sexta-feira, 5 de abril de 2019

Cristo: o nosso Grande Intercessor

(Comentário Êxodo 17)

É edificante notar o contraste entre Moisés no cume do outeiro e Cristo no trono. As mãos do nosso grande Intercessor nunca poderão estar pesadas. A Sua intercessão nunca poderá vacilar. Ele vive sempre para interceder por nós (Hebreus 7:25). A sua intercessão é incessante e eficaz. Havendo tomado o Seu lugar nas alturas, no poder da justiça divina, o Senhor atua por nós, segundo o que Ele é e conforme a perfeição infinita do que fez. As Suas mãos nunca poderão abaixar, nem pode ter necessidade de alguém para as suster. A perfeição da Sua advocacia está baseada sobre o Seu perfeito sacrifício. Apresenta-nos perante Deus, vestidos das Suas próprias perfeições, de forma que, embora tenhamos que cobrir sempre o nosso rosto com o pó, com o sentimento daquilo que somos, o Espírito só pode testemunhar perante nós daquilo que o Senhor é perante Deus e daquilo que nós somos n'Ele. Não estamos na carne, mas no Espírito (Romanos 8:9). Estamos no corpo, quanto ao fato da nossa condição; mas não estamos na carne, quanto ao princípio da nossa posição. Além disso, a carne está em nós, apesar de estarmos mortos para ela; mas não estamos na carne, porque estamos vivos com Cristo.

Notemos também que Moisés tinha a vara de Deus com ele no outeiro — a vara com que havia ferido a rocha. Esta vara era a expressão ou símbolo do poder de Deus, o qual é visto igualmente na expiação e na intercessão. Quando a obra de expiação foi cumprida, Cristo tomou o Seu lugar no céu e enviou o Espírito Santo para fazer a Sua morada na Igreja; de forma que existe uma ligação inseparável entre a obra de Cristo e a obra do Espírito. Em cada uma delas é feita a aplicação do poder de Deus.

C. H. Mackintosh

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