante de José! Olhai, por um momento, para o cárcere do capitão da guarda. Vede ali um homem "em ferros", acusado de um crime abominável — proscrito e escória da sociedade; e todavia vede-o, quase num momento, elevado à mais alta distinção; e quem poderá negar que Deus está em tudo isto?

C. H. Mackintosh. Fonte: http://www.scribd.com/doc/105168410/Notas-Sobre-o-Pentateuco-Genesis-C-H-Mackintosh

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