terça-feira, 3 de março de 2020

O Desprendimento Voluntário

(Comentário Êxodo 35-40 - A CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO)

Estes capítulos contêm uma recapitulação de diversas partes do tabernáculo e seu mobiliário; e visto que já expliquei o que creio ser o significado das partes mais proeminentes, é desnecessário acrescentar mais. Existem, contudo, duas coisas nesta parte do livro das quais podemos tirar instruções muitos úteis, a saber, em primeiro lugar, a dedicação voluntária do povo; e, em segundo, a obediência implícita do povo a respeito da obra do tabernáculo da congregação. Primeiramente, quanto à dedicação voluntária deles, lemos: "Então, toda a congregação dos filhos de Israel saiu de diante de Moisés, e veio todo homem, a quem o seu coração moveu, e todo aquele cujo espírito voluntariamente o impeliu, e trouxeram a oferta alçada ao Senhor, para a obra da tenda da congregação, e para todo o seu serviço, e para as vestes santas. E, assim, vieram homens e mulheres, todos dispostos de coração; trouxeram fivelas, e pendentes, e anéis, e braceletes, e todo vaso de ouro; e todo homem oferecia oferta de ouro ao Senhor, e todo homem que se achou com pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pelos de cabras, e peles de carneiro tintas de vermelho, e peles de texugos, os trazia; todo aquele que oferecia oferta alçada de prata ou de metal, a trazia; por oferta alçada ao Senhor; e todo aquele que se achava com madeira de cetim, a trazia para toda a obra do serviço. E todas a mulheres sábias de coração fiavam com as mãos, e traziam o fiado, o pano azul, a púrpura, o carmesim e o linho fino. E todas as mulheres, cujo coração se moveu em sabedoria, fiavam os pelos das cabras. E os príncipes traziam pedras sardônicas, e pedras de engaste para o éfode e para o peitoral, e especiarias, e azeite para a luminária, e para o óleo da unção, e para o incenso aromático. Todo homem e mulher, cujo coração voluntariamente se moveu a trazer alguma coisa para toda a obra que o Senhor ordenara se fizesse pela mão de Moisés" (capítulo 35:20 a 29). E mais adiante lemos: "E vieram todos os sábios que faziam toda a obra do santuário, cada um da obra que fazia, e falaram a Moisés, dizendo: O povo traz muito mais do que basta para o serviço da obra que o Senhor ordenou se fizesse... porque tinham material bastante para toda a obra que havia de fazer-se" (capítulo 36:4 a 7).

Que quadro encantador da dedicação à obra do santuário! Não foram precisos esforços, apelos ou argumentos solenes para constranger os corações do povo a darem. Oh! não: os corações foram voluntariamente movidos. Este era verdadeiro caminho. A corrente de dedicação voluntária vinha dos corações: "Príncipes", "homens", "mulheres", todos sentiam que era para eles um doce privilégio darem ao Senhor, não com um coração estreito ou mão mesquinha, mas de um modo principesco trouxeram "muito mais do que bastava."

C. H. Mackintosh

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