domingo, 24 de fevereiro de 2019

O Vaso de Maná na Arca da Aliança

(Comentário Êxodo 16)

É bem verdade que, em espírito e pela fé, nós podemo-nos alimentar, até mesmo agora, de um Cristo ressuscitado e glorificado, elevado às alturas, em virtude da redenção efetuada, conforme era ilustrado no "trigo da terra do ano antecedente" (Josué 5). E não somente isto, sabemos que quando os remidos de Deus tiverem entrado nessas regiões de glória, descanso e imortalidade, que se acham além do Jordão, terão acabado, de fato, com o alimento do deserto; mas não terão terminado com Cristo nem com a recordação daquilo que constitui o alimento específico da sua vida no deserto.

Os israelitas nunca haviam de esquecer, no meio do leite e mel da terra de Canaã, aquilo que os havia sustentado durante os quarenta anos da sua peregrinação no deserto: "... Esta é a palavra que o Senhor tem mandado: Encherás um ômer dele e o guardarás para as vossas gerações, para que vejam o pão que vos tenho dado a comer neste deserto, quando eu vos tirei da terra do Egito... Como o Senhor tinha ordenado a Moisés, assim Aarão o pôs diante do Testemunho em guarda" (versículos 32 - 34).

Que precioso memorial da fidelidade de Deus! Não os deixou morrer de fome, como os seus corações insensatos e incrédulos haviam temido. O Senhor fez chover pão do céu, alimentou-os com "pão de poderosos", velou sobre eles com toda a ternura de uma ama, suportou-os, levou-os sobre asas de águias, e, tivessem eles continuado no próprio terreno da graça, ter-lhes-ia dado posse de todas as promessas feitas aos seus pais. O vaso de maná, portanto, contendo, com efeito, a ração diária de um homem, e posto diante do Senhor, é cheio de instrução. Não houve nele vermes nem vestígios de corrupção. Era o memorial da fidelidade do Senhor provendo as necessidades daqueles que havia remido da mão do inimigo.

C. H. Mackintosh

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