segunda-feira, 29 de junho de 2020

Cristo: O Antítipo

(Comentário Levítico 4 - 5:13OS SACRIFÍCIOS QUE NÃO SÃO DE CHEIRO SUAVE)

O pecado foi removido pelo sangue da vítima, e Jeová disse estas palavras: "Ser-lhe-á perdoado". A vítima havia morrido em lugar dele; e ele vivia em lugar da vítima. Tal era o tipo (a figura, a sombra). E, quanto ao Antítipo (a Pessoa real representada pela figura), quando o olhar da fé descansa sobre Cristo como o sacrifício de expiação, vê-O como Aquele que, havendo tomado uma perfeita vida humana, deu essa vida na cruz, porque o pecado foi ali então ligado por imputação a essa vida. Mas vê-O também como Aquele que, tendo em Si mesmo o poder da vida divina e eterna, saiu por meio dele do sepulcro e agora comunica esta Sua vida de ressurreição — divina e eterna — a todos os que creem no Seu nome. O pecado se foi, porque a vida a que foi ligado se foi. E agora no lugar da vida a que fora ligado o pecado, todos os verdadeiros crentes possuem a vida a que está unida a Justiça. A questão do pecado nunca poderá ser levantada quanto à vida ressuscitada e vitoriosa de Cristo; e é esta a vida que os crentes possuem. Não há outra vida. Tudo fora dela é morte, porque fora dela tudo está sob o poder do pecado. "Aquele que tem o Filho tem a vida"; e aquele que tem a vida tem a justiça também. As duas coisas são inseparáveis, porque Cristo é tanto uma como a outra. Se o juízo e morte de Cristo, na cruz, foram realidades, então a vida e a justiça do crente são realidades. Se a imputação do pecado foi uma realidade para Cristo, a imputação da justiça ao crente é uma realidade. São tão reais uma como a outra, porque se não fosse assim Cristo teria morrido em vão. O verdadeiro e incontestável fundamento de paz é este: que as exigências da natureza de Deus, quanto ao pecado, foram perfeitamente satisfeitas. A morte de Jesus satisfê-las todas e satisfê-las para sempre. Qual é a prova disto para a consciência despertada? O grande fato da ressurreição. Um Cristo ressuscitado proclama plena libertação do crente — a sua perfeita absolvição de toda a demanda possível. "O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação" (Romanos 4:25). Para um crente não saber que o seu pecado foi tirado, e tirado para sempre, é fazer pouco caso do sangue da sua divina oferta de expiação. É negar que se fez perfeita apresentação — a aspersão do sangue sete vezes perante o Senhor.

C. H. Mackintosh

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