domingo, 16 de dezembro de 2012

Experiência Vitoriosa (Parte 1)

(Comentário Romanos 8)

"Portanto agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus." (Rm 8.1) Que declaração maravilhosa! Não se trata meramente do que será a justificação do crente quando for manifestado diante do trono de Cristo, mas "agora" não há nada para condenar naqueles que estão em Cristo Jesus. Se olho para o que sou na carne, só encontro o "miserável homem que sou!" Se olho para o que sou em Cristo Jesus, vejo que agora não há condenação. Estou morto para tudo aquilo que sou como um filho de Adão -- morto para o pecado, morto para a lei, mas vivo para Deus em Cristo Jesus. Então, sendo agora de outro, e estando em outro, em Cristo Jesus ressuscitado de entre os mortos, não me encontro apenas na posição de um que produz fruto para Deus, mas de um para quem "agora nenhuma condenação há". Você está assegurado disto? Será que pode existir alguma condenação para aquele Cristo ressuscitado que está agora na glória de Deus? Portanto, se você estiver nEle, como poderá haver condenação para você?

Nenhuma alma poderá conhecer a verdadeira libertação do poder do pecado se não conhecer primeiro o absoluto favor de Deus em Cristo. Quão maravilhoso é, após um capítulo de amargas experiências (capítulo 7 de Romanos), após haver esgotado completamente toda esperança de encontrar algo de bom em si mesmo, na velha natureza, poder descobrir que, como mortos com Cristo, e vivos de entre os mortos em Cristo, encontramo-nos no absoluto favor de Deus, sem nenhuma condenação! Que perfeita paz! Nada para nos inquietar; nada para nos condenar. E é o próprio Deus Quem diz: "nenhuma condenação".

"Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte." (Rm 8.2). Então, como já vimos, possuímos uma vida justificada. Agora temos o poder -- a lei do Espírito de vida. Em outro lugar aprendemos que a vida que agora temos é eterna, e o Espírito é eterno. Portanto o poder que tenho é eterno. Vimos que a carne, ou o pecado, continua em nós -- aquilo que é nascido da carne; mas aqui encontramos a libertação do seu poder: libertos da lei do pecado e da morte; libertos pelo infinito, pelo eterno poder, a lei do Espírito de vida. Não diz que "me livrará", mas que "me livrou". Nossa velha natureza pecaminosa é tão depravada que, apesar de eu ser nascido de Deus, de eu ter prazer na lei de Deus e desejar guardá-la; ainda assim a lei que há em meus membros me colocou no cativeiro. E acaso não foi assim que aconteceu? Mas somos agora libertos de seu poder, por um poder maior -- a lei do Espírito de vida em Cristo Jesus. Oh, quão bom seria se pudéssemos ter uma fé mais simples na Palavra de Deus; sim, e também no Espírito Santo que habita em nós! Este versículo resume todo o contexto do capítulo 6. Trata-se do princípio de nos reconhecermos mortos para o pecado e vivos para Deus em Jesus Cristo, princípio este aplicado pelo poder do Espírito.

"Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o Seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito." (Rm 8.3,4) Já que não havia nenhum poder na santa lei de Deus para libertar, sua única prerrogativa era a de amaldiçoar o culpado. Em Romanos 8.2, portanto, encontro o poder que me libertou da lei do pecado e da morte. No versículo 3 vemos a incapacidade da lei em libertar por intermédio da fraqueza da carne, e a seguir, o modo como Deus libertou, e a base na qual a libertação foi operada. Esta parte resolve também a seguinte questão: Como é que não há condenação para mim, uma vez que a carne é tão completamente vil? "Deus, enviando o Seu Filho." Exatamente quando tudo mais falhou em libertá-los do Egito, o cordeiro precisou ser levantado e morto; o israelita, embora ainda não libertado, estava totalmente protegido pelo sangue.

Assim como a libertação do Egito significava a saída de um lugar, ou de uma condição de escravidão para outra de liberdade, também o crente é, pelo Espírito de vida, levado para fora de um lugar, ou de uma condição, chamada "na carne", para outro lugar, ou condição, chamado "em Cristo", havendo o pecado sido perfeitamente julgado, por ter o Santo Filho de Deus sido feito pecado por nós. E isto não para que pudéssemos continuar em escravidão, mas para que fôssemos libertos, a fim de que as justas demandas da lei pudessem ser cumpridas em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.

A carne é deixada de lado por aqueles que não andam "segundo a carne". Uma outra posição é ocupada agora por aqueles que andam "segundo o Espírito". Há, por assim dizer, duas classes. "Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o espírito para as coisas do espírito." (Rm 8.5) Uma é morte, a outra é vida. E mais ainda: "a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser." (Rm 8.7) Segue-se disso que aqueles que estão neste terreno, aqueles que estão na carne, não podem agradar a Deus.

E aqui surge uma questão de profundo interesse: Quando podemos concluir que não estamos na carne, mas no Espírito? "Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós." (Rm 8.9) Portanto, fica claro que se o Espírito de Deus habita em você, você poderá concluir com segurança que não está na carne. Cornélio era, evidentemente, uma alma vivificada, assim como toda a sua casa (Atos 10.2), mas não libertada, e é por esta razão que ele permaneceu na carne, até que a Palavra chegou a ele com o poder do Espírito Santo, e, por conseguinte, o próprio Espírito Santo (Atos 10.44). Surge, portanto, a pergunta: Você já recebeu o Espírito Santo? Se ainda não, mesmo tendo sido vivificado, você continua na carne, procurando a sua melhoria -- ainda que seja pelas obras da lei. Cornélio não poderia ser considerado um cristão até haver recebido o Espírito Santo; e nem você pode considerar-se, no sentido pleno da palavra, até que tenha recebido o Espírito. "Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dEle." (Rm 8.9)

(Continua...)

sábado, 15 de dezembro de 2012

Romanos 8 (Parte 1)

O Sacerdote, Cristo, vai a Deus por nós... e nós vamos ao Sacerdote.

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/rm/8

O capítulo 7 foi todo de fraqueza e derrota e todo acerca do "Eu, mim, ou meu" (mencionado 47 vezes na versão inglesa), enquanto Cristo foi mencionado duas vezes. O Espírito Santo nem chega a ser mencionado. Este capítulo está saturado do Espírito. O Espírito Santo é mencionado 18 vezes, Cristo 13 vezes e "eu, me ou meu" três vezes! (referências ao original em inglês). A lei não poderia libertar o homem do poder do pecado. Mas Deus fez isto enviando Seu Filho ao mundo para morrer na cruz. Pela morte de Jesus, Satanás, o pecado e a morte foram vencidos. 

Rm 8:1-4 A base da obra do Espírito está na cruz de Cristo. E este deve ser nosso tema de louvor na eternidade. O Espírito de Deus quer que pensemos em Cristo cada vez mais. 

Rm 8:5-13 O Espírito aparece em contraste com a carne. Aqueles que são do Senhor devem viver de modo diferente daqueles que não conhecem o Senhor. A carne luta contra nossa nova vida o tempo todo, mas a vida em Cristo nos leva a novos interesses e temos um objetivo na vida... agradar ao Senhor. A nova vida só quer fazer isto. A carne nunca compreende isto porque não compreende Deus. 

Rm 8:14-17 O Espírito nos torna seguros de que somos filhos de Deus.

sábado, 8 de dezembro de 2012

A Ruína da Religião Cristã (Parte 2) - Um Desafio ao Fundamento Bíblico do Cristianismo Denominacional

1) Que autoridade nos dá a Palavra de Deus para estabelecermos igrejas denominacionais ou não denominacionais em meio ao testemunho cristão, quando as Escrituras condenam a criação de seitas e divisões entre os crentes? (1 Co 1:10; 3:3; 11:18-19)

2) Com que autoridade vinda de Deus os cristãos denominam suas assim chamadas "igrejas" como Presbiteriana, Batista, Pentecostal, Aliança, Cristã Reformada, Anglicana etc., quando não há na Bíblia instruções para nos reunirmos em qualquer outro nome além do nome do Senhor Jesus Cristo? (Mt 18:20; 1 Co 5:4)

3) Com que autoridade os cristãos denominam seus grupos eclesiásticos em honra de proeminentes e dotados servos do Senhor, como Luterana (Martinho Lutero), Menonita (Menno Simons), Metodista-Wesleyana (John Wesley) etc., quando as Escrituras denunciam a formação de grupos de cristãos em torno de um líder na igreja? (1 Co 1:12-13; 3:3-9)

4) Que autoridade os homens receberam de Deus para estabelecerem essas igrejas segundo distinções nacionais, como "Igreja da Inglaterra", "Irmãos Menonitas Chineses", "Igreja Ortodoxa Grega", "Batista Filipina", "Igreja de Deus Alemã" etc., quando as Escrituras nos dizem que não existem distinções nacionais ou sociais na igreja de Deus? (Cl 3:11)

5) Que autoridade têm os cristãos para ornamentarem seus lugares de adoração à semelhança do tabernáculo e do templo da ordem judaica do Antigo Testamento? Muitas desses edifícios, chamados de "igrejas", são ornamentados com ouro e outros materiais preciosos. Muitos desses edifícios, chamados "igrejas", têm um altar. Outros têm partes do prédio destacadas como sendo mais sagradas do que outras. Que autoridade têm os cristãos para emprestarem coisas assim do judaísmo, quando a Bíblia indica que o cristianismo não é uma extensão da ordem judaica, mas possui um caráter totalmente novo de aproximar-se de Deus? (Hb 10:19-20; 13:13; Jo 4:23-24) 

6) Acaso existe qualquer fundamento na Palavra de Deus para a existência de campanários, cruzes e outras coisas que são construídas nessas assim chamadas "igrejas"? 

7) Será que existe qualquer base na Palavra de Deus para chamar esses edifícios de "igrejas"? A definição bíblica de "igreja" é de uma reunião de crentes que, pelo evangelho, foram chamados para fora, tanto dentre os judeus como dentre os gentios, e são unidos em um único corpo a Cristo, sua Cabeça no céu, pela habitação do Espírito Santo. (At 11:22; 15:14; 20:28; Rm 16:5; 1 Co 1:2; Ef 5:25)

8) Que autoridade as Escrituras dão para se colocar um homem na igreja (chamado de Ministro ou Pastor) para "conduzir" a adoração? As Escrituras ensinam que o Espírito de Deus foi enviado ao mundo para guiar a adoração cristã (Fp 3:3; Jo 4:24; 16:13-15). A Bíblia indica que é o Senhor, por intermédio do Espírito, quem preside na assembleia dos santos e dirige os procedimentos do modo como Lhe apraz. (1 Co 12:11; Fp 3:3)

9) Com que autoridade das Escrituras os cultos de adoração nessas igrejas são organizados com antecedência? Em algumas se costuma distribuir um programa descrevendo a ordem como se dará a adoração naquele dia em particular.

10) Com que autoridade das Escrituras esses cultos nas igrejas são chamados de "adoração", quando eles geralmente constituem de apresentações musicais e de um homem ministrando um sermão?

11) Que autoridade o Novo Testamento dá para se utilizarem instrumentos musicais na adoração cristã? A adoração cristã é aquela produzida no coração pelo Espírito de Deus, e não por meios mecânicos através de mãos humanas. (At 17:24-25) 

12) Com que autoridade das Escrituras são repetidas orações escritas previamente e impressas em livros de oração durante as reuniões da igreja? A Bíblia diz que não deveríamos usar de vãs repetições em nossas orações, mas que estas deveriam ser nossas próprias palavras saídas do coração. (Mt 6:6-8; Tg 5:16; Sl 62:8) 

13) Que autoridade há para se ensaiar os Salmos nos chamados "cultos de adoração", quando os Salmos expressam os sentimentos de pessoas que não estavam sobre um fundamento cristão e nem conheciam os privilégios cristãos? 

14) Por que a maioria das igrejas celebra a ceia do Senhor uma vez por mês ou a cada 3 meses, quando o costume da igreja nas Escrituras, inicialmente estabelecido pelo ministério de Paulo, era de se partir o pão a cada dia do Senhor? (At 20:7)

15) Que autoridade há nas Escrituras do Novo Testamento para se designar um coro de cantores treinados para ajudar na adoração cristã?

16) Que autoridade há nas Escrituras para o uso de vestimentas especiais durante os cultos de adoração cristã? Os corais costumam estar vestidos assim e dependendo do lugar o Ministro também usa uma vestimenta característica.

17) Que autoridade têm essas igrejas para permitir que mulheres preguem e ensinem publicamente, quando a Bíblia diz que o papel das irmãs não é uma atuação pública na igreja, seja na administração, seja no ensino e pregação? As Escrituras dizem que elas devem permanecer em silêncio na assembleia. (1 Co 14:34-38; 1 Tm 2:11-12)

18) Que autoridade há para as mulheres dessas igrejas orarem e profetizarem (ministrarem a Palavra) com suas cabeças descobertas, quando a Palavra de Deus diz que deveriam cobrir a cabeça? (1 Co 11:1-16)

19) Que autoridade as Escrituras dão para permitir que apenas certas pessoas (como o Pastor ou Ministro) se ocupem do ministério da Palavra de Deus? Por que não há liberdade nessas igrejas para todos os que forem capacitados ministrarem guiados pelo Espírito? A Bíblia ensina que quando os cristãos se reúnem em assembleia, todos (os varões) devem ter liberdade para ministrar conforme o Senhor guiá-los por intermédio do Espírito. (1 Co 12:6, 11; 14:24, 26, 31)

20) Que autoridade as Escrituras dão para apoiar a ideia de que uma pessoa precisa ser ordenada para estar no ministério? Não existe na Bíblia um pastor, mestre, evangelista, profeta ou sacerdote que tenha sido ordenado para pregar ou ensinar! As Escrituras ensinam que o simples fato de uma pessoa possuir um dom espiritual é sua garantia para usá-lo! (1 Pd 4:10-11) 

21) Que autoridade as Escrituras dão para fundamentar a ideia de que existem hoje no mundo homens que teriam poder para ordenar outros? Onde eles conseguiram tal poder?

22) Acaso existe qualquer autoridade para dar a pessoas títulos de "Pastor" (por exemplo, "Pastor João"), quando nas escrituras esse dom nunca foi atribuído a alguém como um título?

23) Onde nas Escrituras existe autoridade para se fazer de um homem um Pastor de uma igreja local quando as Escrituras nunca falam do dom de pastor como um ofício local? (Ef 4:11)

24) Com que autoridade das Escrituras os assim chamados Ministros se denominam a si mesmos "Reverendo", quando a Bíblia diz que "Reverendo" é o nome do Senhor? (Sl 111:9 - versão inglesa) Alguns clérigos adotam o nome "Padre" ("Pai"), apesar de as Escrituras deixarem claro que não deveríamos chamar ninguém de "Pai"! Outros adotam o título de "Doutor" (que significa'mestre' ou 'instrutor' em latim) quando as Escrituras também dizem para não procedermos assim. (Mt 23:8-10)

25) Seria a escolha de seu "Pastor" ou "Ministro" por uma igreja uma prática com base nas Escrituras? O procedimento usual é que o candidato a "Pastor" seja convidado por uma igreja para ter a oportunidade de provar que é qualificado para o posto ministrando alguns sermões. Se a sua pregação for aceitável, então a igreja (geralmente através de um corpo de diáconos) irá elegê-lo para ser seu "Pastor" local. Estaria este procedimento de acordo com a Palavra de Deus?

26) Onde nas Escrituras há autoridade para essas igrejas escolherem seus anciãos? Não existe na Bíblia uma única igreja que tenha escolhido seus anciãos.

27) Com que autoridade das Escrituras as igrejas tornam alguns dias "santos" e observam festas cristãs como Sexta Feira Santa, Dia de Todos os Santos, Quaresma, Natal etc.? As Escrituras dizem que o cristianismo não tem nada a ver com épocas e dias especiais. (Gl 4:10; Cl 2:16)

28) Que autoridade das Escrituras têm aqueles que ministram nos púlpitos dessas igrejas para ensinar doutrinas erradas como Teologia do Pacto, Amilenialismo, Segurança Condicional, Purgatório, Absolvição, Guarda da Lei etc.?

29) Acaso existe autoridade das Escrituras para se promover reuniões de "Testemunho", onde um homem se levanta e diz para a audiência como ele foi salvo, geralmente descrevendo sua vida passada de pecados?

30) Que autoridade há no Novo Testamento para se recolher dízimo (10% de nossa receita) da audiência, quando o dízimo é claramente uma lei Mosaica dada para Israel? (Lv 27:32, 34; Nm 18:21-24)

31) Onde há nas Escrituras base para campanhas para se levantar fundos e pedir doações de audiências mistas de salvos e perdidos nessas igrejas? A Bíblia indica que os servos do Senhor não tomavam "coisa alguma" das pessoas deste mundo que não eram salvas, quando pregavam o evangelho a elas. (3 Jo 7)

32) Seriam os seminários e escolas bíblicas o modo de Deus preparar um servo para o ministério? Conceder e receber diplomas e títulos (como Doutor em Divindade) seria uma prática fundamentada nas Escrituras? A Bíblia diz que não devemos dar títulos honoríficos uns aos outros. (Jó 32:21-22; Mt 23:7-12)

33) Será que existe qualquer fundamento na Palavra de Deus para essas igrejas enviarem Ministros e Pastores para um determinado lugar para executarem uma obra para o Senhor? Costumamos ouvir comentários como, "o Pastor fulano foi enviado por tal organização". As Escrituras mostram que Cristo, a Cabeça da igreja e Senhor da seara, é quem envia os Seus servos para a obra que preparou para eles, por meio da direção do Espírito, e que a igreja deve tão somente reconhecer isso estendendo ao servo a destra à comunhão. (Mt 9:38; At 13:1-4; Gl 2:7-9).

34) Onde nas Escrituras vemos a ideia da igreja ser uma organização que ensina? Costumamos ouvir pessoas dizendo, "Nossa igreja ensina que..." Na Bíblia não vemos a igreja ensinando, mas sendo ensinada por indivíduos que são levantados pelo Senhor. (At 11:26; Rm 12:7; Ap 2:7, 11, 17, 29; 3:6, 13, 22; 1 Ts 5:27).

Gênesis 23

Existe algo no Deus bendito que jamais podemos medir... Jesus é a Medida.

Leia em http://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/23

Gn 23:2 A primeira vez que o choro é mencionado nas escrituras. Jesus chorou na morte de uma pessoa. A morte e o choro são companheiros, Ap 21:4.

Gn 23:3-20 Este longo relato detalhado certamente nos mostra a alta estima em que Abraão era tido por seus vizinhos. Como é bom termos nossos vizinhos pensando bem de nós! NÃO que devamos tentar ser populares para com eles, pois um crente fiel no Senhor Jesus jamais será popular para com o mundo (Jo 15:18,19 e 1 Jo 3:13). Você verá o quão próximos eram Abraão e Sara, se abrir em Hb 11:11-13 e 1 Pd 3:5,6. Abra em Hb 11:3-14 para ver que dentro do coração de Abraão ele possuía algo que estava além das lágrimas e da sepultura. A morte é para o crente uma combinação de lágrimas e esperança. Veja 1 Ts 4:13-18.

Norman Berry. Fonte: http://chaday.blogspot.com.br/2006/03/genesis-23.html ou http://www.stories.org.br/chaday/

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A Fé na Ressurreição

A morte é o limite do poder de Satanás; porém onde Satanás termina, Deus começa a atuar. Abraão compreendeu isto quando se levantou e comprou a cova de Macpela como lugar de repouso para Sara. Isto foi a expressão do pensamento de Abraão quanto ao futuro. Ele sabia que nos séculos vindouros a promessa de Deus quanto à terra de Canaã será cumprida, e pôde depositar o corpo de Sara na sepultura "na esperança gloriosa da ressurreição".

"Todos estes morreram na (ou segundo) a fé, sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe e crendo nelas e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra" (Hb 11:13). Isto é na verdade uma feição excelente da vida divina. Essas "testemunhas", das quais o apóstolo fala em Hebreus 11, viveram não apenas pela fé, mas, mesmo quando chegaram ao fim da sua carreira, conheceram que as promessas de Deus eram tão reais e satisfatórias para as suas almas como quando no princípio da sua carreira. Ora, eu creio que esta compra de um lugar para sepultura na terra era uma prova do poder da fé, não somente para a vida mas para a morte. Por que estava Abraão tão interessado nesta compra? Por que mostrou tanto interesse em legalizar os seus direitos ao campo e à cova de Efrom sob os princípios do direito? Por que essa determinação em pesar o preço como "correntes entre mercadores"? , é a resposta. Ele fez tudo por fé. Ele sabia que a terra era sua por promessa, e que em glória a sua descendência havia ainda de possuí-la, e até então ele não seria devedor àqueles que ainda haviam de ser desapossados.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Abraão Demonstra Sua Fé Mediante Suas Obras

(Comentário Gênesis 22)


"Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito."
Hebreus 11:17


"Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? "

Tiago 2:21

"Porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único" (Gênesis 22.12). Notemos a frase, "agora sei". A prova nunca havia sido feita antes. Existia, sem dúvida, e Deus sabia isto. Porém, o ponto importante aqui é que Deus acha o Seu conhecimento do fato sobre a evidência tirada do altar do Monte Moriá. A fé é sempre comprovada pela ação, e o temor de Deus por meio dos frutos que resultam dela. Quem poderia pensar pôr em dúvida a sua fé? Tirai a fé, e Abraão aparecerá no Monte Moriá como um assassino e um doido. Tomai a fé em conta, e ele aparece ali como um adorador consagrado — um homem temente a Deus e justificado. Porém a fé tem que ser provada. "Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras?" (Tg 2:14)

E aqui quero referir a harmonia perfeita que existe entre Tiago e Paulo sobre o assunto da justificação. Na realidade, existe, como podia esperar-se, a maior e mais perfeita harmonia entre estes dois apóstolos sobre o assunto da justificação; com efeito, um é a contra-parte ou o expoente do outro. Paulo dá-nos o princípio íntimo, e Tiago a revelação desse princípio; aquele apresenta a vida oculta, este a vida manifestada; o primeiro vê o homem na sua relação com Deus, o último encara-o na sua relação com o seu semelhante. Bom, nós precisamos de ambos: o íntimo não serviria sem o exterior; e o exterior seria inútil e impotente sem o íntimo. "Abraão foi justificado" quando "creu em Deus"; e "Abraão foi justificado" quando "ofereceu Isaque, seu filho". No primeiro caso temos o segredo de Abraão, e no último o seu reconhecimento público pelo céu e pela terra. E conveniente notarmos esta distinção. Não se ouviu nenhuma voz do céu quando "Abraão creu em Deus", embora no parecer de Deus ele fosse ali, então, "considerado justo"; mas quando ele ofereceu o seu filho sobre o altar, Deus pôde dizer, "agora sei"; e todo o mundo teve uma prova poderosa e incontestável do fato de que Abraão era um homem justificado.

Assim será sempre. Onde quer que existir o princípio íntimo haverá a atuação exterior; porém todo o valor desta resulta da sua ligação com aquele. Desligai, por um momento, a atuação de Abraão, conforme é estabelecida por Tiago, da fé de Abraão, como é estabelecida por Paulo, e que virtude justificadora terá ela?  Nenhuma absolutamente. Todo o seu valor, a sua eficácia, a sua virtude emanam do fato que era uma manifestação exterior daquela fé, por virtude da qual ele havia sido contado justo perante Deus. Mas temos dito o bastante quanto à harmonia admirável entre Paulo e Tiago, ou antes, quanto à unidade da voz do Espírito Santo, quer essa voz seja proferida por Paulo ou por Tiago.

Voltemos agora para o nosso capítulo. É interessante vermos aqui como a alma de Abraão é levada a uma nova descoberta do caráter de Deus por meio da prova da sua fé. Quando podemos suportar a provação da própria mão de Deus, é certo levar-nos a alguma nova experiência com respeito ao Seu caráter, a qual nos faz conhecer quão valiosa é a provação. Se Abraão não tivesse estendido a sua mão para imolar o seu filho, ele nunca teria conhecido as ricas e excelentes profundidades desse título que ele aqui dá a Deus, a saber: "O Senhor proverá". É só quando somos realmente postos à prova que descobrimos o que Deus é. Sem provação podemos ser apenas teóricos, e Deus não nos quer assim: Ele quer que entremos nas profundidades vivas que há nEle Próprio — as realidades divinas de comunhão pessoal com Ele. Com que sentimentos e convicções diferentes deve Abraão ter retrocedido do Monte Moriá para Berseba! Do monte do Senhor ao poço do juramento! Quão diferentes eram agora os seus pensamentos acerca de 
Deus! Que pensamentos diferentes acerca de Isaque! Como eram diferentes os seus pensamentos quanto a tudo!

Na verdade, nós podemos dizer: "Bem-aventurado o varão que sofre a tentação" (Tg 1:12). É uma honra dada pelo próprio Senhor e a bem-aventurança da experiência a que ela conduz não pode ser facilmente calculada. É quando aos homens, para empregarmos a linguagem do Salmo 107:27, se "esvai toda a sabedoria" que eles podem descobrir o que Deus é. Oh! que Deus nos dê graça para podermos sofrer a provação, e a obra de Deus poder ser vista e o Seu nome glorificado em nós!

C. H. Mackintosh. Fonte: http://www.scribd.com/doc/105168410/Notas-Sobre-o-Pentateuco-Genesis-C-H-Mackintosh

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