Na Presença de Deus
Portanto, sabemos que Ele está no meio dos que assim se reúnem com base na autoridade da Sua Palavra. E isto não é tudo, mas, como que para nos suprir em nossas fraquezas, Ele deixou amostra da maneira como vem para o meio dos Seus. Assim, na tarde do primeiro dia da semana, após haver ressuscitado de entre os mortos, encontramos os discípulos reunidos (João 20.19). Ele havia enviado Maria aos Seus irmãos com a mensagem: "Dize-lhes que Eu subo para Meu Pai e vosso Pai, Meu Deus e vosso Deus". (João 20.17) Conforme o Salmo 22.22, Ele declarou assim o nome de Deus aos Seus irmãos, revelando que os transportara, por meio de Sua morte e ressurreição, ao lugar que Ele mesmo ocupa diante de Deus. Daí em diante o Seu Deus e Pai era o Deus e Pai deles também. Estavam dessa forma associados com Ele nesse parentesco, com base na ressurreição. Aquela mensagem fez com que se reunissem ao Seu nome e, quando estavam assim reunidos, "chegou Jesus, e pôs-Se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco". (João 20.19) Dessa forma Ele nos deixou um exemplo da maneira como vem para o meio do Seu povo, de modo a termos em nossas almas a certeza da Sua Palavra sendo confirmada.
Alguém poderia ser tentado a questionar: Seria possível, nos dias de hoje, o Senhor estar no meio do Seu povo reunido ao Seu nome? A resposta a este tipo de dúvida está no surpreendente registro de como o Senhor Se colocou no meio dos Seus discípulos no primeiro dia da semana. Aquilo não apenas soluciona esta questão, como também serve de alerta para um perigo mais sutil: alguém poderia ser inclinado a objetar, em incredulidade, que se hoje pudéssemos vê-Lo com nossos olhos, como aconteceu com os discípulos, então poderíamos ter certeza da Sua presença. O Senhor conhecia a fraqueza e sutileza de nosso pobre e débil coração, e assim, com terno amor, deixou-nos uma admoestação suficiente para não cairmos nesse engano. Um dos discípulos, Tomé, "não estava com eles quando veio Jesus" (João 20.24). Outros discípulos lhe disseram: "Vimos o Senhor" (vers. 25). Mas ele lhes respondeu: "Se eu não vir o sinal dos cravos em Suas mãos e não meter o dedo no lugar dos cravos, e não meter a minha mão no Seu lado, de maneira nenhuma o crerei". Oito dias depois, todos eles, inclusive Tomé, estavam reunidos outra vez, e como da vez anterior, "chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-Se no meio, e disse: Paz seja convosco. Depois disse a Tomé [pois Ele havia escutado cada palavra de Tomé]: Põe aqui o teu dedo, e vê as Minhas mãos; e chega a tua mão, e mete-a no Meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente". Tomé, inundado pela Sua terna graça e tolhido pelo sentimento de sua própria pecaminosidade, só pôde exclamar: "Senhor meu, e Deus meu!" Por isso "disse-lhe Jesus: Porque Me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram" (vers. 25-29).
Dessa forma (sem entrarmos aqui na aplicação desta cena significando a conversão do remanescente judeu, quando olharão para Aquele a Quem traspassaram) o Senhor já tinha em vista os que viriam a crer por meio da palavra de Seus discípulos, e que seriam bem-aventurados. E essa bem-aventurança diz respeito a nós, pois embora não O vejamos, cremos que, de acordo com a Sua própria Palavra, Ele está em nosso meio quando nos reunimos ao Seu nome.
Dessa forma (sem entrarmos aqui na aplicação desta cena significando a conversão do remanescente judeu, quando olharão para Aquele a Quem traspassaram) o Senhor já tinha em vista os que viriam a crer por meio da palavra de Seus discípulos, e que seriam bem-aventurados. E essa bem-aventurança diz respeito a nós, pois embora não O vejamos, cremos que, de acordo com a Sua própria Palavra, Ele está em nosso meio quando nos reunimos ao Seu nome.
O Próprio Senhor
Todavia deveria sempre ser lembrado que é Ele próprio que Se encontra no meio - não "em espírito", como se costuma dizer, mas a Sua própria Pessoa; pois as palavras são: "Aí estou Eu", e o pronome "Eu" expressa tudo o que Ele é. É Cristo - e não o Espírito Santo, mas Cristo - que está no meio dos Seus santos reunidos. É certo que o Espírito Santo, que habita na casa de Deus, atua por meio dos membros individuais do corpo de Cristo, quando reunidos ao Seu nome, e ministra por meio de quem Ele escolhe, para edificação dos santos. Mas trata-se do próprio Cristo, eu repito, Quem vem para o nosso meio. Sua presença só pode ser compreendida por meio do Espírito, mas isto é um outro assunto. De qualquer modo Ele está no meio onde dois ou três estiverem reunidos ao Seu nome, seja isto compreendido ou não. Quão maravilhosa é Sua graça e benevolência!
Nunca se esqueça, portanto, de que é ao redor do próprio Senhor que estamos reunidos. Ainda que existam apenas dois - e Suas palavras são "onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome" - aí Ele está no meio. Tão logo dois se reúnam assim, já podem se regozijar na certeza de que o Senhor está ali. Nossa fé pode ser fraca, e nossa compreensão débil, mas ainda assim permanece o fato de que Ele está presente, pois isto não depende do que sentimos ou experimentamos, mas unicamente do fato de estarmos reunidos ao Seu nome somente.
Como poderíamos deixar de nos congregar, como muitos fazem (Hebreus 10.25), quando sabemos que o Senhor é o centro da assembléia e que Ele está em nosso meio de uma forma tão real quanto no primeiro dia da ressurreição? Por que Tomé estava ausente naquela ocasião? Porque não acreditava na ressurreição de seu Senhor e, por conseguinte, não contava com a Sua presença! Do mesmo modo hoje, quando alguém se ausenta da reunião da assembléia (não me refiro aqui àqueles que o fazem por uma dificuldade, obrigação ou outra circunstância), o faz porque não acredita que o Senhor realmente esteja no centro. E ao nos reunirmos, que reverência, que afeições, que adoração inundaria nosso coração se, por intermédio do Espírito, compreendêssemos mais completamente que Aquele que desceu até à morte carregado com nossos pecados; que pelo Seu sangue nos redimiu para Deus; ressuscitou, e agora, como Aquele que está exaltado e glorificado, Se compraz em estar no meio da congregação, a dirigir o Seu povo em adoração! (Leia o Salmo 22.22).
E. Dennett. Fonte: http://www.stories.org.br/doze.html ou http://pt.scribd.com/doc/105860553/Doze-Cartas-a-um-Novo-Convertido
Como poderíamos deixar de nos congregar, como muitos fazem (Hebreus 10.25), quando sabemos que o Senhor é o centro da assembléia e que Ele está em nosso meio de uma forma tão real quanto no primeiro dia da ressurreição? Por que Tomé estava ausente naquela ocasião? Porque não acreditava na ressurreição de seu Senhor e, por conseguinte, não contava com a Sua presença! Do mesmo modo hoje, quando alguém se ausenta da reunião da assembléia (não me refiro aqui àqueles que o fazem por uma dificuldade, obrigação ou outra circunstância), o faz porque não acredita que o Senhor realmente esteja no centro. E ao nos reunirmos, que reverência, que afeições, que adoração inundaria nosso coração se, por intermédio do Espírito, compreendêssemos mais completamente que Aquele que desceu até à morte carregado com nossos pecados; que pelo Seu sangue nos redimiu para Deus; ressuscitou, e agora, como Aquele que está exaltado e glorificado, Se compraz em estar no meio da congregação, a dirigir o Seu povo em adoração! (Leia o Salmo 22.22).
E. Dennett. Fonte: http://www.stories.org.br/doze.html ou http://pt.scribd.com/doc/105860553/Doze-Cartas-a-um-Novo-Convertido
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