terça-feira, 26 de março de 2013

A Fidelidade de Deus (Parte 1)

(Comentário Romanos 11)

"DIGO POIS: Porventura rejeitou Deus o Seu povo? De modo nenhum." (Rm 11.1) O próprio Paulo era uma prova disto, pois ele era um israelita. "Deus não rejeitou o Seu povo, que antes conheceu." (Rm 11.2) Não foi Deus que rejeitou Seu antigo povo: "Todo o dia estendi as Minhas mãos a um povo rebelde e contradizente." (Rm 10.21) É importante que se veja este lado da verdade -- a perfeita prontidão de Deus para que Israel -- sim, até mesmo para que todos os homens -- fosse salvo. O homem é o que é rebelde, o transgressor da lei, e, agora, o que rejeita a misericórdia de Deus.

Vem, então, o outro lado da questão. Israel se rebelou de tal maneira contra Deus, ao ponto de Elias haver dito que só ele havia ficado. Ele disse: "Senhor, mataram os Teus profetas, e derribaram os Teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma". (Rm 11.3) Temos aqui a profunda e universal rejeição e ódio do homem contra Deus. Trata-se do homem no pleno exercício de sua vontade própria. Mas, acaso Deus abandonou todos os homens à sua própria livre escolha e ao seu ímpio caminho?

"Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil varões, que não dobraram os joelhos diante de Baal." (Rm 11.4) Deus não diz que eles tenham merecido, ou que tenham se resguardado; não, o que Ele diz é: "(Eu) reservei". O mesmo que já vimos no capítulo 9, e se Deus não tivesse feito assim, todos eles teriam se tornado como Sodoma e Gomorra.

"Assim pois também agora neste tempo ficou um resto, segundo a eleição da graça." (Rm 11.5) Sim, nessa mesma ocasião ninguém poderia negar que a nação, como tal, estava enlouquecida em sua ira contra Cristo. O próprio Saulo era uma prova do excessivo ódio dos israelitas contra Cristo. Mas, como aconteceu nos dias de Elias, houve então uma eleição de graça, de livre e imerecido favor de Deus. Querido jovem crente, você será imensamente tentado a rejeitar este abundante e gratuito favor de Deus que elege. Nos dias de hoje há poucos que creem nisto de coração. Gostaríamos que você abraçasse isto de toda a sua alma. Será que não ficou evidente que tanto Israel como os gentios são tão maus, tão grandes rejeitadores da graça de Deus, que se não fosse por Sua eleição, em livre graça e favor, ninguém teria sido salvo? Todos, todos eles teriam sido como Sodoma. Sim, a completa ruína do homem, e a eleição de Deus, são coisas que, ou permanecem juntas, ou caem juntas. Você não pode verdadeiramente tomar posse de uma e rejeitar a outra. Repare que estas passagens demonstram que não há má vontade da parte de Deus, mas o homem não quer receber a graça de Deus. Quando isto é enxergado, quão precioso é, para o crente, a bendita verdade da eleição da graça! "Mas se é por graça, já não é pelas obras: de outra maneira, a graça já não é graça." (Rm 11.6) Isto é evidente. A salvação por obras, de qualquer tipo que seja, necessariamente coloca de lado o livre favor de Deus. Porventura você permanece no livre, pleno e eterno favor de Deus; ou está procurando alcançá-la por meio das obras?


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