terça-feira, 24 de setembro de 2013

A Ressurreição e Ascensão de Cristo

(Comentário Atos 1)

Encarnação, Crucificação e Ressurreição são os grandes fatos ou verdades fundamentais da igreja e do cristianismo. A encarnação foi necessária à crucificação e ambas à ressurreição. É uma verdade bendita que Cristo morreu na cruz por nossos pecados, porém, é igualmente verdade que o crente morreu em Sua morte (Romanos 6; Colossenses 2). A vida cristã é vida na ressurreição. A igreja está edificada sobre o Cristo ressurreto. Nenhuma verdade pode ser mais abençoada e maravilhosa que a encarnação e a crucificação, mas a igreja está associada com a ressurreição e glorificação de Cristo.

Em Atos 1 temos um quadro do que está relacionado à ressurreição e ascensão do Senhor; e também com os atos dos apóstolos antes da descida do Espírito Santo. O maravilhoso Senhor ainda fala e age por intermédio do Espírito Santo. Foi “pelo Espírito Santo” que Ele deu ordenanças aos apóstolos que escolhera. Isso é digno de nota por nos ensinar duas coisas:
  1. O caráter de nossa união com Cristo; o Espírito Santo no cristão e no Senhor ressurreto os une um ao outro de maneira extraordinária. “Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito” (1 Coríntios 6:17). Pelo “mesmo Espírito” ambos são unidos.
  2. Esse importante fato chama a atenção para a abençoada verdade de que o Espírito Santo habita e age no cristão, também após este estar efetivamente na ressurreição. Naquele momento, Ele não terá - como tem agora - a carne em nós para combater, mas irá nos conduzir sem qualquer impedimento às glórias do céu — à jubilosa adoração, ao abençoado serviço, e à plenitude da vontade de Deus.
O Senhor ressurreto ordena aos apóstolos a aguardarem em Jerusalém pela “promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (Atos 1:4-5). Não se trata mais de uma questão de promessas temporais a Israel, isso será adiado para um dia futuro. A promessa do Pai em relação ao Espírito Santo era uma coisa inteiramente distinta, e com resultados radicalmente diferentes.

O Senhor falou muitas coisas relativas ao reino de Deus com Seus apóstolos, subiu aos céus e então uma nuvem impediu que eles O vissem. A volta do Senhor também é prenunciada de maneira clara e cristalina nessa mesma ocasião. “E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (Atos 1:9-11). A partir dessas palavras fica evidente que Ele subiu pessoal, visível e corporalmente, e que é dessa mesma forma que Ele deverá vir - Ele aparecerá novamente entre as nuvens, e será manifesto aos povos sobre a terra, pessoal, visível e corporalmente; mas dessa vez com poder e grande glória.

Os apóstolos e discípulos tiveram de aprender duas coisas:
  1. Que Jesus foi tomado desse mundo e levado aos céus.
  2. Que Ele virá novamente. O testemunho deles se baseava sobre esses dois grandes fatos. Jerusalém seria o ponto de partida do ministério apostólico, e para isso teriam de esperar pelo poder de cima. Agora chegamos ao segundo grande evento, e mais importante de todos, que se relaciona à condição humana neste mundo - o dom do Espírito Santo. Já não seria Deus por nós, mas Deus em nós. Isso aconteceu no dia de Pentecostes.

A. Miller. Fonte: http://tinyurl.com/om2b9e6

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagens populares