quarta-feira, 21 de novembro de 2018

A Comunhão e a Paz

(Comentário Êxodo 12)

"E nada dele deixareis até pela manhã; mas o que dele ficar até pela manhã, queimareis no fogo" (versículo 10). Este mandamento ensina-nos que a comunhão da congregação de Israel não devia ser, de modo nenhum, separada do sacrifício sobre o qual se baseava essa comunhão. O coração deve guardar sempre a lembrança viva de que toda a verdadeira comunhão está inseparavelmente ligada com a redenção efetuada. Crer que se pode ter comunhão com Deus sobre qualquer outro fundamento é imaginar que Deus pode ter comunhão com o pecado que há em nós; e pensar em comunhão com o homem, com base em qualquer outro fundamento, é apenas formar uma união impura, da qual nada pode resultar senão confusão e iniquidade. Em suma: é necessário que tudo esteja fundamentado sobre o sangue e inseparavelmente ligado com ele. Este é o significado simples da ordenação que mandava comer o cordeiro da páscoa na mesma noite em que o sangue havia sido derramado. A comunhão não pode ser separada do seu fundamento.

Portanto, que belo quadro nos oferece a congregação de Israel protegida pelo sangue e comendo em paz o cordeiro assado com pães asmos e ervas amargosas! Nenhum temor de juízo, nenhum temor da ira do Senhor, nenhum temor da tempestade terrível da justa vingança, que, à meia-noite, ia varrer, veementemente, toda a terra do Egito! Tudo estava em paz profunda atrás das portas manchadas de sangue. Nada tinham a temer de fora; e nada dentro podia perturbá-los, salvo o fermento, que teria dado um golpe mortal em toda a sua paz e bem-aventurança. Que exemplo para a Igreja! Que exemplo para o cristão! Que Deus nos ajude a contemplarmo-lo com um olhar iluminado e um espírito dócil!

C. H. Mackintosh

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