quarta-feira, 13 de março de 2013

A Proclamação de Uma Perfeita Justiça (Parte 2 - Final)

(Comentário Romanos 10)

Agora o apóstolo cita, como prova, a própria Escritura que eles possuíam. "Porque a Escritura diz: Todo aquele que nEle crer não será confundido." (Rm 10.11) Isto prova que haveria um tempo em que a doutrina do "não há diferença" estaria em vigor. "Porquanto não há diferença entre judeu e grego (ou gentio): porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que O invocam. Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo." (Rm 10.12,13; Joel 2.32.) Que bendito fato é este: todos, seja judeus ou gentios, que verdadeiramente se achegam ao Senhor, invocando-O, estão assegurados das boas vindas, assim como aconteceu com o pródigo (ver Lucas 15).

O que você prefere, leitor? Nunca ter pecado e ter produzido uma justiça que o deixasse apto para comparecer diante de Deus (se fossem coisas possíveis), trazendo assim uma túnica para Deus, ou, reconhecer tudo o que você é, e tudo o que praticou, e agora, como um pecador merecedor do inferno, confessar com sua boca e crer em seu coração no Senhor Jesus, como sua eterna justiça diante de Deus? Não podemos nos detestar muito a nós mesmo; mas, oh, que profunda compaixão a que nos encontra exatamente como estamos, e nos veste com a melhor roupa, com anel e sandálias. E como nos é dado conhecer esta justiça de Deus? Leia os versículos 14 e 15 para ter a resposta. Escutando a Palavra, o evangelho da paz que nos foi enviado. Que boas novas! Aqueles que buscavam a justiça pela lei odiaram essas boas novas e os pregadores do evangelho. É exatamente o que acontece até hoje, por todos os que dizem que são judeus e não o são.

Não seria este um fato dos mais espantosos que o homem pudesse odiar e rejeitar o seu maior bem, o evangelho da paz? O homem tentará, ou pensa poder tentar, atingir algum dia a sua própria paz com Deus. Mas não terá a paz que é feita pelo sangue de Jesus; a paz que é pregada àqueles que estão longe, e àqueles que estão perto. Sim, a paz que é proclamada a todos. "Mas nem todos obedecem ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação?" (Rm 10.16) A palavra do evangelho foi pregada a todo o Israel: mas não quiseram crer. É pregada agora, talvez como nunca o foi antes, a toda a cristandade; mas eles não a receberão. Veremos o resultado final de tudo isso no próximo capítulo.

Deus tem os que Lhe pertencem, apesar de toda a perversidade do homem, sejam judeus ou gentios, como Isaías claramente disse: "Fui achado pelos que me não buscavam, fui manifestado aos que por Mim não perguntavam". (Rm 10.20) O apóstolo provou, assim, as duas coisas tiradas das passagens do próprio Antigo Testamento deles: que não há diferença, e que prevalece a soberania de Deus. Quem quer que seja, judeu ou grego, que invocar o Senhor será salvo -- e, oh, que verdade que sustenta a alma, Ele terá misericórdia de quem tiver misericórdia. Teria Israel se perdido por Deus não desejar salvá-los? "Mas contra Israel diz: Todo o dia estendi as minhas mãos a um povo rebelde e contradizente." (Rm 10.21) Eles não quiseram ir a Ele: eles recusaram o melhor vestido, o anel e as sandálias. Que isto não aconteça com os leitores destas linhas. Aquele que vai a Ele, de maneira nenhuma será lançado fora.

Charles Stanley. Fonte: http://pt.scribd.com/doc/104720029/Vida-Atraves-Da-Morte

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagens populares