sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

A Eleição Divina por Meio de Uma Nação (Parte 1)


(Comentário Romanos 9)

"Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, O qual é sobre todos, Deus bendito eternamente: Amém." (Rm 9.4,5) Que privilégios! A nação adotada, com a qual Deus havia habitado no tabernáculo. Esses privilégios nunca haviam sido dados a nenhuma outra nação. O Deus eterno havia Se encarnado, vindo como Um daquela nação. Tudo isto é plenamente reconhecido. Ele que é sobre tudo, Deus bendito para sempre, no que concerne à carne, ao corpo, nasceu de Maria, da descendência real daquela nação.

A Sara foi dito, "O maior servirá o menor". (Rm 9.12) Também foi escrito, embora muitas centenas de anos depois, por Malaquias, "Amei Jacó, e aborreci Esaú". (Rm 9.13) Este assunto do livre e soberano favor de Deus é o grande momento da explanação de Paulo; e nenhum dos que crêem nas Escrituras poderia duvidar disso nos casos a que nos referimos acima. E Deus disse a Moisés: "Compadecer-me-ei de quem Me compadecer, e terei misericórdia de quem Eu tiver misericórdia". (Rm 9.15) Portanto, Deus certamente tinha o soberano direito de demonstrar misericórdia para com os gentios, sendo justamente isto que ofendeu tanto os judeus. É notável o fato de que todos os que dizem ser judeus agora, ou que colocam-se no terreno do judaísmo, estejam sempre disputando a soberana graça de Deus.

Muitos homens ilustres negam a soberania divina, mas Deus é mais sábio que os homens. Não podemos nos esquecer de que, pela cruz, ficou comprovado que o homem encontra-se em inimizade para com Deus. O homem não tem nada, na sua natureza, que o leve a desejar Deus. "Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que Se compadece." (Rm 9.16) Isto é algo extremamente humilhante, mas certamente é verdadeiro.

Faraó é dado como uma amostra da impiedade do homem, e do justo juízo de Deus sobre ele. Por muito tempo Deus suportou sua ousada infidelidade e rebelião, até que, no justo governo de Deus, Faraó foi endurecido e abandonado à sua própria destruição. Que todo rebelde contra Deus fique bem atento, caso contrário a maldição de Faraó cairá também sobre ele. Faraó disse: "Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem tão pouco deixarei ir Israel". (Êx 5.2) O escarnecedor de nossos dias que se cuide, caso contrário seu coração poderá ser endurecido contra o Senhor, levando-o à eterna destruição.

"Logo pois compadece-Se de quem quer, e endurece a quem quer." (Rm 9.18) Os homens podem dizer: Se é isto o que acontece, "por que Se queixa Ele ainda? Porquanto, quem resiste à Sua vontade?" (Rm 9.19) Não resistiu Faraó a Deus? Não tem você resistido e recusado Deus? "Quem és tu, que a Deus replicas?" (Rm 9.20) Será que a mera criatura, a coisa formada, tem o direito de perguntar: "Por que me fizeste assim?" Jamais! Acaso Deus me formou assim? Muito pelo contrário. Seria Ele o Autor de toda a rebelião e pecado do homem? Veja que esta não é uma afirmação, mas uma pergunta -- "Não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?" (Rm 9.21) Não é Deus soberano? Aqui não está afirmando que Ele tenha feito alguém para desonra. Sua ira contra toda a impiedade é conhecida, mas por quanto tempo Ele suportou, com muita paciência, os vasos de ira preparados para destruição? Acaso não foi Faraó quem se preparou a si próprio para destruição? O mesmo pode ser dito de cada pecador.

Trata-se, no entanto, de uma verdade das mais benditas que Ele preparou de antemão os vasos de misericórdia para a glória. No que diz respeito a estes, é tudo o soberano favor em conformidade com as riquezas da Sua glória. "Para que também desse a conhecer as riquezas da Sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou." (Rm 9.23) O homem prepara a si próprio para a destruição, como os judeus estavam fazendo. Deus prepara os vasos de misericórdia para a glória.

(Continua...)

Charles Stanley. Fonte: http://pt.scribd.com/doc/104720029/Vida-Atraves-Da-Morte

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