segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Abraão, o Amigo de Deus

(Comentário Gênesis 18)

Este capítulo dá-nos um belo exemplo dos resultados de uma conduta obediente de separação. "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele comigo" (Ap 3:20). Em João 14:23 lemos também, "Jesus respondeu e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada". Destas passagens, tomadas em ligação com o nosso capítulo, concluímos que a alma obediente goza de um caráter de comunhão inteiramente desconhecido daquele que vive numa atmosfera mundana. 

Isto, porém, não toca, nem de leve, na questão do perdão ou justificação. Os crentes são todos vestidos com o mesmo manto imaculado de justiça — todos estão na mesma justificação comum perante Deus. A mesma vida descendo da Cabeça no céu corre em todos os membros na terra. Isto é bem claro. A doutrina quanto a estes pontos importantes é estabelecida plenamente na Palavra de Deus. Contudo, devemos lembrar que justificação é uma coisa, e o seu fruto outra diferente. Ser filho é uma coisa, ser filho obediente é outra muito diferente. Ora, um pai ama um filho obediente, e fará com que um tal filho esteja no segredo dos seus pensamentos e planos. E não é isto verdadeiro quanto ao nosso Pai celestial? Sem dúvida. Em João 14:23 isto é incontestavelmente claro; e, além disso, é prova de que falar-se de amar a Cristo e não guardar a Sua palavra é hipocrisia. "Se alguém me ama, guardará a minha palavra." 

Por isso se não guardarmos a palavra de Cristo, é prova clara que não estamos andando no amor do Seu nome. O amor por Cristo é provado em fazer as coisas que Ele manda, e não meramente dizendo, "Senhor, Senhor". De nada vale dizer, "eu vou, senhor" enquanto que o coração não tem a mínima ideia de ir.

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